Capítulo 1

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AVISO IMPORTANTE!

Gente, eu resolvi mudar umas coisinhas na história da Sophia. Eu sei que em Fuga à Meia-Noite o Carter diz que ela foi violada pelo visconde, mas eu decidi mudar. Cottingley NÃO vai abusar Sophia, mas vai tentar. Eu achei que ia dar uma vibe mais pesada pra estória e, além disso, seria uma responsabilidade imensa escrever sobre todas as sequelas que esse acontecimento iria provocar na nossa personagem. Eu também não sei se estou preparada pra um desafio tão tenso como esse.

Portanto, se você não se sentir confortável em ler uma tentativa de abuso, fique tranquilo(a)! Eu coloquei em negrito duas partes que eu considero tensas (NÃO tem nada explícito, okay?). Eu não acho que ficou muito pesado, mas pode ser que alguém ache. Então eu gostaria de um feedback, se puderem me ajudar! :)

Boa leitura e preparem  coração! <3


***


18 de Julho, 1822 

Mansão de Warminster, 20h31min


Sophia não sabia que sua vida iria ser destruída por causa de um simples passeio nos jardins. Quando o visconde de Cottingley pegou sua mão delicadamente e a guiou até uma das portas externas, ela pensou que eles iriam apenas aproveitar a vista do pô-do-sol. Mas sua ingenuidade a iludiu da maneira mais dolorosa possível.

— Venha, minha querida — ele sussurrou em seu ouvido. — , estamos quase chegando.

— Para onde vamos, posso saber? — ela riu.

Os olhos castanhos dele estavam mais escuros e menos gentis que o normal. Era um tanto estranho, já que a gentileza sempre fora uma das qualidades que ela sempre admirara em Thomas. Mas então esses pensamentos esvaneceram-se quando ele sorriu, fazendo-a lembrar de todas as tardes agradáveis que passaram juntos.

— Você verá.

As passadas ficaram mais apressadas e os cascalhos sob os pés faziam um barulho agradável aos ouvidos. Um som distante de água surgiu no momento em que eles se aproximaram de um muro alto de arbusto. Flores e árvores circundavam a paisagem e o ar tinha um forte cheiro adocicado. Não havia dúvidas de qual era o destino.

— O labirinto? — ela perguntou, confusa. — Por que estamos aqui?

— Porque teremos a privacidade que merecemos.

— Ah — ela arfou, o nervosismo começando a evidenciar gotículas de suor. — Acho melhor nós voltarmos, milorde. Odeio o labirinto, tenho medo de perder-me.

— Não seja boba, Lady Sophia — ele a puxou pela mão. — Eu lhe garanto que voltaremos. E se depender de mim, muito mais felizes.

Ele aproveitou a hesitação da moça para conduzi-la mais adentro das folhagens. O coração de Sophia palpitava contra o vestido que lhe apertava as costelas, a respiração começou a ficar ofegante. Curvas e mais curvas foram feitas para confundir quem se aventurava a entrar ali e, por isso, Sophia decidiu tentar focar-se no trajeto que eles tomavam.

Direita, esquerda, esquerda, direita.

Direita. Esquerda.

Deus, ela contou a curva que eles fizeram por último? Sua cabeça estava começando a doer.

— Lorde Cottingley, vamos voltar — suplicou puxando a manga do casaco masculino.

Ele parou de andar e se virou para encará-la. Aos poucos, foi chegando mais perto do que o decoro permitia, mais perto do que ela jamais estivera de um homem que não o pai e os irmãos mais novos. Uma sensação esquisita cresceu lentamente dentro de seu estômago.

O Destino de Uma Dama ArruinadaOnde histórias criam vida. Descubra agora