🎲 - - - - - CAPÍTULO CINCO - - - - - 🎲

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❎ - - - - - CAPAZ DE TUDO - - - - - ❎

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- - - - - CAPAZ DE TUDO - - - - -

⏩ AUTORA

O moreno tentava à todo custo se libertar das cordas que o prendiam pelo pulso e tornozelos. Não fazia a menor ideia de onde estava, já que o jogaram dentro de um estacionamento abandonado, no meio do nada.

Os passos são ouvidos, e ao erguer o olhar, seu interior se desespera ao ver Samuel sendo puxado à força por dois homens. O garotinho chorava e esperneava em desespero e assustado. Logo em seguida entraram mais dois carregando Cássio, desacordado e sangrando na cabeça. Empurraram o loiro sem piedade, fazendo ele cair aos pés de Gregório, que não podia sequer se mexer pelas cordas em seu corpo. Mas era notável o desespero e a preocupação em seu olhar.

— DESGRAÇADOS!!! O QUE VOCÊS FIZERAM?!! DEIXEM-OS EM PAZ!! — Gregório reverberou, em fúria. Nunca, em toda a sua vida, havia ficado tão irritado como agora. As cordas apertaram seus pulsos com as tentativas do mesmo tentando se soltar, o machucando. Suava frio, o sangue quente correndo pelas veias e a raiva o consumindo, da mesma forma que seria um tigre enjaulado. E aquele olhar que prometia uma vingança dolorosa, intimidaram os soldados de Bryan que estavam ali por ordens superiores. — VÃO SE ARREPENDER!!! TODOS VOCÊS!!! — Gritou, novamente puxando seus braços.

— Papai...!!! — Samuel chorava, tentando escapar inutilmente das garras daquele homem, na qual o segurava. Grego encarou os olhinhos azuis do garoto, sentindo seu coração se despedaçar em mil pedaços. E naquele momento quis se bater por ter sido tão idiota e tão burro ao ponto de destruir sua família. Mas é claro que não ficaria assim.

O homem que segurava o pequeno garoto, empurrou o mesmo, desferindo um chute no estômago da criança, deixando Gregório mais ainda desesperado, enquanto o menininho chorava, pedindo ajuda.

— Deixa de ser frouxo, moleque! — O homem exclamou, dando outro chute no menino. Grego praguejou, puxando seus braços com todas as suas forças, causando uma leve dobradiça no fino cabo de ferro e as cordas esticarem levemente.

Mas tudo se calou ao soar de um tiro. Por um momento, Grego pensou que havia acontecido o pior, mas ao olhar para frente, viu Cássio, seu esposo, segurando firme em suas mãos uma pistola, e o homem que agredia a criança, agora morto com uma bala na testa. Logo em seguida, os que restaram.

Demorou alguns segundos para Grego acreditar que justo Cássio havia tirado a vida de alguém sem pestanejar, e seu olhar frio e irritado, indicava que não havia vestígios algum de arrependimento ou culpa.

Em segundos, o loiro se jogou aos pés do menino, o pegando em seus braços como se dessa vez nada pudesse separá-los daquele abraço.

— Está tudo bem, meu amor. Eles não vão mais machucar você. Eu prometo. — Dizia, em meio ao choro, enchendo de beijos o pequeno que aos poucos foi se acalmando, soluçando baixinho e reclamando de dor. — Eu vou cuidar de você, tudo bem? Eu vou cuidar de você e das suas irmãs. Ninguém vai tocar mais em vocês. Eu prometo, meu pequeno.

— Cássio... — Grego murmurou, sentindo a culpa pesar violentamente em seu consciente. O loiro o encarou, mas em seu olhar só transmitia frieza e repulsa. O mesmo se levantou, indo até Grego e o soltando das cordas com uma faca qualquer. — Amor, eu sinto muito. Tentei fazer com que isso não acontecesse, mas...

— Mas nada! — Cortou-o, fazendo Grego o encarar sem entender ao ouvir a voz do loiro sair rude e enojada. — Eu disse que você poderia fazer a droga que você quisesse, contanto que mantesse tudo longe dos meus filhos! E olha o que aconteceu!!! Fique LONGE de mim e dos meus filhos, entendeu bem?! Chega!!! Eu não aguento mais você e essa vida que você insiste em seguir. Se quer ser um foragido da polícia, então que seja. Mas se você colocar novamente um dos meus filhos em perigo, a próxima pessoa que irei matar será você! — Dito isso, virou às costas, saindo sem olhar para trás, levando Samuel para o hospital e indo buscar suas filhas que acabaram ficando sozinhas em casa. Não iria voltar lá. Era perigoso demais. Pegou os cachorros, algumas roupas e voltou para a casa de seus pais, que o receberam de braços abertos. Cássio estava mais que decidido a pedir o divórcio. Não queria mais pôr em risco a vida de suas crianças. Dessa vez, o amor paternal falou muito mais alto, e estava ciente de que era o certo a se fazer: cortar de vez os laços com Gregório Del Rey.

— Eu avisei você desde o início que ele não era uma boa pessoa para você, não disse?! — Cássio ouvia calado o sermão de seu pai, e estava ciente de que o homem maduro tinha razão. Ele sempre deixou avisado que Gregório não era boa pessoa. Mas a adolescência é um bicho de 7 cabeças, querendo sempre contrariar os pais e viver no perigo. E Cássio era assim. Porém amadureceu e enxergou a verdade: Gregório jamais mudaria.

— Eu sei, pai... Fui um idiota. Mas acabou. Não vou voltar para ele depois do que aconteceu. Eu fiquei com medo de que o pior acontecesse. — Balbuciou, entristecido. O homem sorriu, compreensivo e abraçou o filho, o consolando naquela noite cansativa e traumática.

Gregório, apesar do término, ainda estava consumido pela raiva. Alimentado de ódio pelo o que Bryan o fez passar, pelo o que fizeram ao seu filho e esposo. E nem serviu para dá as caras. É claro que Gregório desejaria vingança e o faria com louvor. Seria seu último ato de crueldade, assim ele prometeu. E tentaria de tudo para conquistar Cássio novamente. Se isso realmente for possível.

O DONO DO MORRO - Uma Nova Era - [ROMANCE GAY] Onde histórias criam vida. Descubra agora