Gay Por Dinheiro ( Romance Gay )

31- Cavalgando - Parte I

Depois de satisfeito olho para Trevor, que por perder tempo me olhando ainda estava na metade do prato.

-Então, o que vamos fazer?- pergunto.

-O que você quiser.

-Eu não sei o que quero, a fazenda é sua, nem sei o que podemos fazer por aqui.

-Hum, gosta de cavalgar?- pergunta ele levantando uma das sobrancelhas.

-Cara, eu sou um garoto da cidade, meus pais são de classe média-baixa, parece o tipo de pessoa que ao menos já esteve sobre um cavalo antes?- pergunto irônico.

-Ok, primeiro, você definitivamente não entendeu meu duplo sentido, está certo, mas nunca é tarde demais para aprender. Vamos vestir algo e fazer isso.

-Uau, por um instante achei que iria cavalgar pelado.- digo rindo, mas quando olho em seus olhos há um brilho audacioso.

-Dessa vez não, seria pouco higiênico, mas da próxima tenho certeza de que até você irá.

-Hoje você está meio estranho, sabia?

-Eu não, estou completamente normal, é você que não está me entendendo.

-Ok, tenho até medo disso, mas vamos logo então, algumas coisas devem ser feitas antes que se acabe desistindo.

-É assim que se fala.- diz acabando de comer e se levantando.

Sigo Trevor para o quarto. Minhas roupas eram um pouco limitadas, por isso visto uma bermuda jeans, coturnos e uma camisa regata branca. Enquanto isso Trevor tinha um armário inteiro de roupas para escolher, depois de pronto trajava uma calça jeans escura, uma camisa xadrez e botas de cano alto.

Em outra repartição ele pega um par de chapéus, põe o seu e me joga o outro. Fico o observando risonho.

-O que foi?- pergunta curioso.

-Nada, mas você é como um tipo de Barbie, super sexy e bom de cama, mas ainda Barbie. Sempre com aqueles conjuntos, sabe, Barbie Vida No Campo, Barbie Executivo, Barbie Primeiro Encontro.

Ele ri.

-Então, qual das minhas Barbies você prefere?

-Hum, acho que aquela boneca que fica na mão de uma criança danada, e que em pouco tempo está pelada jogada em algum canto. Não tem mais roupa mas está preparada pra qualquer coisa.

-Ok, você quer que eu tire?- pergunta ele começando a desabotoar a camisa.

-Não, por enquanto está perfeito.

-Então tudo bem. Mas já que é assim, quer ser minha criança danada?- questiona. -Quero que meu dono seja daqueles que me põe na boca, ser seu brinquedo favorito, que me leve pra cama e durma comigo.

-Acho justo, aceito a vaga.- digo.

Saímos da casa rumo aos estábulos, como definir os cavalos de Trevor? Dignos de um verdadeiro Imperador, um par de cavalos, um branco e o outro preto, ambos bem limpos, escovados e treinados.

-Você realmente gosta de preto e branco, né?- observo.

-Eu gosto de jogos, você sabe, e nada simboliza isso melhor do que tais cores, definem times, inimigos e aliados. Mas também gosto de cinza, é o equilíbrio entre elas, é sempre bom tem um pouco de meio termos, ser flexível.- diz enquanto selava um dos animais.

Trevor me ajuda a subir no cavalo preto (Ainda acho que ninguém precisa mexer tanto na bunda e pernas de alguém pra isso, mas tudo bem) então sobe no seu.

Se ele parecia um príncipe montado em seu cavalo branco? Definitivamente sim.

Saímos dali devagar, lado a lado, ele constantemente me dava instruções e dicas, com o passar do tempo vai me deixando mais livre, damos a volta em um grande lago, alguns patos nadavam preguiçosamente fazendo a superfície da água ondular levemente.

-Acho que você já aprendeu o suficiente, agora vamos falar sério, corrida de volta para casa.- diz ele já disparando.

-Isso é injusto!- grito cutucando o cavalo para que ele ganhe velocidade.

Quando finalmente chego ao estábulo encontro Trevor sentado em um bloco de feno.

-Quanta demora, pensei que tivesse se perdido.- diz vindo me ajudar a descer.

-Ah, seu sem graça.

-Não precisa ficar assim, eu venci a corrida mas o prêmio quem ganha é você.- diz ele apontando para si mesmo.

-Mas quanta humildade.- digo irônico.

-É, realmente, sou muito humilde mesmo, obrigado por notar, agora vamos tomar um banho e depois do almoço tenho uma coisa legal para fazer.

-O que?- pergunto enquanto seus braços me envolvem e me dá um beijo.

-Cavalgar.- diz ele.

-De novo?- estranho sua resposta, não que tivesse desaprovado a experiência mas imaginava algo diferente, ele se aproxima do meu ouvido.

-Sim, mas dessa vez eu vou ser seu cavalo.