_Você quer saber como ela está doutora? Morta. Ela está morta Âmbar. Parece que sua brincadeira de casinha não deu certo.
Morta.
Valentina está morta.
Não, não é verdade. Não pode ser verdade.
_ Não, não é verdade, não é..ela..ela não faria isso..eu..como...
Ela me olha com escárnio, ainda com aquele sorrisinho zombeteiro como se estivesse desfrutando do meu sofrimento.
_ Claro que ela morreu, se quiser vá você mesma perguntar ao médico. Intoxicação. Ela tomou um pote e meio de remédios calmantes antes de começar a convulsionar e desmaiar._ ela me contava aquilo com uma frieza que assustava. Como pode uma mãe, por pior que seja, ser tão indiferente a morte da filha._ E sabe querida_ ela continuou_ eu até poderia ter salvo ela, daria tempo de chamar os paramédicos e salvá-la antes que seu coração parasse por definitivo, mas sabe por que eu não o fiz? Sabe por que eu só chamei a ambulância meia hora depois de saber que ela tinha morrido?
_ Por que? Por que você faria uma coisa dessas? Ela era sua filha, independente de tudo, ela era sua filha, sangue do seu sangue.
_ Não era, nunca foi, ela sempre foi um estorvo na minha vida. Eu deixei ela morrer pra me livrar disso. Você não sabe como foi bom vê-la ali, sem pulso, sem vida mais. Foi uma sensação tão libertadora.
_ Como..como assim ela nunca foi sua filha? O que você quer dizer?
_ Exatamente isso que você ouviu, Valentina nunca foi sangue do meu sangue, nunca. Foi só uma encomenda barata que eu fiz para salvar meu casamento na época, mas não deu certo já que essa inútil não servia nem pra isso.
_ Não a trate como uma mercadoria, ela era só uma criança que não tinha nada a ver com isso.
_ Mas é isso que ela era. E além de não ter funcionado eu ainda tive que cuidar dessa bastarda durante 16 anos da minha vida e ela só me deu problema.
_ Você a matou!
_ Ah, querida. Se você quer colocar assim, então você é tão ou mais culpada que eu.
_ Como assim? O que você quer dizer? Eu nem estava lá.
_ Justamente. Pelo que eu vi das mensagens que a Valentina te mandou na noite passada ela te chamou pra vir "salvá-la", ela te mando diversas mensagens e áudios e o que você fez? Exatamente, nada. Ela confiava em você, ela até tinha um caderninho ridículo onde ela escrevia sobre você e como um dia você seria a mãe dela e não eu._ agora ela estava parecendo que estava prestes a cair na gargalhada_ E aí, você fez a mesma coisa que eu. A ignorou, a negligenciou. O que foi Âmbar? Você tinha planos mais importantes? Mais importantes do que salvar a vida da sua protegida?
_ Não...você não pode fazer isso, não pode colocar a culpa em mim eu...eu não...eu não fiz nada..eu não fiz nada...
_ Mas sabe, eu até te entendo, eu também não iria. Se nem eu que supostamente sou a responsável por ela, não a salvei imagina você que não passava de uma terapeuta. Eu deveria tê-la devolvido pra Sharon quando eu tive a chance.
_ Espera, Sharon?
_ Sim, você a conhece? Aquela mulher é mais obcecada por dinheiro do que eu, foi capaz de vender a própria filha, porque a grana era boa. Se você me acha ruim, ela era-
_ Chega, eu vou embora daqui.
_ Claro querida, já vai tarde. Ah e você está super convidada para o velório da Valu, ok? A gente se vê lá.
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Forgive me, Forget me
FanfictionÂmbar e Simon não se veêm a mais de oito anos. Depois de tudo que aconteceu entre os dois e com o Jam and Roller, Âmbar se muda para Paris, onde recomeça sua vida e se fecha por completo para o amor. Depois de anos, os dois já maduros e experientes...