O Seu Sangue é...

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— E por fim, este é o refeitório. — Mostrou Jeongguk, empurrando a porta dupla e adentrando o lugar enquanto eu o seguia, revelando um espaço amplo e de paredes brancas, ocupadas por grandes janelas e com bancos espalhados pela superfície plana do solo, tais que eram agrupados em fileiras retas e organizadas. Havia uma cantina e uma cozinha. Eu podia sentir no ar o forte cheiro de sangue misturando-se ao de comida humana, fazendo meu estômago embrulhar-se.

Busquei o frasco do remédio no bolso frontal da minha calça e retirei dali dois comprimidos, os jogando na boca e engolindo com rapidez, em movimentos quase desesperados. O enjoo, porém, não passou. Engoli mais um e esperei fazer seu efeito, enquanto isso Jeongguk continuava a andar. Apertei o passo para alcançá-lo.

— Tá, você falou que se eu deixasse você me mostrar a escola inteira sem soltar uma única frase irônica ou tentar fugir você me deixaria ver meus amigos. Então, cadê eles?

— Calma. — Seu olhar vagou por todo refeitório. — Estou procurando Yoongi.

O lugar era realmente grande e estava lotado, as vozes enchiam as quatro paredes em zunidos desconexos e infinitos. Tentei procurar entre as mesas algum corpo que se assemelhasse ao de Hoseok ou Jimin, mas em meio àquela multidão era impossível encontrar alguma coisa.

— Eu realmente não entendo porque não posso simplesmente andar por aí sozinho. — Bufei. — Sério, você é o que agora? Minha babá?

— É perigoso deixar um humano zanzando por aí num colégio de vampiros. — Seus olhos sérios captaram algo e então vibraram em felicidade. — Ah! Achei o bendito. — E começou a se mover em direção ao tal garoto... Yoongi, certo?

O segui a passos marchados e com uma expressão fechada em face.

— Você disse que eles não podem me morder por conta da marca que você fez em meu pulso.

— Sim, isso é verdade. Mas digamos que você ainda corre outros tipos de perigos.

Revirei os olhos.

— Agora além de ter de viver nesse antro ainda terei de suportar sua presença vinte quatro horas por dia? — Bufei. — E minha privacidade?

Ele se virou para mim, cessando seus passos.

— Olha, eu vou deixar você conversar com seus amigos e ter seus momentos de privacidade, só peço que não ande sozinho por aí.

— Grande coisa.

— Venha. — Puxou minha mão e voltou a andar. — Quero te apresentar o Yoongi.

— Eu não quero conhecer esse pervertido!

Mas antes que eu pudesse protestar ou dizer qualquer outra coisa, lá estávamos nós dois, postos frente ao banco onde o tal Yoongi estava sentado, tomando tranquilamente seu copo cheio de um líquido vermelho. O enjoo que eu tinha esquecido por ora voltou a tona, arfei baixo.

O garoto era deveras estranho, ele usava uma blusa de tecido fino e de mangas longas da cor roxa e por cima uma camiseta preta com a estampa de alguma banda de rock qualquer. Seu cabelo era uma mistura de preto com azul e seus fios se encontravam rebeldemente desorganizados, como um punk rebelde ou alguma coisa do tipo. Não fui com a cara dele logo de início, seus olhos transbordavam deboche.

— Este é Taehyung. — Jeongguk apresentou-me para seu amigo, sustentando um sorriso alegre no rosto, eu, em contrapartida, não me esforcei nenhum pouco para demonstrar a mesma animação.

Yoongi por outro lado pareceu bem contente.

— Bem vindo Taehyung. — Estendeu a mão para me cumprimentar. — Sou Yoongi, prazer em conhecê-lo. Espero que goste daqui.

Pacto de Sangue || Kth + JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora