Pov. Diana Castillo
De manhãzinha, quando abro os olhos um pouco sonolenta, percebo que deixei as persianas e a janela abertas. O sol começa a sair nesse exato momento deixando o céu num tom de laranja claro, a luminosidade não me incomodou, mas lembro que tinha fechado.
Viro minha cabeça para o lado e o vejo dormindo profundamente deitado de barriga para baixo e um de seus braços jogado na minha barriga, nunca me acostumei com aquela cena, por mais que o tempo passasse.
Me levanto com pesar, mas eu tinha que me arrumar para o dia da foto, meu corpo se arrepia do nada fazendo meus pelos se eriçarem e me fazer involutamente passar a mão em meus braços. Um pressentimento ruim se alastra em meu pensamento, algo ruim vai acontecer, balanço a cabeça tentando dispersar, fecho a janela impedido a passagem do ar frio
Tomo um banho quente para tirar a sensação ruim do meu corpo, penso em Arya, em como ela estava feliz por finalmente está montando uma família; penso em Théo que talvez não possa experimentar isso, não só isso como um monte de coisa. Saio do banheiro e não o vejo na deitado, não o vejo em canto nenhum e a cama ta perfeitamente arrumada, parece que ninguém tinha dormido ali.
Será que vai ser assim ? Que o rastro dele vai sumir aos poucos.
Disperso esse pensamento ao pegar o vestido crepe curto preto de alcinha, fecho o zíper lateral e faço um laço com cinto do mesmo tecido do tecido. Troco meu relicário por uma correntinha fina de prata que tem uma delicada preta verde esmeralda e pego uma bolsa preta de alcinha dourada e finalizo com um salto agulha preto que dá um toque especial.
Vejo Théo brincando na sala com os carrinhos, ele me fita com um sorriso doce nos lábios e os olhos cansados.
— Você abriu a janela do meu quarto? — Pergunto desembaraçando meu cabelo.
— Acho que foi em um dos momentos que acordei e vi uma coisa na janela.
— O que você viu? — O encaro confusa.
— Não sei, sumiu depois que abri. — Ele fala sem olhar para mim.
— Tem certeza? — Pergunto um pouco desconfiada.
— Vai sair? — Não sei se ele não escutou a minha pergunta.
Apenas finjo que ele respondeu a minha pergunta, não vou insistir agora .
— Sim, vou resolver uns assuntos da faculdade. — Digo e ele franze o cenho.
— Mas você não vai no hospital comigo e a mamãe?
— Vou sim, é rapidinho.
— Cuidado.
— Você também. — Olho para o termômetro. — Não esqueça de levar um casaco. — Ele afirma com cabeça.
O inverno está chegando o friozinho começa a tomar conta do clima, olho o termômetro da casa que avisa que a temperatura está 15°C e 59°F, volto no quarto para pegar um casaquinho branco.
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A grama parecia bem convidativa, mas mantive minha postura de uma mulher recatada e séria sentada no banco do mais antigo parque da cidade, onde é realmente conservado. Mostrando uma beleza espetacular, com grandes árvores, grama bem aparada e um lindo baobá no centro. Algumas garotas se arrumam no banheiro do parque, outras estão sendo arrumada por colegas sentada no banco.
— Licença, mas você tem algum rímel na bolsa? — Sou chamada a atenção por Clara, uma morena alta de corpo escultural, com cachos bem definidos e olhos cor de mel.
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À Sua Espera
ChickLit༺═──────────────═༻ [+16] À Sua Espera narra a história, sonhos, desejos e ilusões que a vida de Diana à proporciona. Diana tem um irmão que desde pequeno é questionador e criativo. ༺═──────────────═༻ Desde pequena, Diana foi independente, sempre...