81- A Primeira Dança

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-Sebastian, aceita se casar comigo?- pede Trevor de joelhos.

As alianças brilhavam sob a luz da lua, mas não chegavam nem perto do brilho que havia nos olhos de Trevor.

Mesmo naquela posição eu devia levar tantas coisas em consideração, tinha certeza dos meus sentimentos por ele, mas minha mãe nem ao menos sabia sobre nós, sobre mim, nos conhecíamos a pouco tempo, éramos de mundos tão diferentes. Mas o fato de que eu "devia" não significava que eu iria.

-Sim, é claro que eu aceito.- digo sorrindo, ele pega minha mão e depois de um afetuoso beijo põe o aro de metal, que por sorte coube.

Então se levanta e me beija de forma apaixonada.

-Acho que agora é minha vez de pôr uma aliança em você, a não ser é claro que essa seja uma relação unilateral.- digo rindo.

-Claro que não, te quero do meu lado, seremos felizes para sempre.- diz me entregando o anel e estendendo a mão, e faço minha parte, então entrelaço nossas mãos enquanto nos encaramos.

-Vamos dançar?- diz em um convite.

-O que? Eu não sei dançar, e além do mais não temos nenhuma música.- digo um pouco nervoso.

-Não se preocupe com isso, ponha qualquer coisa aí no seu celular e o resto eu ensino, estou aqui para te guiar.- diz confiante.

Apanho o celular e simplesmente deixou que o modo aleatório me surpreenda, generoso o espaço é preenchido pela voz de Christina Grimmie cantando "Hold On, We're Going Home", guardo o celular apressado para não perder mais tempo.

Trevor volta a segurar uma das minhas mãos e passa a seu braço pela minha cintura me puxando para mais perto, então minha mão que sobrava em suas costas.

O começo foi bem desajeitado, eu pisava em seus pais, mas o Imperador era um bom guia, quase dançava por nós dois. Com um pouco de aprendizado eu já conseguia me manter longe de seus pés. Então começamos a girar, gargalhamos enquanto isso, naquele momento não estávamos mas dançando, simplesmente nos divertíamos.

Quando paramos a tontura toma conta de nós, toda tentativa de ficar de pé era um tanto quanto inútil, mas tudo muda quando nos escorando um no outro. Por um momento percebo o quanto aquilo dizia sobre nós, como casal.

Até encontrar Trevor eu estava confuso e prestes a cair, ele também tinha algumas desconfianças e medos, mas juntos apoiávamos um ao outro, éramos alicerce.

Já mas recuperado lhe abraço.

-Sabe de uma coisa, hoje tinham me chamado para uma festa na faculdade, mas imagino que seria impossível me divertir tanto lá quanto me divirto com você.

-Que bom que está gostando, eu também estou me divertindo com você, antes disso eu estava morrendo de ansiedade e nervosismo, o Peter estava até tentando me convencer de que era tudo muito novo mas eu disse que sabia exatamente o que queria, você.

-Te amo.- digo me aproximando para um beijo.- O mais engraçado é que eu sempre achei que seria eu quem faria o pedido, da primeira vez quase foi, mas aí veio a doença da minha mãe e eu vim parar aqui.

-Acho que o destino foi um cara bacana com a gente, não é mesmo?- diz sorrindo.

-Uhum.- assinto.

-E além do mais, estava com medo de que recusasse, por não ter se assumido e tudo mais. Se fosse esse o caso detonaria aquela garrafa de champanhe sozinho.

-Então acho que salvei sua vida.- digo refletindo sobre o assunto.

-Não precisa se achar tanto assim, se recusasse iria ficar mal, mas sobreviveria pra tentar outra vez. E acho que temos um bolo pra comer, não é mesmo.- diz já seguindo para a mesa.

Ele puxa minha cadeira, agradeço e me sento, o Imperador vai até o outro lado e faz o mesmo.

-Você pode achar que não, mas pense só, você aqui, sozinho e magoado, depois de ter tomado uma garrafa inteira de champanhe, o terraço é um lugar muito perigoso pra se fazer uma coisa dessas.

-Meu Deus, eu não tinha pensado nisso, acho que preciso te agradecer.

-Me agradeça com uma fatia desse bolo.- digo rindo.

-Está bem.- diz se levantando, pegando a espátula, cortando um pedaço e pondo em meu prato.

-Obrigado.- Dou uma garfada, Senhor, aquele bolo era tão parecido com Trevor, doce, gostoso, tão bom que me levava as nuvens, revirar os olhos e no fim ainda descia tão fundo na garganta quanto ele.- Isso está divino.

-Que bom que gostou, comprei pensando em você.- diz se servindo. Em seguida apanha a garrafa de champanhe e a abre fazendo um pouco de bagunça. Dou uma leve risada, percebendo isso ele finge estar gozando com gemidos enquanto o líquido saía.

-É por isso que eu te amo.- digo apaixonado.

Então ele volta a se sentar, põe a bebida em nossas taças e em seguida levanta a sua, faço o mesmo para um brinde.

-Que seja para sempre.- pede.

-Que seja para sempre.- repito e em seguida aproveitamos o jantar.

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Olá pessoinhas lindas, só agradeço a todos que me acompanharam até o agora, a você que lê, vota, comenta e até compartilha com os amigos, não tenho palavras pra descrever a gratidão, estamos chegando no fim dessa história, creio eu que devem ser uma média de 10 CAPÍTULOS até o final, espero que aproveitem, fiquem com os anjinhos e até a próxima!!!

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