VISUAL LOVE | Christopher Velez

Capítulo 24

Bom dia, boa tarde, boa noite e boa madrugada, pessoal.

Espero que gostem do capítulo :))

Foi só uma questão de tempo até meus olhos variarem entre o azul da minha irmã e o caramelo de Christopher. Nunca guardei nada de Taylor antes de Nick aparecer e agora eu não podia conta-la sobre um cara que estava me fazendo bem ou muito menos como eu estava me sentindo. Não sei quanto tempo permaneci reflexiva até responder o fato:

-É um amigo. Do concurso.

Não menti.

-Veio me entregar o que eu havia perdido.

-Meu nome é Christopher, prazer. –Estendeu a mão, educado, e minha irmã o cumprimenta.

-Ah. –Concordou, desconfiada. –Meu nome é Taylor, irmã da sua amiga. Eu já estava de saída, pois tenho ensaio. Beijo, Cams. Muito prazer, Chris.

Ela se afasta de Chris e fecha a porta, nos deixando sozinhos em meu apartamento. Conheço essa Louies como ninguém e tenho absoluta certeza que ela se encontra desconfiada desde agora e ficará assim até o resto do dia. Porém, foi tudo muito rápido e não tinha noção de como lhe contar nada, muito menos sobre o meu desfoco em forma de pessoa do Equador, o qual está em pé na minha sala em meio a bagunça que se encontrava meu apartamento. Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, pois estava inaceitável o estado de minha casa e perceber o olhar de Christopher por todos os cantos, o qual já me fornecia um constrangimento horrendo. Pensando bem, eu deveria ter ido embora junto com a Taylor.

-Assim, se te serve de consolo, minha casa com os meninos é bem pior. –Comentou, fazendo com que gargalhássemos e eu lhe desse um pequeno murro no braço.

-Foi por conta da viagem repentina e... Vida ocupada, sabe?

Sinceramente eu me parabenizo por tamanha mentira, pois soou muito real. Nem parece que passei quase dois meses nesse cubículo, apenas saindo para comer e fazer compras.

-Entendo perfeitamente. –Disse e passou a mão na nuca, tímido. –Na verdade, eu também vim para conversar.

Há alguns minutos atrás não era só conversar. Pensei.

-Eu vou arrumar a sala só alguns minutos e sento para conversar com você.

-Não precisa. Eu te ajudo, Cams.

-Na limpeza? –Questionei, risonha.

-Não sou tão anti-limpeza como todo mundo imagina. Mister Músculo aqui, nena. –Falou mostrando os músculos e solto uma risada.

-Então, Mister Músculo, tire aquelas garrafas de vinho da mesa e as leve para uma caixa de papelão na cozinha enquanto eu pego as roupas do chão.

Como um soldado, apenas assentiu com a cabeça, indo em direção a minha mesa de jantar, a qual se encontrava horrível. Tinham mais de quinze garrafas de vinho amontoadas, meu computador descarregado, papéis com ideias sem serem levadas para frente, outras com desenhos rabiscados que nunca mais irei desenvolver. Resumindo, estava uma zona. Na mesma hora em que o equatoriano sai com algumas garrafas, corro para a mesa e seguro todos os papéis em um braço só, levando para a lixeira do meu quarto. Não se preocupem, não fiz nada de produtivo naqueles papéis e aproveito para colocar no cesto de roupa suja as que se encontravam no corredor e ao meu alcance. O mais rápido que eu pudesse limpar antes de Chris aparecer era lucro. Entretanto, ele volta para a cozinha, fazendo com que eu retornasse ao meu ritmo normal de recolhimento das roupas. Solto um sorriso que permanece em meu rosto até ele levar mais uma leva das garrafas e eu recolher na maior velocidade do mundo todas as roupas espalhadas pela sala, como no sofá, chão, mesa de centro e, por incrível que pareça, atrás da TV. Tudo isso em quinze minutos. Chirs provavelmente foi procurar outra caixa de papelão.