🎲 - - - - - CAPÍTULO UM - - - - - 🎲

9.4K 717 153
                                    

SURPRISE!!! Confesso, não consegui esperar. Então, vamos aí, no final do ano, mais uma jornada desse deliciosos e complicados Casal Del Rey ❤❤😊😊😍

(Obs: Nosso bebê evoluiu 😍❤)

❎ - - - - - ELE ESTÁ ESTRANHO - - - - - ❎

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- - - - - ELE ESTÁ ESTRANHO - - - - -

⏩ CÁSSIO MCKINNEY

— Samuel, vai pegar sua mochila no quarto, rápido! — Apresso as crianças para se arrumarem para eu poder levá-las para a escola. — Olivia, já tomou café? — Questiono, porém ela não me ouviu, já que estava jogada no sofá com fones de ouvido, na qual eu podia ouvir a música de longe. Vou até ela e puxo os fones, fazendo ela fazer cara feia e pronta para reclamar, mas se interrompeu ao ver que era eu. — Para a cozinha agora! Isso é hora de ficar em celular? Céus, onde está o Grego?! — Exclamo, um tanto quanto cansado da correria somente pela manhã para deixar tudo pronto.

— Papai saiu faz tempo. — Dianna respondeu, brincando com os cachorros na sala. Franzi o cenho, confuso.

— Que estranho... Ele nunca sai tão cedo assim. — Comento, mas estava tão atrasado para meu trabalho que resolvi deixar isso para depois. Pelo visto, hoje eu estava sozinho. — Vamos, vamos, crianças! Estão todos prontos? Dianna, pegou sua lancheira? — Ela assentiu, se ajeitando com a mochila e a lancheira em mãos. — Ótimo! Vamos. — Os levo para o carro e deixo todas na escola, seguindo direto para meu trabalho, ou um dos. Como hoje eu não tinha nenhum paciente na clínica  resolvi ir até a Casa de Autoajuda. Precisava ver como todos estavam e se precisavam de alguma coisa. Ando muito emotivo ultimamente.

— Doutor Cássio! Que bom que chegou! — A senhora Carmem exclamou, me abraçando. Ela sempre me recebia assim. Era uma senhora baixinha, de 93 anos de idade e foi abandonada na ruas pelos próprios filhos. Quando fiquei sabendo de sua história, e quando a encontrei desamparada, parece que partiram minha alma em milhões de pedaços. Quem teria a coragem de fazer uma coisa tão horrível como essas?! Ainda mais com um ser indefeso. Enfim, é desprezível.

— Bom dia, bela Carmem! Se sente melhor das pernas? — Questiono, a ajudando a ir até a sua cadeira de rodas.

— Estou sim, doutor. O gel que me receitou foi tira e queda! — Exclamou, risonha. Eu sorri, doce, deixando um beijo no topo de sua cabeça.

— Logo, logo, estará ótima e correndo pelos cantos! Não se esqueça de tomar seu remédio antes do almoço, hã? — Advirto, fingindo um tom sério. Ela riu, toda graciosa, e assentiu.

— Sim, senhor! — Bateu continência e eu ri. Então segui pelo lugar, observando quem necessitava da minha ajuda. Atendi algumas pessoas, e acompanhei outras no hospital. Algumas pessoas precisavam de acompanhamento médico, por alguma doença mais grave ou algo do gênero. Sempre fiz questão de ir junto e participar das consultas deles. São muitas pessoas, e às vezes não consigo dá toda a atenção para todos de uma vez, mas tento fazer o meu melhor sempre.

Assim que cheguei em casa, era por volta das 22h:30 da noite. Eu realmente estava destruído e meu único pensamento no momento em que pus meus pés dentro de casa, foi: banho e cama. Meus meninos já estavam todos dormindo, mas fiz questão de ir dá o tradicional beijo de boa noite em cada um, como sempre faço. Cheguei no meu quarto e fui logo retirando a roupa e entrando no banheiro, enchendo a banheira e entrando na mesma, sentindo meu corpo pesar 100 kilos a menos de tão tenso e cansado que eu estava. Vida de adulto não é fácil.

O mais estranho, é Grego ainda não está em casa, geralmente ele sempre volta pela tarde quando está na empresa ou fazendo trabalhos de modelo. Mas ultimamente ele anda muito estranho, passando o dia inteiro fora e mal vejo ele. Quando acordo ele já tem saído, e quando chego em casa ele ainda não voltou. Isso está realmente me incomodando, e mesmo que eu quisesse falar com ele sobre isso, não consigo, já que mal o vejo, e ele nunca atende minhas ligações quando está fora.

