— Qual foi a pior coisa que você já pensou em fazer? Digo, contra mim. — Diego perguntou com o indicador afagando minha mandíbula. Eu tinha os cotovelos apoiados sobre a cama enquanto ao meu lado, Diego recostado no travesseiro, me encarava com aquelas orbes brilhantes, nu, devo ressaltar.
— Eu quis te matar uma vez… — Confessei dando um meio sorriso. — Quando nós brigamos pela primeira vez. Você era um idiota, Bustamante, metido a merda, eu quis arrancar sua traqueia pela garganta.
— Isso é fisicamente possível?
— Não sei — Dei de ombros — Mas eu queria muito.
Ele parou por um momento.
— Você também não era lá muito propensa em fazer amizade.
— Como se faz amizade quando você chega insultando a mim e a minha mãe? Ah não, meu filho, você pode me hostilizar da pior forma, mas não insulte minha mãe de vedete…
— Ei, ei, calma — Ele tomou meu rosto com as duas mãos incitando-me a diminuir a voz e por fim interromper a minha fala. A bolha poderia explodir a qualquer segundo, só bastava uma faísca pra isso acontecer. Diego selou nossos lábios em um breve selinho e eu me derreti. — Esquece isso, já passou, sua mãe é uma pessoa muito, muito… Muito boa.
Ele ergueu a sobrancelha maliciosamente.
Eu dei-lhe um beliscão no mamilo.
— Outch, isso dói! — Resmungou esfregando o local.
— A intenção era essa mesmo.
— Você por acaso… — Ele tombou a cabeça para o lado — Está com ciúmes da sua mãe?
— Eu não. Sem chances. Jamais. Nenhuma possibilidade disso acontecer. — Continuei reafirmando mentalmente para mim mesma. — Eu nem gosto de você.
Diego deixou a dor do beliscão de lado e me encarou boquiaberto.
— Você o quê?
— Não se faça de surdo.
— Depois disso tudo você ainda quer dizer que não sente nada?
Neguei com a cabeça.
E de repente eu estava com as costas na cama e tinha um homem sobre mim, nossos lábios quase se encostando.
— Vai dizer que não deixou de me odiar?
— Esse não é o tipo de sentimento que muda da noite pro dia, Bustamante, você ainda é um grande babaca.
— Mudou pra mim — Ele murmurou — Depois de hoje, eu só penso em te ter assim, nua, entregue e minha.
Um arrepio correu pela minha espinha a ouvir aquelas palavras.
— Talvez você só esteja precisando de um psiquiatra…
— Ou talvez… — Diego beijou minha clavícula fazendo meus seios desnudos se eriçarem com a aproximação — Eu só esteja precisando de você.
Mordi meu lábio inferior.
— O que mudou pra você? — Indaguei deixando a excitação de lado por um segundo, apesar de que, eu não conseguia pensar muito bem com suas mãos na minha cintura e seu membro ereto encostando na minha coxa. Era bem difícil raciocinar desse jeito.
— Eu não sei — Ele disse — Mas a noite de hoje me fez pensar em algumas coisas.
— Como o quê?
— Como o fato de você ser extremamente fascinante quando se entrega pra mim. — Ele beijou o canto da minha bochecha. E depois o outro. Revezou umas três vez antes dos meus lábios crescerem em um sorriso preguiçoso e roubar os seus em um selinho rápido. — Esse sorriso é a prova que você cedeu as rédeas. Você não é tão insensível quanto parece, Pardo.
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Inevitável
RomansaOs alunos do último ano do Elite Way tem o privilégio de ter a última viagem antes de se formarem, o problema é que nem todos se dão bem - Diego e Roberta que o digam - Porém, conforme as situações forem se complicando ao decorrer da viagem eles per...