🎲 - - - - - CAPÍTULO QUINZE - - - - - 🎲

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❎ - - - - - PERDÃO? JAMAIS! - - - - - ❎

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- - - - - PERDÃO? JAMAIS! - - - - -

⏩ CÁSSIO MCKINNEY

Hoje era um dia extremamente especial. Era o aniversário de Grego e planejamos fazer em um piquenique em família na praça. Dei banho nas crianças, nos cachorros e os arrumei. Dianna que ficou encarregada de arrumar a Star. Ela era realmente apegada a cadela. Colocou uma saia rodada cor-de-rosa na cachorra e um laço brilhante de mesma cor nas tranças da cadela, que eu havia feito a pedido de Dianna. Star pareceu gostar do estilo. Vesti uma jaqueta preta no Simon e um shorts de moletom no Bartholomew. Quê? Eles também são meus filhos, okay?!

— Amor, pegou a cesta? — Questiono, conferindo se não faltava nada. Grego apareceu, vestindo apenas uma bermuda branca e uma camisa social de mesma cor, toda largada no corpo com os três primeiros botões abertos. Não me canso de ver o quanto ele havia mudado. Seu sorriso agora sempre estava presente e seu olhar era relaxado, despreocupado. É possível se apaixonar mais ainda por quem já se é apaixonado?

— Está tudo aqui. Vamos.

— Eu levo a Star! — Dianna exclamou, colocando a guia na cadela.

— E eu o Barth! — Intimou Samuel. Eu não precisava nem dizer que eu levaria o Simon. Olivia estava naquela fase de “eu sou adulta e não me misturo com pirralhos”, mesmo tendo somente 12 anos. Estava levando seu livro, celular e fones de ouvido. Já percebi que vou ter problemas com essa garota na adolescência. Ela é bastante temperamental.

Então seguimos para a praça, onde arrumei a toalha xadrez na grama e me sentei junto com Grego. Soltei as guias dos cachorros e as crianças correram para brincar em um pula-pula que tinha ali perto. Olivia se sentou próxima a uma árvore, abrindo seu livro e colocando seus fones.

— Ei... — Grego me chamou. O encarei e ele me roubou um beijo, que me arrancou um sorriso. — Eu te amo, sabia? — disse, me deixando vermelho. Poderia se passar anos, mas eu nunca deixaria de ficar envergonhado com as palavras e elogios de Grego. Deitei a cabeça em seu colo, o olhando nos olhos e segurando sua mão sobre minha barriga.

— Também te amo. — Ele sorriu, beijando o dorso de minha mão e observando em volta.

— Que coincidência! — Ouço uma voz familiar. Olho para frente, me assustando ao ver Guilherme ali. Assim que Grego o viu, rapidamente se levantou, me colocando para trás de si como forma de proteção.

— O que infernos faz aqui?! — Grego praticamente gritou, não me deixando ficar ao seu lado. Estava me segurando firmemente atrás de si.

— Só estava passeando e vi vocês. Pensei que não haveria problemas em me aproximar. — Grego riu, sem um pingo de humor.

— Ah, não?! Quanto cinismo, seu desgraçado! Anda, suma daqui! Não tem nada para você ver aqui! Já não basta tudo que me fez?!

— Grego, eu sei que o magoei muito, mas eu estou arrependido. Eu quero me redimir com você, filho.

— NÃO SOU A PORRA DO SEU FILHO!!! Já não caio mais nas suas conversas fúteis de que mudou. Você nunca vai mudar. É o mesmo desgraçado doentio de sempre! — Grego me soltou, se aproximando do pai e o puxando pela gola da camisa. — Mas escuta bem o que vou te falar... Se pensar em machucar minha família, dessa vez quem vai acabar morto será você, entendeu?! — Ele sussurrou, não me deixando ouvir direito.

— Eu não quero mais isso para mim, Grego. Eu já percebi os erros que cometi e quero que me perdoe por isso. Não quero te fazer mal. Estou até me consultando com seu esposo. Ele é realmente um ótimo psicólogo. — Diz e Grego rapidamente me encara, como se eu tivesse acabado de matar alguém.

— Por que não falou nada?! — Questionou. Nem tive tempo de responder, Guilherme acabou me interrompendo.

— Porque ele não envolve trabalho com assunto pessoal. As consultas são privadas. Eu que pedi para ele não te falar nada. Eu sei muito bem o quanto você é temperamental. — Grego suspirou, nervoso, passando a mão no rosto, claramente irritado.

— Eu já te avisei. Não se aproxime da minha família ou vai se arrepender! Agora... faz o favor de SUMIR DA MINHA VIDA!! — Gritou. Guilherme suspirou, cabisbaixo.

— Tudo bem. Acho que não é uma boa hora para conversarmos. Até. — Ele virou às costas e saiu. Grego se virou rapidamente para mim, agarrando meu braço, porém, não com tanta força.

— Por que não me disse que havia se encontrado com ele?! Cássio, você enlouqueceu?!

— Grego... ele... apareceu de repente no meu consultório. Eu não poderia simplesmente mandá-lo embora. Ele está certo quando disse que não misturo o pessoal com o profissional. Ele queria se consultar e eu... o atendi. — Explico, um pouco perdido. Grego suspirou, novamente passando a mão no rosto.

— Não importa, Cássio! Não quero saber! Só quero que pare de se encontrar com ele. Não importa se é consulta ou não. Não quero ele perto de você! — Exclamou.

— E por que não conversa com ele? Grego, ele pode realmente ter mudado. — Grego me encarou, parecendo mais irritado que antes. Droga.

— O que ele te contou exatamente?

— Hm... tudo. — Falo, receoso.

— O que...?!! — Grego se virou, respirando fundo e passando as mãos nos cabelos. Depois de um tempo em silêncio ele se virou para mim, segurando meus braços e me puxando para um abraço apertado  mantendo minha cabeça colada em seu peito. — Amor, eu te amo muito. Não quero que nada de ruim te aconteça. Nem a você e nem aos nossos filhos. Por favor, me ouça. Ele nunca vai mudar. Ele é um psicopata doentio, não se arrepende de nada. Você é psicólogo, deveria notar a mentira na cara dele. — me senti realmente mal por ele, e dividido.

— Desculpa... — Murmuro. Ele beija o topo da minha cabeça, mantendo nosso abraço apertado.

— Você não tem culpa de nada. Só... por favor, Cássio, fique longe desse homem. — Fiquei calado, perdido e me sentindo culpado em vê-lo tão abalado e preocupado comigo.

— Eu só queria que tudo se resolvesse e nós pudéssemos finalmente ficar em paz... — Murmuro, entristecido. Grego me afasta, o suficiente para olhar em meus olhos.

— E vai ficar, contanto que aquele homem não esteja presente em nossas vidas. Cássio, eu sei o que eu passei, eu sei o que senti, e eu sei do que ele é capaz. Eu o conheço melhor do que ninguém. Ele jamais vai mudar.

— Você mudou. Por que ele também não pode mudar? — Grego bufou.

— É diferente, Cássio! Eu mudei por amor a você e aos nossos filhos. Mudei porque você apareceu na minha vida. Mas ele... ele não ama ninguém. Nunca vai amar. Se ele não teve capacidade de amar o próprio filho, porque amaria outra pessoa? Ele o próprio diabo se fazendo presente na terra. Não quero você perto dele e fim de papo, entendeu? — Assenti, a contragosto.

E eu achando que tudo estava bem...

O DONO DO MORRO - Uma Nova Era - [ROMANCE GAY] Onde histórias criam vida. Descubra agora