Assim que terminei meu banho, caí na cama, dormindo em segundos. Eu necessitava de um descanso.

No meio da noite, sinto o colchão mexer do meu lado, e o edredom ser levemente puxado. Ele tinha chegado às 2 da madrugada sem me dá satisfação alguma de onde estava. Grego abraçou cuidadosamente minha cintura, juntando seu corpo ao meu e beijando meu pescoço. De hoje não passa!

— Onde estava o dia inteiro? — Pergunto, e noto ele se assustar, achando que eu estava dormindo. Eu não me movi, continuei de costas para ele.

— Trabalhando. — Eu ri, sem um pingo de humor. Me levantei, ficando sentado na cama e ligando o abajur.

— Trabalhando? Até duas da madrugada?! Essa desculpa não colou comigo, Grego. E não ouse mentir para mim, não insulte a minha inteligência. Sei muito bem notar quando alguém me esconde a verdade. — Falo e ele suspira, passando por cima de mim e desligando o abajur, deitando de costas para mim. — O que está acontecendo com você, amor? Tudo estava indo tão bem... — Falo, pousando de leve minha mão em seu braço, mas ele se esquivou.

— É, estava. — Foi a última coisa que disse, não me respondendo mais nada depois disso. Claro que naquele momento eu quis chorar, mas não faria isso na frente dele. Me levantei da cama e saí do quarto, indo dormir em qualquer outro lugar que fosse, menos com ele.

.
.
.

— Dianna, por que não quer comer? — Questiono, notando que minha pequena passou o dia quieta, sendo que ela é a mais elétrica da família.

— O papai não brinca mais comigo. Nem conta mais historinha para eu dormir... Ele não me ama mais, papai? — Falou, com o tom baixo. Suspirei, abraçando ela e a beijando no rosto. Grego estava se tornando um irresponsável, e não quer me contar o que está acontecendo.

— Não é isso, meu amor. Claro que ele te ama. Ele só está... trabalhando muito. Agora o que acha de comer aquele bolo maravilhoso que eu fiz e que eu sei que você tanto gosta, hm? Se não comer, quem vai ficar triste sou eu. Você quer me ver triste? — Ela me olhou preocupada.

— Claro que não, papai!

— Então vamos comer algo e depois podemos brincar do que você quiser. — Ela abriu um largo sorriso, tirado um peso de preocupação de mim.

— Tudo bem! Podemos brincar de casinha! — Disse e eu ri.

— Okay, vamos brincar de casinha! Mas agora vamos comer. — Pego na mão dela e seguimos para a cozinha, onde servi um pedaço grande bolo de cenoura, com um copo de suco e uma fruta para ela comer.

— Eu sei o que está acontecendo entre você e o papai. — Olivia apareceu na porta, me encarando fixamente, de braços cruzados. Adolescência é um bicho perigoso mesmo, não? Chamo Olivia para a sala, para Dianna não ouvir a conversa.

— Do que está falando, Olivia?

— Você e o papai estão brigados. Eu ouvi a conversa de vocês ontem à noite. — Meu peito se apertou.

— Olivia, já falei que é feio ouvir atrás da porta.

— Eu estava com sede. Estava indo para a cozinha e acabei ouvindo vocês discutindo. E também vi que foi dormir em outro quarto. Vocês vão se separar? — Eu suspirei, sabendo que eu não tinha mais para onde correr. Olivia era uma menina inteligente e é óbvio que ela iria notar o clima pesado entre Grego e eu. Sentei ao lado dela, a abraçando.

— Claro que não, meu amor. Não vou me separar do Grego. Ele, você, seus irmãos, são tudo para mim. Não suportaria viver sem nenhum de vocês. E brigas são normais. Nada é somente flores, elas sempre vem com espinhos no caule, correto? — Ela sorriu, beijando meu rosto.

— Eu te amo, papai. — Disse e eu sorri, a abraçando mais forte.

— Eu te amo mais, mil vezes mais! — Falo e ela rir, reclamando do meu abraço apertado. Depois disso, fomos brincar com Dianna de casinha. Esse momento com minhas meninas era único.

O DONO DO MORRO - Uma Nova Era - [ROMANCE GAY] Onde histórias criam vida. Descubra agora