Capítulo 9

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POV. Arya Rodrigues

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  Sabe aquele momento que você aumenta o volume da sua música favorita e se deita na cama pra pensar? Pois estou fazendo nesse exato momento, ao escutar a música Dynasty, de MIIA.

  Sempre tive o dedo podre para arrumar um namorado, nunca fui sortuda nem no amor e nem no jogo. Meus relacionamentos foram desastrosos. O primeiro, me traiu com minha colega da escola, o segundo, mentia sempre. O terceiro, tinha uma namorada!
A macumba que jogaram nos meus relacionamentos foi das boas, só peço para quem estiver com minha boneca de vodu a coloque para estudar.

  Sempre fui de me entregar de corpo e alma por aquilo que amo, isso já não é nenhuma novidade. Mas desta vez quero me amar em primeiro lugar, cansei de amores rasos.

  A música do meu celular é substituído pelo toque de uma chamada, atendo sem olhar para o nome da pessoa.

— Alô?

— Oi, filha. — Ao ouvir a voz da minha mãe meu coração se agita pensando no que teria acontecido para me ligar a essa hora. — Como você está? Está comendo direitinho? Você vai voltar quando?

— Mãe! Calma! Estou bem, claro que estou, até parece que não conhece a filha que tem. Mãe, não sei se quero voltar, não aguento mais conviver com aquele ser, a senhora sabe. Aconteceu alguma coisa? — Falo indo na direção da varanda do quarto e me apoiando no parapeito.

— Eu não aguento mais viver sem você, aqui está muito quieto! Seu pai saiu de casa. — Não pude esconder minha animação quando a escutei falando isso, quase pulei de alegria.

— Sério!? Que notícia maravilhosa!

— Pois é, acho que finalmente estou livre. Eu preciso te contar uma coisa, mas você vai ter que me encontrar pessoalmente. — Ela fala em um tom dramático.

— A coisa parece ser séria. Amanhã passo em casa e você me conta.

— Certo, vou assistir um filme e ir dormir. Boa noite!

— Boa noite, mãe. Eu te amo!

— Eu também te amo!

  Coloco meu celular na cômoda e volto para minha cama, enquanto minha cabeça criava paranóias e conspirações sobre o que minha mãe poderia dizer para mim. Ela e essa sua mania de me deixar curiosa.
  
  Escuto uma batida na porta e uma leve mexida na maçaneta, logo em seguida a porta é aberta por Diana que adentra no quarto carregando uma vassilha pequena, cheia de cookies e em um copo grande de leite quente que estava em cima da vasilha e a mão que estava livre segurava na maçaneta. Pulo da cama e pegando vassilha da sua mão e volto pra cama.

— Finalmente, pensei que não iria me ajudar! — Ela fala colocando o leite no chão perto da cama. — Como foi a conversa com sua mãe? — A olho incrédula. — O que é? Só escutei um pouco, estava esperando vocês terminarem para entrar.

— Ela terminou com o traste, então ele saiu de casa e amanhã ela quer me encontrar no parque, acho que ela está querendo que eu volte para casa.

- E se for? Você vai ? - Ela pergunta deitando na cama e se vira na minha direção dando um longo suspiro.

— Eu não sei, Di, gosto muito de morar com você, mas não quero te incomodar. — Falo bebendo o leite.

— Para de comer e olhar para mim! - Ela fala se sentando de maneira brusca e cruza as pernas em seguida me encarando com um olhar ameaçador, eu iria continuar tomando meu leite se ela não tivesse o puxado de mim e derramado um pouco do conteúdo do copo na sua roupa. — Eu já falei que você não incomoda, para de colocar essa besteira na tua cabeça de vento.

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