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               — Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

               Esse é o grito que me acorda. Vou correndo em direção ao quarto de Alice, no intuito de saber o que aconteceu. Chegando lá eu a encontro sentada na cama girando a cabeça como se pudesse observar tudo ao seu redor. Ela vira seu rosto em direção a porta, que é exatamente onde me encontro e diz:

              — James?

             — Alice, você pode me ver?

             Ela abre um largo sorriso em seu rosto e acena a cabeça confirmando de forma positiva, assim respondendo minha pergunta. Abro os braços, ela vem correndo e me abraça. Lhe dou um beijo e a entrelaço em meu braços. Beijo sua cabeleira loira.

              — Eu lhe disse que tu iria conseguir ver novamente. — digo abraçando-a forte.

              Ela levanta a cabeça e retruca:

              — Obrigada por acreditar em mim. E se permite dizer, você é bem mais bonito que sua voz.

              Em poucos minutos Samsung está na sala junto com Alice fazendo exames. Estou muito ansioso para saber o que irá acontecer. Após um tempo minha irmã termina o seu trabalho. Então eu pergunto:

               — Ela vai ter que ir para o hospital?

               — Não será necessário. — responde ela. — a visão dela está perfeita.

               — Quero ver um filme! — diz ela totalmente empolgada.
 
Eu e Samsung rimos ao mesmo tempo.

              — Bom, eu queria muito ficar para conversar, porém não posso — continua — Tan me convidou para um café e sinto que logo baterá a hora desse compromisso.
 

             — Você está tendo alguma coisa com Dr. Torres? — pergunto objetivamente.
 
             Ela fica arisca, assim responde claramente a minha pergunta.
 
              — Claro que não... Quer dizer... É só um café...
 
              — Hum — diz Alice.
 
              — Olha, eu já vou indo, tchau Alice.
 
              — Tchau, Samsung. — responde.
 
              — Eu te acompanho até a porta.
 
              Ela consente  com um aceno de cabeça. Levo ela até a porta e lhe dou um beijo e um abraço, assim se despedindo e deixando ela ir. Volto para a sala e ligo a TV. Alice está no sofá. Ela me abraça com força. Nunca a vi com um olhar tão profundo e feliz como esse que ela carrega em seu rosto hoje.
 
               — Não vejo a hora de ser a Sra. Frey.
 
               — Eu também.
 
               De repente ela começa  me beijar. Sobe em cima do meu colo, deixando suas pernas uma para cada lado. Minhas mãos se deslizam de seu rosto e começam a deslizar pelas suas costas. Ela tira minha blusa e beija meu peitoral. Tiro sua blusa, assim deixando seus seios expostos.

+++

                 Não faço a mínima ideia de como viemos parar no meu quarto, porém posso garantir que não quero sair dessa cama tão cedo. Alice está apoiando sua cabeça em meu peito esquerdo e alisando o direito. Sei que ela pode sentir meu coração acelerar e eu não ligo.
 
                  — Queria poder passar o resto da vida assim como estamos. — digo apertando mais um pouco ele para próxima do meu peito.
 
                  — Eu também. — diz ela sorrindo.

                  — Estou com medo, James.
 
                  — Medo... Medo de quê? — pergunto com um certo desdenho.
 
                  — Medo de um dia acordar e descobrir que tudo isso foi não foi real. — continua — Medo de perder você! Não quero que nada me tire desse momento. Eu te amo. A melhor parte de não se lembrar de absolutamente de nada, é que posso ter vantagem de me encantar e apaixonar por você, outra vez. Eu te amo, James Frey.
 
                Lágrimas se formam nos dois cantos dos meus olhos, porém não permito que elas se desloquem do seu lugar de origem. Quase me esqueço que sou eu que mente para ela, porém faço isso para seu próprio bem. Mais do que nunca, hoje eu tenho certeza que não permitiria que ninguém fizesse algo para lhe machucar. Não suportaria vê-la machucada ou ferida.
  — Não precisa ter medo. Eu sempre vou estar aqui — lhe dou um beijo na testa e completo — Eu te amo.

+++

                  Queria ficar mais um pouco na cama, mas Alice colocou na cabeça que temos que tomar café. Ela está com uma camisa branca de botão minha. Levanto da cama e desço as escadas junto com ela.
  Já na cozinha, ela começa a ler um livro de receitas.
                   — Acho melhor eu fazer o café. — digo.
 
                   — Não! Agora que posso vê, quero aproveitar o máximo. — retruca.
 
                   — Ok, então o que teremos de café?
 
                   — Suco de laranja e omelete de queijo com torradas.
 
                   — Acho melhor você desligar a torradeira. — digo apontando para o monte de fumaça que começa a sair dela.
 
                   Alice rapidamente vai em direção a ela e desliga.
  
                   Saio do balcão e vou ajudá-la a preparar a comida.
  
                   Dez minutos depois estamos tomando um delicioso café.
 
                    — Viu! Somo melhores trabalhando juntos. — digo dando um leve sorriso.
 
                    — Aquele imprevisto foi culpa sua.
 
                    — Minha culpa?
 
                    — Sim, pois se você estivesse com uma calça em vez desta cueca, eu não teria me desconcentrado e não permitiria que as primeiras torradas fossem um desastre.
 
                    — Bom saber que você me acha sexy.
 
                    — Não só sexy, mas também incrível, maravilhoso e para completar, vai ser o homem com quem vou dividir o resto da minha vida.
 
                     Ela se levanta de seu lugar e me da um beijo.
 
                    De repente ouço um toque. Pego meu celular, porém não é ele, no entanto eu me lembro que deixei o tablete ligado, vou até a mesa e atendo a chamada de vídeo de Samsung.
 
                     — Oi, maninha.
 
                     — Oi, onde você está?
 
                     — Em casa, estava tomando café.
  — Tan, queria falar com você.
  — Claro.
  — Mas tem que ser pessoalmente e particular.
  — Claro.
  — Podemos passar aí em 40 minutos?
  — Sim.

ALICE E EUOnde histórias criam vida. Descubra agora