Capítulo 15

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Pov. Diana Castillo

- Fizemos uma ressonância magnética com contraste nele. - O doutor analisava meticulosamente a imagem do cérebro do meu irmão.

O vento gelado do ar condicionado batia diretamente na minha nuca, fazendo meus pêlos se arrepiarem, quando vejo minhas mãos, involuntariamente vão de encontro aos meus braços friccionando afim de acabar com o frio.

O seu escritório branco me traziam péssimas recordações e me pego olhando para a janela, onde o sol brilhava timidamente atrás das nuvens e o céu azul claro estava destacado. A estante do meu lado, estava cheia de livros e pareciam intocável, já que podiam se ver poeira tomando conta das folhas.

- Ressonância? Mas o que levou vocês a acharem que é preciso uma ressonância. - Minha mãe falava já agitada.

- O seu histórico familiar é marcado pela Meduloblastomas, então resolvemos fazer a ressonância.

Meduloblastomas. Emanuel.

- Mãe? Isso não foi o que matou o Emanuel?- Viro meu rosto lentamente na sua direção e vejo lágrimas nos seus olhos.

- Depois conversamos, vá para casa, já liguei para Antônio ele está te esperando.

Me levanto lentamente e seguro a maçaneta da porta, mas espero alguns minutos para escutar .

- Está vendo essa anomalia aqui. - Ele fala apontando para o cerebelo. - É um tumor que está se desenvolvendo.

A respiração ia e vinha de maneira descontrolada, assim como meus batimentos, fecho os olhos na tentativa de controlar as lágrimas que insistiam em rolar pelos meus olhos. O rosto de Théo apareceu na minha mente e o medo me atingiu em cheio ao perceber que não podia controlar o mal que crescia dentro de sua cabeça.

Ao chegar em casa, vou correndo para o banheiro e coloco para fora a minha refeição inteira. Fecho a tampa do vaso e dou descarga, me levanto e vou para pia. Com as pontas do dedo ligo a torneira, encaro o líquido transparente que rolava pelo o cano, jogo a água pelo meu rosto e volto a chorar e tampo a boca para abafar o som.

   As horas se passam e percebo que meu celular não está na bolsa, procuro pelas malas e não o encontro, ou está com minha mãe ou está perdido em algum lugar, volto para minha cama e tento dormir

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As horas se passam e percebo que meu celular não está na bolsa, procuro pelas malas e não o encontro, ou está com minha mãe ou está perdido em algum lugar, volto para minha cama e tento dormir.

Sentada no batente da janela aberta envolvo meus braços em minhas pernas, puxando contra meu peito. O tempo que antes estava radiante, se tomou chuvoso e frio conforme ia anoitecendo, deito minha cabeça em meus braços, sentindo as lágrimas quentes escorregarem pela minha face me fazendo soluçar de tanto choro, meu corpo treme de frio, mas não me atrevo a sair. O sentimento de solidão invade meu peito como um tiro certeiro da vida, como se ela lembrasse que eu sempre estaria perdendo alguém.

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