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Sim, mais uma história 🎃

Votem e comentem 💛 pra ajudar essa autora que vos escreve. Me dá mais vontade ainda de continuar escrevendo.

"Godric's Hollow"

•Harry

Ouço o barulho das cadeiras sendo arrastadas, talheres batendo em pratos e o som de conversas na cozinha, enquanto eu fechava a mochila com todos os meus pertences que juntei ao longo dos meus dezoito anos.

Saio do armário embaixo da escada que havia sido meu quarto por todos esses anos mesmo sendo pequeno demais para mim.

Agora maior de idade queria conhecer mais sobre os meus pais, onde viveram, sua história, já que meus tios não me contavam nada. Apenas sabia que eles morreram em um acidente de carro quando eu era bebê e eu fiquei apenas com essa cicatriz esquisita em forma de raio na testa.

Ajeito o óculos remendado com fita no rosto (já tinha tentado usar lentes, mas elas irritavam meus olhos) e passo a mão levemente pelo piercing em meus lábios.

Desde que meus tios me mandaram para o centro St. Brutus para meninos irrecuperáveis, eu faço questão de parecer o mais diferente deles possível.

Eu odiava aquele lugar, eles achavam que iam concertar algo em mim, mas não adiantava. Eu era visto como o sobrinho estranho que eles criavam por pena. E sempre culpavam meu pai por eu ser quem eu era.

Os piercings na orelha e no lábio fizeram minha tia surtar. Meu tio torcia o nariz ao ver minhas tatuagens e meu primo parou de me irritar quando eu comecei a revidar - ao estilo St. Brutus - sem medo do que meus tios iriam pensar.

E por mais que eu os irritasse ou os  chocasse com mais uma tatuagem, minha tia não me deixava ir embora. Mas quando eu completei dezessete anos eles disseram que eu já era um adulto e que podia ir embora.

Demorei um ano para juntar dinheiro. Então umas coisas estranhas aconteceram. Como uns caras com máscara esquisitas me perseguirem, mas consegui me livrar.

Meus tios e meu primo tomavam um café da manhã bem reforçado, mas param de comer ao me ver.

– Eu estou indo – murmuro segurando a alça da mochila em um dos meus ombros.

– Boa sorte, Harry – Dudley desejou com a boca cheia de comida – Até algum dia – Okay, aquilo era estranho. Duda estava sendo legal.

– Se cuida, Dudley – aceno.

– Adeus, Harry... – minha tia falou polidamente. Achei que fosse dizer mais alguma coisa, mas ficou em silêncio.

– Já foi tarde – meu tio resmungou com a cara enfiada no jornal – Espero que não volte.

Reviro os olhos com o comentário e pego o capacete que havia deixado no sofá.

– Até nunca mais, tio Válter – sorrio irônico.

Bato a porta da frente, coloco o capacete e subo na moto que estava na entrada da garagem.  Eu tinha herdado de um padrinho chamado... Sirius. Ele era amigo dos meus pais pelo que o advogado explicou.

Parallel Universe (DRARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora