O ano é 2018

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Olá, eu sou a Tordelícia e você não está vendo o Disney Channel!

Isso aqui é mais ou menos uma retrospectiva e desabafo sobre meu ano e eu não ia compartilhar com ninguém, mas não ligo se vocês derem uma olhada.

•••

Meu ano começou de uma forma horrível, já que logo no primeiro dia de Janeiro eu perdi dois parentes que eram muito próximos e importantes pra mim, e isso mudou completamente a forma como eu vejo a virada do ano.

Logo depois, eu comecei o meu segundo ano do ensino médio e eu não poderia estar mais satisfeita comigo mesma, pois mais um pouco eu já estaria na metade do meu ensino médio e isso tudo era meu mérito e ninguém iria tirar isso de mim. Bom, pelo menos isso foi o que eu pensei.

Fiz coisas legais como participar da Olimpíada Nacional de História Brasileira (ONHB) e cheguei até a penúltima fase.

Meu ano escolar, foi normal, nada fora do comum. Ok, peguei uma ou outra recuperação por coisa boba, mas acontece, não foi o fim do mundo.

Enquanto ia passando os dias, ela veio chegando. Ela começou suave, dando um tchauzinho quando passava pela rua. Depois, passou a vir me cumprimentar todo o mês. Quando ela achou que já era íntima, me visitava a cada 15 dias pra matar a saudade de mim. Mas eu, fraca, não consegui impedir a estadia permanente dela que me perseguiu durante o resto do ano.

Eu achei que não ia ter outra recaída. Poxa, minha psicóloga disse que eu estava bem, ela me deu alta! Mas não.
O acompanhamento de 2017 não foi o suficiente e em 2018 ela voltou pra fazer o maior inferno que eu já havia presenciado.

Tudo parecia durar uma eternidade, nada tinha sentido, nada tinha mais graça, o mundo inteiro ficou preto e branco de novo e eu não via brilho no sol. Cada dia era um tormento, um sacrilégio.

Eu. Não. Queria. Viver.

Essa passou a ser a única certeza que eu tinha.

Eu não conseguia pedir ajuda verbalmente mas eu gritava pra alguém me ajudar. Aí eu passei a me cortar. Muito. E com frequência.

Eu nunca tinha ficado tão na merda quanto nesse ano e eu não sabia como sair, meu amigos não enxergavam que eu estava mal e eu não conseguia avisar que eu não estava bem.

Muitas as vezes eu pensei que eles nem se importavam comigo, eu não conseguia ver que eles me amavam e cada vez mais que eu pensava nisso eu só conseguia achar que eles não gostavam de mim. O tempo todo passava na minha cabeça que eles ainda andavam comigo por pura educação e nada mais. Eu não conseguia enxergar que eles me gostavam.

Quantas vezes eu pensei que não fosse conseguir sobreviver a esse ano.

Mas eu surpreendentemente fiz algo que eu jurava não saber fazer há anos: eu fiz amigos. Ok, foi um amigo, mas ele vale por uns 15.

Porra, foi a melhor coisa que aconteceu esse ano, melhor pessoa que eu poderia ter conhecido.

PUTA QUE PARIU! GABRIEL EU TE AMO SEU FODIDO DO CARALHO!

Eu acho que se não fosse ele, eu sei lá, não estaria escrevendo uma nota de agradecimento pelo meu ano.

Então, Gabriel, obrigada por me encher a porra da paciência e por sempre me atualizar com fofocas bizarras.

Eu não consegui expulsar completamente a dona Dep, mas consigo trancá-la no quartinho de vez em quando e fazê-la dormir mais vezes.

Eu espero muito algum dia conseguir mandar ela embora e ter a certeza de que ela nunca mais vai voltar, mas enquanto isso não acontece eu tenho meus amigos e minha cachorra.

Bom, eu não sei mais o que eu quero falar sobre meu ano, chorei muito escrevendo esse texto e minha cabeça está doendo muito.

Tá na hora de dar tchau.

Até 2019, vadias.

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