🎲 - - - - - CAPÍTULO OITO - - - - - 🎲

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Chorei escrevendo esse capítulo ENORME!
Boa leitura
(Capítulo não revisado)

❎ - - - - - PASSADO OBSCURO  - - - - - ❎

⏩ CÁSSIO MCKINNEY

— Grego... por que eu não me sinto surpreso? — Comento, afinal, por mais que eu fugisse, esse nome sempre iria me perseguir aonde quer que eu fosse.

— Conhece ele? — Guilherme questionou, tentando secar as lágrimas. Me recostei na poltrona, procurando me acalmar.

— Sim... Foi o homem que me proporcionou sonhos maravilhosos e terríveis pesadelos. — Ele me encarou, espantado.

— Então vocês...

— Somos casados. Temos três filhos. Mas não por muito tempo. Pretendo pedir o divórcio.

— Entendo que ele deve ter feito muita burrada na vida. E a culpa é minha por ele não saber como cuidar do próximo. Tudo é minha culpa, eu o criei dessa forma e confesso ser o meu pior erro. — Suspiro, assentindo.

— Grego nunca me contou sobre o passado dele, o que por muita das vezes casou brigas entre nós. Era injusto ele saber tudo sobre mim, e eu não saber nada sobre ele. Mas eu sempre busquei ser... o melhor para ele, tentei fazer com que ele enxergasse que eu estava ali, ao lado dele. Mas ele não notou e... estragou tudo. De novo.

— Meu filho é um cabeça dura! Mas apesar de tudo, eu garanto que ele não chegaria a casar com alguém por um acaso. Grego é sincero nos sentimentos, e mesmo não sabendo como expor, ele tenta. Eu sei disso. — Assenti, suspirando.

— Os fins não justificam os meios. Ele errou muito e eu já não consigo mais perdoá-lo. Foi demais ver meu filho todo machucado. É uma criança, não merecia nada daquilo. E por culpa do Grego, o garoto está muito mais assustado com as pessoas do que antes. Não quer brincar fora de casa e nem sair sem minha presença. E eu odeio Gregório por causa do que ele fez ao meu menino, que já tinha problemas psicológicos por conta do abandono ainda novo. Entende? — Ele assentiu.

— Entendo, no seu lugar talvez eu fizesse a mesma coisa, apesar de não saber de toda a história, mas vindo do Grego, sei que não foi coisa boa. Por isso eu quero reencontrá-lo, conversar com ele.

— Hm... entendo.

— Se quiser, posso te contar o que aconteceu para ele ter se tornado isso. Quem sabe eu não consigo fazer você mudar de ideia? — Sugeriu. E apesar de eu estar firme em minha decisão com relação ao divórcio, eu queria saber a história de Grego. Queria saber o motivo por ele ser tão... bipolar é irracional.

— Podemos sair para almoçar em um restaurante aqui perto. Não costumo misturar algo pessoal com meu trabalho. — Comento e ele sorriu.

— Claro, tem toda razão. Vejo que meu filho soube muito bem escolher o seu companheiro com quem ele quisesse passar o resto da vida. Você parece ser um homem honesto e trabalhador. — Sorri fraco.

— Tento sempre buscar o melhor de mim. Bom... vamos? — Ele assentiu, e então saímos da clínica. Eu ainda com o cheiro de hospital e o jaleco branco, já que não tive tempo para trocar de roupa. Entramos em meu carro e seguimos para um restaurante que havia perto dali. Nos acomodamos em uma mesa vaga, mais afastada dos demais para termos privacidade.

— Olha, eu sei que não sou o melhor pai do mundo. Fiz coisas horríveis e me arrependo amargamente. Mas quero me redimir. E agora que sei quem é você, queria pedir sua ajuda por isso. — Suplicou. Eu suspirei, indeciso se ajudaria ou não.

O DONO DO MORRO - Uma Nova Era - [ROMANCE GAY] Onde histórias criam vida. Descubra agora