Capítulo 23.

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Daniella.

Um mês depois.

Eu poderia achar mil palavras para decidir, se esse mês foi pior que o mês que tive que superar a morte de meus pais. Por fim quanto mais eu pensava, não conseguia decidir, acho que ambos meses me mataram de uma certa forma.

Katherine havia voltado para a casa, ela já lembrava de Caitlin e Belinda, mas não lembrava de Gustavo, não ainda.

As meninas passa o maiot tempo possível com a mãe, comigo era bem pouco, eu mal estava as vendo, só mesmo nos almoços e hora de dormi, ou quando eu precisava ficar por perto quando Katherine precisava de mim. Mas ver elas felizes me deixava bem, por mais que a distância delas me causava uma pequena dor.

Katherine se adaptou bem a casa, até demais, conseguia exercer seu papel de mãe com as filhas e principalmente seu palpem de esposa com Gustavo. Já mandava em tudo e em todos na casa, assumiu também seu papel de patroa, eu não sabia de onde eu tirava tanta paciência para aturar ela. Ela estava insuportável.

Bom. Eu e Gustavo só falamos o necessário, oque é preciso, que por sinal é bem pouco e raro. Eu o evito o quanto posso, se isso me doia? Demais. Mas isso era necessário, quanto menos nos víssemos, menos meu coração iria se acelerar, menos lembranças eu teria, e menos dor me consumiria.

Eu caminhava pela cidade com um pequeno sorriso, eu observava o dia, era um dia quente até, mas ventava, o cantar dos pássaros dava aquele ar de calma. Ao longe avistei a igreja e sem exitar fui de encontro dela. Fazia tempo que ia na mesma.

É até vergonhoso admitir isso.

Adentrei a igreja fazendo o sinal da cruz, e me sentei no banco mais próximo que achei.

- Oi senhor! A tanto tempo não venho aqui né? Aconteceu tantas coisas que...dessa vez eu tive a vergonha na cara de simplismente não te culpar, maturidade a mil aqui. - Dei um sorissinho.

Eu sabia que Deus me ouvia, eu sabia que ele estava ali, ele sabia de tudo oque estava acontecendo, mas mesmo assim quis falar

Eu falava e chorava, mas chorava calma, e nisso uma paz ia emanando dentro de mim, eu me sentia mais leve e mais calma.

Minha atenção foi chamada para um homem que adentrou a igreja. Ele se sentou no banco e também começou a falar.

Ele parecia estar sofrendo também, era visivelmente visível.

Foi quando seus olhos vagou pela Igreja e ele me pegou o olhando, ele apenas sorriu pra mim e eu sorri de volta.

Terminei minha oração e me levantei saindo dali.

Eu olhei em meu relógio de pulso e notei que eu estava atrasada. No mínimo Katherine iria me enxer com seus xingamentos.

- Moça? - Ouvi alguém gritar e automaticamente me virei para trás.

Era o moço da igreja e ele estava com uma sacola na mão. Eu olhei para minha mão e bati a mesma em minha testa.

- Esqueceu na igreja! - Ele disse sorrindo.

- Deus, eu nem havia notado acredita? - Eu disse e rimos. - Muito obrigada...?

- Felipe!

- Felipe. - Sorri.

- E você? Posso saber o nome da dama esquecida?

Eu sorri. Talvez esse fosse um dos sorrisos mais sinceros que eu havia dado nesses últimos dias.

A Babá (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora