🎲 - - - - - CAPÍTULO DEZENOVE - - - - - 🎲

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❎ - - - - - NOVOS PROBLEMAS - - - - - ❎

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- - - - - NOVOS PROBLEMAS - - - - -

⏩ GREGÓRIO DEL REY

Acordei cedo. Até mais do que deveria. Para falar a verdade, nem sequer dormi direito. A ansiedade não me permitiu.

Cássio dormia tranquilo e sereno. Ainda era 06h:00m da manhã e ele só levantaria daqui à uma hora. Me desvencilho de seus braços e sigo rápido para o banho, não demorando nem dez minutos para finalizar. Visto uma roupa qualquer e me apresso em sair de casa, deixando um bilhete no travesseiro avisando que precisei sair para encontrar um amigo. Eu já não gostava de mentir mais para Cássio, lembro o quanto esse negócio de mentir me trouxe problemas, mas desta vez é para uma boa causa. Eu precisava acabar com isso, antes que ele acabe com a gente.

Chego na casa do Raffa, tocando a campainha incansavelmente. Raffa só me atende minutos depois, com a cara de sono e somente de cueca. Provavelmente ainda estava dormindo.

— Mano, eu falei que era às 07h:30m, e não às 6h! — Resmungou, com a voz embargada. Revirei os olhos, entrando mesmo sem permissão.

— Não aguentei esperar. Eu preciso encontrar logo essa mulher, Raffa! — Exclamo, angustiado. Ele suspirou, sacudindo os cabelos e fechando a porta.

— Tudo bem, fica calmo. Vou me vestir e acordar o Murphy, isso se ele não arrancar meu pescoço fora, né? Sabe que pela manhã o mal-humor dele supera qualquer força demoníaca. — Comenta, o que me arranca um fraco riso. É verdade. Murphy não funcionava direito pela manhã. Ele era mais noturno.
Uma hora depois, ambos desceram, já prontos.

— Maria, prepare o café do Nick quando ele acordar, okay? Diga que nós voltamos logo. — Raffa avisa para a empregada, que assentiu. Então saímos dali, entrando no carro e ele seguiu para o ponto de encontro. Nunca pensei ficar tão apreensivo ao apenas ter que encontrar uma mulher, mas porra! Era sobre o homem que destruiu completamente a minha vida e todas as pessoas que um dia cheguei a amar. Que mostrou o pior dos caminhos para eu seguir e que nunca me olhou com carinho ou demonstrou afeto por mim.

Ele era pior que qualquer inimigo!

De todas as pessoas que já criei um conflito, nada será igual a esse psicopata. Nada se compara com o que ele já fez. E qur provavelmente, ainda fará.

Chegamos no local marcado, exatamente às 07h30m. Raffa apontou para uma loira que estava em uma mesa mais afastada, era elegante, usava um belo vestido vermelho que delineava suas curvas e salto alto. Nos aproximamos, chamando a atenção dela.

— Com licença, nós conversamos ontem. Prazer, Raffa Duncan. Este é meu marido Murphy e este é meu amigo Gregório, filho do teu marido. — Diz, o que fez o olhar dela cair diretamente em mim.

— Ele nunca me disse que tinha um filho. Hm... por favor, sentem-se. — Ela estava claramente nervosa, assustada eu diria.

— Ouça, Mary... precisamos que seja sincera com a gente. Não se preocupe, nada do que disser aqui o seu marido vai saber. Nós vamos te proteger. — Raffa garantiu e ela assentiu, receosa.

— Bom, o que vocês querem saber exatamente?

— Como ele te trata? — Murphy questionou.

— Hm... quando ele não está bêbado ou irritado, ele é um amor. Mas... — Ela abaixou a cabeça e suspirou. — Mas na maioria do tempo ele me machuca...

— Te machuca? Como? — Raffa perguntou. A loira, com muito receio, ergueu a manga do vestido, revelando hematomas que eu diria serem graves por todo o seu braço. Sem contar o que ela deve ter espalhados pelo restante do corpo. Eu sabia!!! Aquele infeliz não mudou porra nenhuma!

Raffa percebeu meu descontentamento, mas me pediu calma.

— E por que nunca o denunciou? — Ela arregalou os olhos ao escutar a pergunta do Raffa.

— Não! De nenhuma forma! Ele me mataria e também mataria meu filho!

— Não duvido que ele faça isso... — Comento, o que só a deixou mais assustada.

— Olha, acho que essa conversa é entre vocês. — Raffa disse, olhando para ela e depois para mim. — Nós vamos preparar os homens para pegar esse infeliz. E Grego, não saia do lado dela. Mary, você não pode voltar para casa.

— O quê? Não, o meu filho está lá.

— Não se preocupe, me encarregarei de pegá-lo e deixá-lo em segurança. — Ela assentiu, tremendo. Raffa e Murphy se despediram, indo embora o mais rápido possível, nos deixando a sós.

— Eu estou com medo... — Ela murmurou.

— Se te consola... Eu também estou. — Confesso, baixinho. Ela me olhou, sorrindo fraco.

— O que ele fez para você? — Questionou, um tempo depois.

— Me obrigou a matar minha família inteira e a mulher que eu amava. — Falo e ela me olha com espanto, cobrindo a boca com as mãos. Humph! Não fazia nem ideia do que aquele crápula já me fez, isso é só a ponta do iceberg.

— Ele... é um monstro. Não sabia que poderia chegar a tanto.

— Ele é bom em esconder o seu verdadeiro eu. — Ela se abraçou, provavelmente preocupada com seu filho. Minutos depois, meu celular toca. Era Cássio.

— Pois não?

— Você é realmente esperto... filho. — Meu corpo gelou ao ouví-lo.

— O que está fazendo com o celular do meu marido?!! — Exclamo, com um aperto no peito. Minhas mãos tremiam e agora Mary me olhava atenciosamente.

— Agr! Não faz ideia do quanto me dá nojo te ver com esse mauricinho. Mas tudo bem, isso logo vai acabar, não é? Como sempre.

— O QUE VOCÊ FEZ COM O CÁSSIO, SEU DESGRAÇADO?!!! — Exclamo, agora furioso e preocupado. Ouço sua risada.

— Ei... com esse tom não vai conseguir nada. Hm... Mas já que talvez possa ser a última vez que você vai ter a chance de falar com ele, então... — Ouço uns ruídos e logo o gemido de dor de Cássio.

— GREGO! ELE PEGOU AS CRIANÇAS!!! — Cássio gritou, me deixando mais aflito.

— Onde você está?! Cássio, me fala onde você está, pelo amor de Deus!! — Exclamo, andando de um lado para o outro, totalmente aflito. Não... de novo não...

— Eu não sei... eu não sei, Grego. Eu estou com medo... — Podia ouvir seu choro. Aquilo quebrou comigo.

— Pronto, já falaram demais. — Ele tinha voltado para a linha. — Muito bem, quer salvar eles? Então faremos uma troca. Eu liberto eles, e prendo você. — Diz e eu podia ouvir os gritos de Cássio dizendo para eu não aceitar. Que não era verdade. Eu sei, meu amor... Ele nunca foi justo com ninguém.

— Eu aceito. — Falo, decidido. Se existe algum Deus, então por favor, proteja minha família...

O DONO DO MORRO - Uma Nova Era - [ROMANCE GAY] Onde histórias criam vida. Descubra agora