Capítulo 21

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🔥Pov. Diana Castillo🔥

   Fazia horas que eu olhava a janela do hospital, o céu estava completamente iluminado pelo brilho das estrelas, queria estar feliz por contemplar, mas neste momento não consigo pensar em nada exceto quando ele iria acordar.

   Meu corpo protestava de sono, mas eu me recusava a dormir. Fazia horas que eu estava com a cabeça apoiada na perna de Miguel, enquanto ele fazia cafuné nos meus cabelos.

   Olho para frente e vejo Théo deitado na cama, sua cabeça enfaixada e vários fios conectado por uma máquina. Eu me sentia perdida, não sabia quando que minha vida começou a desandar tão rapidamente, parecia uma ladeira sem fim, onde só teve uma pausa quando encontrei Miguel.

— Bem.... Essa não era exatamente a recompensa que eu queria te dar. — Digo, e lanço um sorriso fraco.

   Me sento no sofá e vejo ele franzir o cenho, mas logo a ficha cai e começa a rir.

— Por mais ansioso que eu esteja para receber a maravilhosa recompensa, só quero ganhar quando você estiver sossegada.

— Aliás, perdi meu emprego. —  Respiro fundo

— Que? Como assim? Você amava aquelas crianças. — Ele me bombardeou com várias perguntas ao mesmo tempo.

— Pelo visto a diretora valoriza muito os familiares e não o desempenho.

— Mas que absurdo, você quer alguma ajuda? Dinheiro para pagar a casa.

— Não preciso da sua ajuda! Eu consegui tudo o que eu tenho por meus próprios esforço, não preciso de caridade. —  Digo sem pensa e me arrependo amargamente quando vejo ele abaixar os olhos.

   Miguel é a pessoa mais fofa e gentil do mundo, ele sempre foi assim, desde pequeno. Eu não podia estar mais grata que hoje por ele está comigo, foram tantos acontecimentos em um só dia, que a presença dele fez o clima ficar mais reconfortante.

— Eu só quero te ajudar. — Ele falou baixo, quebrando o silêncio.

— Desculpa, são tantas coisas na minha cabeça. Não se preocupe eu tenho dinheiro guardado até acabar consigo arrumar um emprego.

— Mas, Di....

— Não se preocupe, se eu precisar de alguma coisa você será a primeira pessoa a quem vou contar. Agora não tem necessidade de estresse.

— Promete? — Ele estica o mindinho para mim, assunto e repito o mesmo processo agarrando o mindinho dele.

— Se tem algo que meu pai me ensinou é que se eu quisesse algo, eu deveria correr atrás. Batalha para ganhar minhas coisas com esforço próprio, por que sou uma mulher forte e independente.

— Pelo visto você nunca vai precisar de mim. —  Ela faz biquinho.

— Que bom, mas tem algo que vou precisa de você. — Um sorriso malicioso sai dos meus lábios.

— Faço questão de te ajudar — Sussurrou no meu ouvido, mordo o lábio e me concentro em acalmar o fogo que incendiava meu corpo.

   Não era o momento apropriado para esse tipo de conversa, logo aqui que qualquer enfermeira poderia entrar ou pior Théo acordar. Miguel acharia minha bochecha e me puxa para perto dele, me alinho em seus braços e finalmente me obrigo a dormir um pouco.

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   Acordo com toques suaves em meus ombros, minha visão embaçada começa a se ajustar e vejo Miguel avisando que minha mãe tinha chegado e que deveríamos ir para casa.

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