Capítulo 4

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Esperei a vez de Connor, o qual caminhara para a porta relaxadamente. Enquanto isso, repensei  tudo que aconteceu naquela sala e me condeno ainda mais. Como bulhufas eu pude chorar lá? Sério, mais uma garrafa de vinho hoje a noite! Avisteo Olivia se aproximar e dou um sorriso simpático, tentando não transparecer o meu fracasso.

— Não parece tão bem, Camilla. — Comentou, com um olhar de preocupação.

Jura que vai tentar por esse jogo?

— Eu estou até bem, Olivia. Juro. — Falei, abrindo ainda mais o meu sorriso. — Não precisa ficar preocupada. O Nick não cortou minhas asas.

A partir do momento que citei a frase de hoje de manhã, a mesma fica pálida e dá um sorriso pequeno. Encontramos quem falou, não é mesmo? Não estou surpresa. Após esse momento maravilhoso e revelador, ela tentou puxar assunto, mas falhou miseravelmente, pois na metade das frases que falava, gaguejava. Diante dessa situação, fui a mais discreta possível, tentando ao máximo não rir após a mudança de atitude repentina de Olivia após meu comentário. Depois de um tempo, Connor apareceu e meu rosto se aliviou, pois eu finalmente sairia daquela situação.

— Vamos? — Perguntou para mim, enquanto se aproximava de nós duas. — Olá, Olivia.

Ela acenou com a cabeça, totalmente tímida. O Connor conquista olhares também, pessoal.

— Sim, vamos.

Peguei minha bolsa e caminhamos juntos para o corredor estreito pelo qual entramos. Ele cumprimentava algumas pessoas da empresa, pois vinha aqui frequentemente, enquanto eu só acenava. Típica cena que você presencia quando caminha com seu amigo social, que conhece a cidade inteira.

— Como foi lá? — Perguntei curiosa, tentando não lembrar da minha entrevista.

— Normal. — Deu de ombros.

— Como assim "normal"?

— Normal de mostrar meu trabalho e dizer que luto muito por ele. É simples.

— Não foi você quem chorou na entrevista.

— Você torna as coisas difíceis porque quer, Camilla.

Verdade absoluta. Eu poderia estar conversando com a minha irmã e não mandando meu melhor amigo  trazer informações sobre como ela está, poderia estar trabalhando para artistas como Madonna, mas tirei férias e não fiz nada; eu poderia ainda estar com aquele traste do Nick. As vezes eu odeio o Connor por me fazer encarar a realidade fria, mas é necessário.

De repente, como se fosse ensaiado, vI a imagem de Nick na enorme televisão do teto e peço que Connor aumente o volume rapidamente. Ele hesita, mas o faz mesmo assim. "Temos aqui a ascensão em produção do momento: Nick Stanley" Aparece o mesmo sorrindo e a sensação é de uma facada no meu peito.

"Nick, seu futuro está para ser grandioso após seu estouro nas edições dos clipes de Katy Perry. E que clipe!"

"Sim ela é uma verdadeira artista. Só ressaltei o seu talento"

"Mas, para ter uma carreira como a sua, deve trabalhar duro. Como concilia o tempo do trabalho e sua vida pessoal, pois sabemos que também possui uma namorada diretora."

—Vou desligar, Cams... —Connor ameaçou apertar o controle, mas tirei da mão dele imediatamente.

"Eu estou solteiro, no momento. Era um relacionamento muito tóxico, ela não me fazia bem e, talvez, eu não tenha a agradado muito, no final das contas. Foi melhor para os dois."

VISUAL LOVE | Christopher Velez Onde histórias criam vida. Descubra agora