Pov Lauren
O toque incessante do celular foi o que acordou-me do um maravilhoso sono, sentia-me tão relaxada como há séculos não tinha o privilégio de, tentei ignorar o celular, seja lá quem estava ligando ia desistir pela falta de atendimento.
Suspirei contente sentido o calor do corpo quente colando ao meu e o cheiro suave invadiu minhas narinas fazendo fungar por mais daquela fragrância, sobressaltei assustada. Corpo quente na minha cama!? Abri rapidamente os olhos e vi Camila que dormia como um anjo ao meu lado, de costas a mim, entregue, confiante, a mercê do mostro.
Arregalei os olhos quando a memória do que fizemos pela manha voltou a mil. Assobrado comigo mesmo sentei na cama, deixando seu corpo e ela resmungou algo quando meu calor a abandonou, mas não acordou. Porra, ela enfeitiçou-me de novo na sua teia de sedução. Tinha jurado não me entregar a essa mulher descontroladamente com os sentimentos a flor da pele outra vez, mas consegui? Não!
Os Cabellos venceram mais uma vez por conta do meu pobre controlo de prazer carnal.
Era para ela ser minha escrava, não o contrario!
Chiei maldisposto, mas não podia deixar de sentir-me bem, mesmo não gostando da forma descontrolada que ela deixou-me, sexo nunca foi tão bom quanto essa princesinha da Disney fazia sentir, o celular voltou a tocar de novo tirando dos meus pensamentos.
Suspirando atendi o celular sem ao menos olhar quem era, tudo no automático, - Lauren - a voz grave, enriquecida por anos de whisky e frieza congelou-me.
Apesar da nossa relação, há muito tempo não ouvia a voz dele e ouvi-la agora, completamente desprovido de aviso e vulnerável do jeito que estava fez-me recuar a anos passados da minha vida onde quase chegava a fazer xixi nas calças cada vez que aquele olhar dourado frio olhava-me e aquela voz chamava meu nome, nunca fora de controlo, nunca zangada, irada, contente, feliz ou provida de qualquer emoção humana.
O velho homem sempre teve isso ao seu favor. A voz. Seu maior poder de intimidação, respeito e admiração.
- Lauren - o senhor meu pai voltou a chamar-me na ligação e voltei ao presente.
- Pai...?
- Sim, minha filha.
Não podia acreditar que ele estava ligando, o velho homem nunca ligava, a não ser em situações extremas, e isso fez-me tremer, por mais tempo que tivesse passado e apesar de ele não passar de um velho agora, ainda sentia um medo inexplicável por ele, misturado com ressentimento. Nosso relacionamento sempre foi a base de desapotamentos da minha parte para com ele e amarguras por parte dele para comigo.
Nunca a relação invejável que ele tinha com seu primogénito Chris ou a forma carinhosa que ele tratava sua filhinha Taylor, como senti inveja dos meus irmãos no passado, triste mas verdade. Principalmente quando a mãe deles fazia questão de lembrar-me que eu não bem-vindo a sua família perfeita e eu não passava de uma bastarda do seu marido que não queria envergonhar seu nome deixando alguém com seu sangue nas ruas, e que de acordo com ela, era a única coisa que salvava-me de ser mais uma menina da rua. O fabuloso sangue Jauregui.
Mas por mais que ela reclamasse, fizesse chantagem emocional o velho nunca abriu mão de educar-me junto aos meus irmãos na casa dos Jauregui, quando minha mãe morreu, coisa que só aumentou o desgosto da minha madrasta a minha pessoa.
- O que o senhor quer? – Fui diretamente ao assunto e duro como ele ensinou-me a ser.
Não havia tempo a perder, só de falar com meu pai por alguns minutos todo relaxamento com que acordei, todas boas vibrações que senti azedaram, meu dia estava completamente estragado por conta dele, odiava quão controlo ele ainda tinha sobre minha vida, emoções, decisões, mas era impossível ficar indiferente, fingir sangue de barata quando se tratava do meu querido meritíssimo pai.
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A Grande Mafiosa
FanfictionPara saudar uma dívida de sangue Camila Cabello e raptada, aprisionada, e aterrorizada numa ilha remota do Pacífico e mergulhada no mundo obscuro da criminalidade, onde a brutalidade governa. Para sobreviver ela é obrigada a satisfazer as vontades d...