Capítulo 6

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*Espero que gostem!

Quando já estavam terminando de gravar o take direcionado por Olivia, era perceptível sua tranquilidade, uma vez que conseguiu levar para frente a cena: Os meninos dançando com as meninas enquanto cantavam para a música. É o clássico e acredito que a tenha frustrado pois, se a conheço bem, ela queria algo chamativo. No final, voltou-se para os sofás destinados a nós com uma cara emburrada e, instintivamente, Connor vai até ela para dar um certo apoio. Por mais que Olivia não simpatize comigo, meu melhor amigo era vizinho dela desde criança, então não existiriam razões para não se falarem ou se tratarem, no mínimo, respeitosamente. Apesar de que quando Olivia fazia algo contra mim, ele dava um gelo nela tão grande que nem a Elsa poderia fazer durante o filme de Frozen inteiro.

— Camilla Louies, sua vez!

Quando ouvi o meu nome, me direcionei até o diretor e, por um momento, me senti envergonhada enquanto o estúdio inteiro olhava para mim. Espero que eu não esteja com nada rasgado ou sujo. Diante disso, me aproximei da mesa do diretor, este muito estressado, e os meninos, muito cansados. É realmente cansativo todo o processo de gravações tanto para os diretores, os quais precisam marcar cada lugar para gravar, ter ideias sobre o posicionamento e movimentos, quanto para os artistas que precisam ter energia para tudo isso. Enquanto eu pensava nisso, o Zabdiel olhou para mim com os olhos cansados e tento dar um sorriso reconfortante. Um ponto positivo é que eles estavam cansados, mas não permitiam que esse sentimento se deixasse transparecer com facilidade. Eles realmente queriam que o clipe desse certo. O diretor respirou fundo e, logo em seguida, comentou:

— Bem, Camilla, tenho aqui vários takes deles dançando e olhando para a câmera. Porém, a garota que fará a protagonista da música deve estar envolvida na sua cena. Quero algo que não seja tão clássico e combine com a música, pois já sabemos que eles cantam e dançam, mas eu quero interpretação, entende?

— Entendo.

— Lembrando que essa será a última cena com essa vestimenta e após esse take, vestirão outros figurinos para a noite.

Olhei ao redor do ambiente de verão e me sinto um pouco pressionada, mas no sentido literal. Toda a equipe estava, de certa forma, limitada pela grande piscina que nos rodeava. George, o câmera 2, estava a um passo de distância para cair na piscina, uma vez que todo equipamento se encontrava na borda junto dos figurinistas, maquiagem, diretor, etc. A única coisa que realmente ajudou foram as garotas que se encontraram dentro da piscina, dando mais espaço para todo mundo. Por que temos uma piscina, que está nos atrapalhando, e não a usamos ao nosso favor? Diante disso, comecei a pensar alto:

— Se a música – a qual eu já ouvi repetidas vezes durante a gravação – fala sobre uma garota que não dá atenção, mas, ao mesmo tempo conquista só com o seu jeito, então, ela provavelmente coloca qualquer um aos seus pés, certo? — Os meninos concordaram — Então, só bastava ela estalar os dedos que todos cairiam por tanto charme, por mais que ela os ignore.

Continuei minha linha de pensamento enquanto andava até a borda da piscina, desviando de todos os equipamentos no caminho, tentando encaixar esse conceito de cair aos seus pés com esse bendito buraco com cloro. Eu não queria falhar com o meu trabalho e, como eu disse na minha entrevista, gosto de sair da zona de conforto dos artistas.

-Que tal os meninos fazerem uma fila por aqui e, a partir do momento que passasse, ela estalaria os dedos para cada um e, todos em sua vez, cairiam na piscina?

O diretor observa o ambiente que escolhi e tenta imaginar a cena. Após alguns minutos, ele balança a cabeça para um lado e para o outro como se levasse mesmo em consideração a opinião de uma diretora ainda sem muito tempo de carreira, mas logo depois faz um cara de desgosto. Obrigada pela humilde consideração, jovem senhor.

-Acho que tem sentido, mas não sei se os meninos topam. -Ele dá de ombros e levanta seu olhar para os cinco cantores, procurando uma resposta.

