Capítulo 18

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Pov. Diana Castillo

   As pegadas que fazíamos com nossos pés descalços, úmidos e cheio de areia era o único vestígio que deixávamos ao caminhar na praia. O brilho do luar iluminava nosso caminho, enquanto o vento salgado e gelado soprava contra nosso rosto e emaranhando meu cabelo cacheado.

    Nossas mãos estavam em um encaixe perfeito e o frio já não incomodava mais, já que o calor que meu corpo emanava me aquecia por inteiro.

— Lembra quando a gente fez aquela apresentação de dança na escola? — Seus olhos verdes me encaravam com um brilho especial.

— A gincana de sala? Que a turma nós escolheram para dançar a Bela e Fera? — Falo e começo a rir. — Lembro que fiquei com uma marca roxa no meu pé. 

— Nunca fui um bom dançarino.

— Nisso podemos concordar.

— Você também não é isso tudo.— Fala fazendo uma careta engraçada.

— Nisso vou discordar completamente.

   Ele começa a rir e meu coração se aquece.

— Me concede a honra de uma dança, Lady Diana?  — Ele se curva fazendo uma referência meio desajeitado.

— A honra é toda minha, Milody Miguel. — Aceito sua mão.

   Miguel me puxa para perto dele e coloca suas mãos na minha cintura, enquanto coloco meus braços envolto do seu pescoço. Fecho os olhos e deixo-me levar pelo ritmo das ondas do mar e pela batida do meu coração, que toca a melodia mais perfeita de se ouvir, me fazendo esquecer do mundo exterior e focar somente nesse momento.

   As estrelas e o luar ilumina nossa dança, e as mãos de Miguel me puxa um pouco mais para seu corpo e me abraçando  forte. Só eu sei o quanto não quero que esse momento acabe, que o tempo congele neste instante, só quero mais tempo abraçada com ele. Encosto meu rosto em seu peito e escuto a batida do seu coração que estava acelerado juntamente ao meu, sinto que nesse momento nossos corações se encontraram de verdade. 

   Continuamos nosso balançado meio sem jeito.

— Eu te amo tanto, Diana. — Ele olha para o céu ainda me abraçando. — Você não sabe o quanto estou feliz por estar com você.

— Imagino sim, pois estou sentindo o mesmo. Eu te amo tanto que meu coração dispara quando te vê, eu sei que saiu tão brega.

— Eu amo seu jeito brega. — Ele fala rindo e me aperta com tanta força. — Eu não quero te deixar nunca mais.

— Mas te peço que espere, estamos indo rápido demais. — Falo ainda alinhada em seu peito. — Eu não te conheço tão bem como antigamente, tenho sempre que você mudou bastante.

— Ai que você se enganar, eu não mudei, continuo o mesmo.

— Você mudou sim, seu jeito debochado continua o mesmo, mas esse ego é novo.

— E você continua me amando. 

— Se for ficar tirando onda esquece o que falei.

   Nossa dança congelou, os movimentos cessaram e eu tive que encará-lo, seu olhos brilhavam e sua boca se curvou num sorriso. Aquela expressão fez com que borboletas voassem sem para pelo meu estômago e quando suas duas pararam no meu rosto eu sabia o que iria acontecer, seu rosto se aproximava com cuidado, uma de suas mãos desceu parando na minha cintura e dando um puxão para nos aproximar mais, e nem quando seus lábios macios tocaram os meus as borboletas não pararam, foi como se uma corrente elétrica estivesse passando pelo meu corpo.

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