🎲 - - - - - CAPÍTULO QUATRO - - - - - 🎲

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❎ - - - - - PERIGO EMINENTE - - - - - ❎

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- - - - - PERIGO EMINENTE - - - - -

⏩ GREGÓRIO DEL REY

Aah, sim. Era bom estar de volta ao mundo que sempre vivenciei, que sempre setenciei as minhas próprias leis. Era muito bom sentir novamente o poder correr por minhas veias. Mas como tudo na vida não é somente flores, eu acabei perdendo a minha família, acabei fazendo com que Cássio me odiasse ao ponto de me colocar para fora de casa. E eu não vou julgá-lo, ele está mais que certo. Seu instinto de pai o manda proteger quem ele ama e não vou contra isso. Apesar de claro, sentir muita falta dele comigo, nem que seja ao menos para brigar comigo. Mas sinto falta.

Suspiro, voltando a atenção para Bryan, que falava seu discurso de como fazer a máfia crescer. E naquela mesa gigante de vidro, estávamos eu e mais dez homens atentos ao que ele dizia. Mesmo ele estando agora debilitado em uma cadeira de rodas, não o impediu de continuar a incitar suas últimas regras na máfia.

— Bom, todos sabem que precisamos de alianças, e Gregório será meu sucessor. Gregório... necessitamos de um herdeiro. Conhece as regras. — Bryan falou seriamente, fazendo com que todos olhassem diretamente para mim.

— Não vou colocar meus filhos nessa merda. Já falei. — Intimo, ríspido. Ele suspirou.

— Então terá que se casar com a filha do capo espanhol. — Eu ri, sem um pingo de humor.

— Não vou me casar com ninguém. Sabe muito bem que eu já tenho um esposo. — Friso, deixando claro a aliança chamativa em minha mão esquerda.

— Não se trata de amor, são negócios, Gregório. E você precisa cumprir. Você tem três filhos, que eu saiba, e um deles é um menino. Ele seria perfeito para ser seu herdeiro futuramente. Bastava treiná-lo e... — O interrompi, me levantando com um tapa forte na mesa, que assustou a todos.

— Já disse que não vou colocar minha família nesta merda! Se me quer no seu lugar, terá que aceitar minhas condições! Meu filho terá uma vida normal, de uma criança normal, e não pelo o que eu tive que passar! Eu já deixei claro que não os envolveria nisso. Cabe você a aceitar ou não.

— Um capo sem herdeiro está fora de cogitação! — Exclamou, irritado.

— Então eu estou fora. — Saio dali, batendo a porta. Não acredito que acabei com minha família por conta desse miserável interesseiro. O que merda eu tinha na cabeça quando aceitei essa droga?!!

Quando já ia saindo da mansão de Bryan, sou atingido por uma coronhada na cabeça que me fez apagar por alguns segundos. Quando recobrei a consciência, alguns dos homens de Bryan me amarravam, me jogando dentro de um carro.

— Você entrou, não tem mais volta. A única saída é a morte. — Bryan estava no banco do passageiro, olhando diretamente para frente, enquanto o carro se movia.

— Se não me soltar agora eu juro que o mato!!! — Exclamo, furioso. Ele riu, debochado.

— Você tem um filho lindo, sabia? — Comentou, o que me deixou alerta. — Samuel Del Rey, correto? — Meu peito se apertou. Desgraçado!!! — Um nome forte e que muito combinaria com o chefe de uma máfia. Samuel Del Rey... — soprou, testando o nome. Depois riu, macabro. — Eu não pude ter filhos, mas quem sabe ainda estou em tempo de criar o herdeiro perfeito?

— DEIXE O MEU FILHO EM PAZ, SEU FILHO DA PUTA!!! — Grito, em fúria. Mas sou atingido por uma arma de choque no estômago por um de seus soldados, que me fez contorcer de dor.

— Admirável a sua preocupação. Mas você não vai atrapalhar meus planos, Gregório. Vou fazer essa máfia crescer e Samuel será minha cobaia perfeita. — Merda! Mil vezes merda!!! De novo não!

— Se tocar em um fio de cabelo do meu filho, você vai se arrepender pelo resto da sua vida! — Cuspo, irritado.

— E se tentar me impedir, morre você e o veadinho do teu esposo. Cássio o nome dele, certo? — Estanquei, não querendo demonstrar, mas naquele momento eu senti medo. Medo de que aquele psicopata machucasse minha família.

⏩ CÁSSIO MCKINNEY

Chego em casa depois de mais um dia de aula e trabalho. Samuel acabou adoecendo e eu não pude passar muito tempo na clínica. Ele não parava de chorar e chamar pelo pai, vulgo Grego. Adoeceu de repente e eu realmente me segurei para não passar mal de tanta preocupação que fiquei quando a diretora da escola me ligou informando que Samuel não parava de chorar e estava com febre alta.

Passou o dia na cama, sem querer comer ou brincar com as irmãs. Já havia chamado o médico e eles diziam que meu filho não tinha absolutamente nada. Fiquei mais preocupado e confuso ainda. Pois Samuel passou o dia chorando e mal comeu.

— Está melhor, meu anjo? — Questiono, sentando ao lado da cama e deixando um beijo em sua bochecha. Ele grunhiu, fungando.

— Eu quero o papai Grego... — Suspiro, chateado. Ouvir aquela vozinha grogue e com vestígios de tristeza me partia o coração.

— Amor, ele... está viajando. Não pode vir agora. — Era realmente doloroso não ter Grego por perto, e a sensação em meu peito de que algo ruim havia acontecido não me deixava dormir direito, mas estava tentando ao máximo suportar tudo por meus filhos, somente por eles.

Ouço um barulho forte no primeiro andar, como se tivessem arrombado a porta da entrada. Olivia e Dianna apareceram assustadas no quarto do Samuel e me abraçaram.

— O que está acontecendo? — Questiono, confuso e assustado.

— Eu ouvi um barulho lá embaixo e fiquei com medo. — Dianna falou e Olivia concordou. Segundos depois começo a ouvir passos dentro da casa, o que realmente me aterrorizou. Abracei meus filhos, os colocando atrás de mim e os cachorros entraram em alerta, de frente para a porta. Os três eram treinados, especialmente o Simon, que ficou no meio, rosnando baixo. Animais conseguem sentir pessoas ruins quando estão perto e o estado raivoso do Simon só indicou mais ainda as minhas suspeitas de que a casa foi invadida por bandidos. E como eu desejei ter Grego aqui com a gente!

Meu coração deu um salto quando a porta do quarto foi aberta com violência, onde vários homens armados invadiram o ambiente, me deixando mais assustado, abraçando meus filhos mais forte, tentando protegê-los de alguma forma. Samuel chorava mais ainda, com medo.

Os cachorros começaram a latir e a rosnar, atacando sem piedade alguns dos homens, e Simon, como era o mais treinado para esse tipo de coisa, tirava primeiramente as armas deles com a boca, depois atacava, se preocupando em proteger os outros cachorros.

Um homem conseguiu se aproximar de mim, agarrando meus braços e me empurrando para o chão com força, me fazendo gemer de dor.

— Não!!! — Ouço Samuel gritar. Vejo o homem pegar meu filho à força, o que faz meu coração disparar em um nível assustador.

— SAMUEL!!! DEIXEM O MEU FILHO EM PAZ! — Grito, pulando em cima daquele homem e pegando meu menino de volta, mas logo sou atingido na cabeça, que me faz desmaiar no mesmo instante, não me deixando mais ver nada.

O DONO DO MORRO - Uma Nova Era - [ROMANCE GAY] Onde histórias criam vida. Descubra agora