-Eu topo -Exclamou Chris, indo parar ao meu lado, sendo o primeiro da fila. -Vai ficar massa!

Os meninos concordam com a cabeça e correm para trás do amigo, o qual me dá uma piscada.

-Então vamos fazer isso!

Todos se posicionam em seus lugares e os meninos começam a conversar entre si. Chego perto da garota morena que fará a personagem e explico como fará a cena.

-Você estalará o dedo para cada um com uma cara bem de quem já sabe que está na sua, mas você não irá ceder tão cedo. -Explico e todos riem.

-Pode me dar um exemplo? -Perguntou a menina, educadamente.

-Claro.

Chego perto da fila, onde os meninos estaa conversando e quando me viro, dou de cara com o Christopher. Ele me dá um sorriso e dou outro em seguida, totalmente em graça.

-Você irá estalar o seu dedo assim -Faço o movimento, mas não todo, pois sou tímida para isso - E eles irão cair, quando você fizer isso.

-Ok.

-Já vocês, meninos, terão que fazer um movimento quando ela estalar, tipo se aproximarem, mas quando ela estalar, vocês caem.

-Eu posso tentar uma jogada de ombro? -Perguntou, Richard, fazendo o movimento logo depois, resultando em uma afimação de minha parte. - Gostei, mami.

-Bem, farei com o Christopher só uma simulação e, depois, fazemos a gravação.

Chego perto novamente do Christopher e estalo os dedos na sua frente, fazendo com que ele levasse seu corpo para trás, mas o seguro com o meu braço. Sinto seu toque e seus dedos me segurando e logo depois fazendo massagem no meu braço. Mesmo com esse toque acontecendo, nossa troca de olhares não acaba. Sinto que, se depender dele, não iríamos sair, então eu acabo com o momento. Como sempre.

-Nesse momento, ele já estaria na água. -Falo, enquanto o puxo e tento esconder minha vermelhidão.

-Gostei dessa parte -Comentou Joel, rindo.

-Papi, você fique calado, pois acontecerá o mesmo com você -Respondeu Richard e rimos.

-Vamos gravar? -Perguntei, tentando me recompor e sem olhar para o Christopher em nenhum segundo.

Todos voltam para os seus lugares e percebo que o diretor estava sentado em sua cadeira, sorrindo satisfeito. No mesmo momento que aponto para a câmera, ele faz um movimento indicando que a programação da cena era toda minha. Dou um sorriso enquanto isso, pois eu realmente estava curtindo a experiência.

-Pessoal, façam com atenção, pois será apenas uma vez já que seria mais trabalhoso secar vocês e depois tentar gravar de novo, uma vez que vocês possuem muitas cenas para gravarem hoje ainda. -Falou o diretor.

Todos confirmam com a cabeça e se apresentam focados.

-A água está muito gelada, díos mio -Falou Erick, passando a mão pela piscina e tirando logo depois.

-Eu não irei entrar, né? -Peguntou Riki, o cantor que está gravando com os meninos.

-Não, pois é a parte que os meninos cantam. Além de que o objetivo também é passar a mensagem de que nem seus amigos conseguem conquistar essa garota. -Respondeu o diretor, me completando.

-Ok, então - Respondeu, dando de ombros. - Boa sorte, lads.

-Se preparem! -Falei e os meninos começaram a se aquecer de uma forma engraçada, fazendo que a cena saísse perfeitamente depois, mas precisando de toalhas urgentemente (risos).

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Gente, eu não sei vocês, mas um dos meus clipes favoritos é Dolor de Cabeza, pois eu acho a música muito envolvente e tipo é muito massa, não sei explicar sksksks. E foi ele que me inspirou a fazer a história. Qual é o favorito de vocês? Cometa aí que eu quero saber!

Essa parte dos meninos caindo é a minha favorita, tipo real. Eu ri muito vendo esse vídeo skskskskskskskkse.

Além disso, se você gostou do capítulo deixa aí o seu voto, pois me ajuda a continuar :)

Desde já é isso! Até o próximo capítulo!
Bjssss!

VISUAL LOVE | Christopher Velez Onde histórias criam vida. Descubra agora