CAPÍTULO 7

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Pov Camila

"I am a Barbie girl, in a Barbie world..."

De longe ouvi as líricas que jurava fazer parte do meu passado enterrado, lacrado e esquecido, então... rapidamente despertei quando recordei da brincadeira de mal gosto da Ally. 

Mas a flacidez dos meus músculos parou-me. Uau, suspirei contente. A muito não acordava tão... relaxada...? Ajeite-me na super confortável e quente almofada. Quente...? 

Almofadas não eram quentes, eram? Recobrei a consciência e deparei-me com Lauren. Praticamente saltei da cama se não fosse pelo pé, não, o braço na minha cintura que impedia-me de sair. 

Minha nossa, tomei consciência do meu corpo. Nua! Uau, ooookay... o que foi que aconteceu aqui mesmo? 

"I am a Barbie girl, in a Barbie world..." 

O toque veio de novo e sobressaltei-me. Respirando fundo tentei organizar minha cabeça, mas estava difícil com o mal-estar que apossou-me de mim. Discoteca... dançar... quase sexo em lugar público... minha nossa, o que o álcool não dava coragem!? 

Bingo! Álcool. Estava de ressaca. 

"I am a Barbie girl, in a Barbie world..." 

No automático atendi o celular. 

- Camila? – Ally. 

Merda! Estrategicamente escapei do agarro de ferro e sai da cama, parei um minuto tomando Lauren por inteira. Os malditos raios solares banhavam sua figura num halo especial tornando-lhe um anjo, se bem que de anjo essa mulher não tinha nada, só se fosse um anjo negro. 

Memórias da noite passada varreram a mente. Fui eu mesma que fez aquilo tudo? Arfei surpresa comigo mesma, enquanto uma parte minha até hoje desconhecida lançava beijinhos no ar, toda quente e fogosa, pedindo para repetir a dose, a Camila Cabello de sempre cavava um buraco, querendo se enterrar viva, mortífera de vergonha. 

Vergonha varreu meu corpo, ai... Camila. 

- Camila? – Ally acordoou-me. 

Tropecei, merda de ressaca! Peguei na primeira peça de roupa que vi no chão, que por sinal era a camisa preta do anjo negro gostosona na minha cama e vesti-a rapidamente. Por um segundo perdi-me no seu cheiro poderoso que sua camisa emanou, drogando meus sentidos antes da náusea matinal voltar. 

Mas por céus, a mulher cheirava bem! E não era pelo fato de estar a usar um bom perfume, era almíscar mesmo. Daqueles que vaziam você deixar cair a calcinha com uma fugada. 

Sussurrei para não acordar Lauren e como nada escapava Ally e ela bem conhecia-me, apanhou logo. - Sua safada, conta tudo! – Gritou para mundo inteiro. 

- Hei! – Peguei a cabeça, - não precisa gritar, quer acordar o hotel inteiro? – Murmurei. 

- Oh, ressaca, nem? 

- Nem me fale. 

- Então, desembucha, a noite foi boa? 

- Agora não Ally. 

- Porque não? 

- Ah, Ally! – Disse entre os dentes. 

-A gostosona ainda está ai, nem? 

- Tá. – Aceitei, Ally deu risadas conspiratórias. 

- Graças aos céus, estava a começar perder esperança em você, querida. Finalmente tirou as teias de aranha. E pelo modo como não atendeu o celular a noite inteira, então a coisa deve ter sido boa! 

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