Capítulo 4

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*

Daniella.

Forçei as vistas e senti uma dor insuportável na cabeça. Levei minhas mãos até a mesma e lentamente abri meus olhos, fazendo o mesmo acostumar com a claridade.

Abri meus olhos por completo e estudei o ambiente que me encontrava.

Olhei tudo ao redor e quando constatei onde estava quis fugir. Tirei minha mão da cabeça e vi que nela tinha uma agulha com um pequeno tubo, e tinha um Oxímetro no meu dedo.

Hospital.

Forcei meu corpo para frente me levantando, mas parei quando uma dor insuportável tomou conta de mim.

- Ei. Cuidado - Ouvi alguém falar

Eu parei no tempo, eu conhecia bem essa voz, eu não acreditava, só podia ser brincadeira.

Levantei minha cabeça e vi Aurora caminhando até mim. Eu arregalei os olhos. Ou meus olhos me enganava, ou isso realmente era real.

- Vem - Ela disse já bem próxima a mim e pôs sua mão atrás das minhas costas. - Eu te ajudo - Finalizou me ajudando a deitar.

Eu a olhava, era como se ela fosse uma das minhas cantoras preferidas que quando cara a cara comigo me fazia ter essa reação.

Eu podia pensar em qualquer pessoa, eu esperava qualquer pessoa. Menos ela, menos Aurora.

A porta se abriu, mas não me dei o luxo de ver quem era, meu olhar estava preso em Aurora.

- Opa! Que bom que acordou! - Ouvi ele falar.

- A peguei tentando se levantar - Aurora falou e deu um risinho.

- Que feio Srta. Lamarck! - Disse o suposto médico.

Balancei a cabeça e por fim o olhei.

Ele era novo, aparentava ter uns 27 anos, ele tinha barba por fazer e usava um óculos.

- Como se sente? - Perguntou se aproximando de mim.

- Bem.. Eu acho - Disse e ele começou a me examinar.

- Sente dores?

- Na cabeça e no corpo - Disse.

- Hum! -Disse e guardou uma lanterninha - Provavelmente pelo impacto do carro - Falou - Vou te receitar um antibiótico e logo vai passar - Disse e assenti. - Vou assinar sua alta - Falou e me deu as costas.

- Espera! - Chamei o fazendo se virar - Você disse 'impacto do carro'? - Perguntei e o vi suspirar.

- Sim! Você foi atropelada.

Só agora me lembrava. Abaixei a cabeça tentando resgatar mais momentos sobre isso e só ouvi o bato da porta.

Agora lembrava que alguém quase me matará ontem. Fui atropelada, jogada não tão longe ao chão e bati a cabeça. Por isso as dores nas costas e na cabeça.

Mas a pergunta é? Quem foi.

- Não se preocupe com a conta do hospital! O causador do acidente, arcou com todos os gastos - Aurora falou.

Suspirei e me deitei.

(...)

Encara as ruas de Boston pela janela do carro. Estava um tempo frio, mas bem gostoso.

- Dani! - Não acredito que ela me chamou assim - Está esperando visitas? - Aurora perguntou e me virei a encarando.

- Não! - Depois de 3 anos, era a primeira vez que dirigia a palavra para Aurora Lopez.

A Babá (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora