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Minha ressaca normalmente se enquadrava em estou morrendo de fome e não me lembro de porra nenhuma pelos próximos minutos. Era muito raro mesmo eu ter alguma dor de cabeça e aquela ânsia de vômito como a maioria das pessoas se sente ao acordar de uma noitada.

Tudo que sinto é uma fome infernal que me acordava do mundo dos mortos. Mais tarde descobriria algum dano no meu corpo como um hematoma roxo ou a perda de alguma unha que se quebrou.

Com aquele típico gosto ruim na boca eu abro meus olhos de devagar querendo ignorar minha barriga implorando por comida e a enorme vontade de voltar a dormir, mas não consigo. A fome sempre ganha.

Lentamente me sento morrendo de preguiça só que em vez de sair da cama e ir direto atrás de algo comestível na geladeira dou de cara com o Thales dormindo ao meu lado numa cama que não é a minha. Este quarto também não era o meu.

Epa, temos outro defeito.

Thales ronca.

Não é algo escandaloso que incomodaria, mas que entra na lista como sendo um segundo defeito na imagem de quase perfeição que tinha dele.

1. Não sabe dançar.

2. Ronca.

Bocejo enquanto meu cérebro estando no modo lento pelo sono demora alguns segundos para finalmente poder funcionar direito.

Olhei para baixo para constatar que estou nua e sim usei em baixo.

— Puta merda. — soltei baixinho.

Meus olhos fizeram uma rápida varredura pelo quarto em busca da minha roupa.

CARALHO. Não posso acreditar que fodi o Thales.

A noite passada veio todinha. Seguro a risada besta que quero dar.

EU peguei o Doutor Gostosura. EU.

Chupa essa, mundo!

Dou uma olhada melhor nele neste seu corpo esplêndido deitado de bruços com o lençol cobrindo a bunda durinha de tamanho razoável graças às horas numa academia. Homem lindo, cheiroso, carismático, engraçado, educado, bom de cama, mas...

Eu deveria sentir algo mais do que satisfação feminina por ter pegado um gostosão que não é um babaca. Só que Thales era como uma tarefa de uma lista de metas que depois de cumprida não valia mais nada para mim. Eu pulava para próxima.

Caralho, tudo não passou de fogo no rabo.

Melhor eu me vestir. A caminhada da vergonha (nem é) me espera.

Saio da cama devagarzinho sem fazer nenhum tipo de barulho. Enfrentá-lo pela manhã nem pensar. Mesmo morrendo de fome algo me diz que Thales parece ser um conversador que pede para ficar pro café da manhã. Não que seja algo ruim, mas não vai rolar comigo.

Agarro minha saia e sutiã os colocando. Estando muito apertada entro no banheiro para mijar. Ao passar em frente ao espelho vendo meu estado tento limpar os resquícios do que sobrou da maquiagem de ontem. Vou procurar pela minha blusa e a encontro em cima da mesa.

Saltos e celular onde vocês estão?

Ah, na sala.

Última olhada de admiração naquela espécie masculina para assim eu fechar a porta do quarto.

Última olhada de admiração naquela espécie masculina para assim eu fechar a porta do quarto

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Namorada Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora