Mais uma figura maravilhosa de minha pessoa às 03:00 da manhã: Vinho, computador cheio de partes do videoclipe que está para sair da Leslie e sem mais nenhuma ideia criativa na cabeça.
Droga de faculdade de Cinema e Audiovisual. Você poderia ter se tornado uma profissão mais fácil para mim.
De repente, recebo a ligação de Connor. Pisquei algumas vezes até poder enxergar seu nome na tela do celular corretamente. Já posso ouvi-lo dizer: "Não usa os seus óculos por que não quer". Que se dane tudo depois de uma taça de vinho.
— Oi — Falei, sem muito entusiasmo.
— Camilla, você sabe que eu tenho um prazo para entregar esse clipe, não é? — Perguntou pela décima quinta vez. Agora, parecia mais desesperado do que nas últimas três ligações.
— Então, não viesse pedir minha ajuda de meia noite como um diretor frustrado.
— Você sabe o porquê de eu vim te pedir ajuda. — Respondeu, respirando pesadamente.
Claro, como se um diploma de uma das melhores universidades de Cinema e Audiovisual do Brasil e certificado de melhor aluna durante o ano escolar, mais algumas belas críticas sobre meu trabalho no New York Times fossem garantir algo. Grande droga. Ainda estou no meu apartamento, sem vontade de trabalhar.
— Claro, agradeço o elogio que deu de forma indireta. — Dou um sorriso nada agradável no outro lado da linha telefônica — Só peça a sua cliente ser mais objetiva e não gravar tantos takes que, juntado com outras partes do clipe, não fazem sentido algum.
— Lembra que temos de atender aos desejos deles e não às nossas opiniões críticas?
— De fato, não devemos. Entretanto, também não devemos sujar o nosso nome, o que você está tentando fazer e eu, tentando salvar. — Respondi, na lata. O vinho faz isso comigo. — Se eu seguisse todas aquelas regrinhas de ser sociável com os clientes eu estaria pior do que já estou.
Finalmente! Cenas produtivas da Leslie! Posso fazer uns cortes e voltar para a coreografia, garantindo um movimento no clipe. Não podem deixar ela cantando no beco apenas. Eita, nessa cena ela está com uma roupa nova. Mantém o espectador interessado, então vou colocar um pouco mais na frente.
— Você está assim porque ainda não superou o babaca do Nick. —Respondeu Connor. Prevejo ele revirando os olhos como sempre faz quando toca no assunto.
— Claro, pois eu estaria bebendo vinho e sem trabalhar por dois meses por causa de homem — Revirei os olhos e diminuí a velocidade da rotação da câmera no vídeo – Droga, eu estou sim.
— Já falei a minha opinião sobre isso e eu poderia debater novamente, mas tenho um clipe para entregar hoje a tarde e ele está me matando.
Pronto.
— Já enviei para o e-mail. Espero que ela goste.
Bebi um gole do resto da minha taça enquanto sentia o relaxar dos meus músculos. Sempre fico tensa quando estou terminando qualquer edição, pois, além de sentir que já está acabando, eu penso no telespectador e imagino que estará soando nos seus tímpanos o auge da música e seu cérebro sempre esperará por mais e o melhor do clipe no final, ou seja, meus nervos pulsam de animação, pois quero garantir esse sentimento. É isso que garante a paixão das pessoas pelo cantor e minha paixão pelo meu trabalho.
Trabalho que não faço faz dois meses. Queria xingar o Nick de todas as formas possíveis por me deixar assim.
— Sério. Muito obrigada, Cams! Eu não estava com cabeça para isso hoje. — Agradeceu, aliviado.
— Claro, foi ver espetáculos de balé até tarde.
— Eu fui por sua causa.
Eu sei. A culpa reina no apartamento tão rapidamente.
— Como ela está? — Perguntei com a voz preocupada, pois nenhum vinho do mundo pode tirar a minha preocupação pela minha irmã.
— Foi incrível. Taylor Louies está sendo uma das bailarinas mais elogiadas da Broadway. Perguntou de você e eu disse o de sempre.
— Trabalhando muito — Ironizei, rindo logo depois. Rir de uma mentira tão inútil.
— Acho que ela está desconfiando e com razão, Camilla. Ninguém trabalha tanto por um ano e meio, sem nem ao menos ver a irmã.
Respirei fundo. Mais xingamentos para o Nick, agradeço.
— Esse período foi o mais conturbado, com mais discussões, idas e vindas, irregularidade total. Não queria que Taylor visse algo tão idiota que foi esse relacionamento com o Nick.
— Tudo bem. Porém, ela merece saber como está o único ser humano que fez de tudo para ela estar naquele palco.
Dou um sorriso fraco. Fiz de tudo mesmo. Lembro quando vendi todas as minhas revistas e álbuns das minhas bandas favoritas junto com algumas roupas dela para conseguirmos pagar o seu teste para a companhia de balé profissional. Além de acordarmos todos os dias ás 04:00 da manhã só para ela conseguir o melhor salão da companhia, sem ninguém, para poder ensaiar tudo que aprendeu no dia seguinte. Odeio quando o vinho me torna emotiva.
— Connor, seu clipe está aí. A Leslie fez um ótimo trabalho. Amanhã almoçamos em algum lugar — Me despedi, pois não queria me alongar em assuntos que já estou farta por hoje. Ou para sempre.
— Obrigada mesmo, Cams. Você é um monstro das edições, isso aqui está incrível. — Ele elogia e soltei um sorriso fraco — Só posso ter melhor amiga talentosa, caramba.
Gargalhei.
— Rindo das minhas piadas, hun?
— É o efeito do vinho, você sabe.
Depois de mais alguns minutos, Connor desligou. Me deparei com a mesma cena de vinho e cama. Não satisfeita, porém é o que temos para hoje. Vamos ver se amanhã mudamos alguma coisa.
Adormeçi.
Eai, galerinha?
Bem vindos a Visual Love!
Essa vai ser a minha segunda fanfic e será sobre o Christopher Vélez da banda CNCO. Tive a ideia faz um tempo e agora está aqui! Gosto muuittto da banda e senti a vontade de escrever sobre eles, sobre amor e sobre arte. Tudo em um lugar só! Espero que gostem da história e interajam! O Christopher aparece Jajá!
Beijos! 🖤
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VISUAL LOVE | Christopher Velez
FanfictionATENÇÃO: SE VOCÊ ESTIVER LENDO ESTA HISTÓRIA EM QUALQUER OUTRA PLATAFORMA QUE NÃO SEJA O WATTPAD, ESTÁ SOB RISCO DE SOFRER UM ATAQUE VIRTUAL (MALWARE E VÍRUS). SE VOCÊ DESEJA LER ESTA OBRA EM SUA VERSÃO ORIGINAL, BASTA ACESSAR ESTE LINK: https://my...