Gay Por Dinheiro ( Romance Gay )

46- História De Pescador

O fim das aulas veio com um "Amém", não conseguia controlar a ansiedade dentro de mim, e não me referia ao sexo, queria olhar nos olhos de Trevor e perguntar sobre como havia construído seu império, me negava a acreditar que alguém como ele poderia ter feito algo errado.

Ele tinha planos, planos esses que faziam minha imaginação voar e o sangue ferver em minhas veias. Quando me dou conta estou duro no meio de uma multidão de estudantes, me dirigindo apressado a um carro como se estivesse desesperado indo em direção a uma transa, talvez o "desesperado" não, mas o resto era verdade.

Depois de acomodado o motorista dá partida e seguimos rumo a empresa.

Observo a sol se pondo por detrás dos edifícios, o motorista diz algo mas não compreendo.

-O que?- pergunto.

-Eu perguntei se posso ligar o rádio.

-Ah, claro.- digo, assim que faz isso o ar é tomado pela voz da Camila Cabello cantando Something's Gotta Give, começo a tamborilar os dedos sobre a mochila em meu colo, por mais que gostasse da música acho que a letra não estava ajudando por isso paro. Quando imaginava em uma música para nós esperava algo mais terno e esperançoso, mas pensando apenas em Trevor imagino algo com uma batida mais forte e profunda, ok, já estava pensando em sexo de novo.

Assim que chego sigo para o elevador, no andar de Trevor caminho para a porta de seu escritório.

-Espere, você não pode entrar agora, o senhor Imperial está em reunião no momento.- avisa a moça.

-Ah, claro.- digo e vou em direção ao banco de espera. Alguns minutos se passam e ficamos ali calados.- Então, eu sei que parece grosseria ou indiferença, mas ainda não sei seu nome, acho que foi por sempre te chamar de "você" ou "senhora".

-Ah, tudo bem, isso são coisas que acontecem no trabalho, me chamo Alice.

-Alice, belo nome. Você deve ter se dedicado muito pra chegar até aqui.- digo tendo em vista o que Igor havia dito.

-Ah sim, mas muito disso tenho que agradecer ao Trevor, ele fez mais por mim do que qualquer outro.- diz com um ar de admiração.- Mas então, o que foi aquilo hoje de manhã sobre as bolachas?

-Ah, pois é, muita loucura, desconsidere.

-Não quero ser intrometida, mas se me perguntassem diria que a gata loira trabalha depois dessas portas.- diz girando​a caneta entre os dedos.- Não se preocupe, sei sobre o Trevor, guardo o segredo dele, pode confiar em mim.

Suspiro antes de confirmar com um aceno de cabeça.

-Isso! Eu sabia.- comemora ela.- E se quer saber, vocês formam um casal lindo.

-Nesse momento o telefone toca e ela atende.

-Sim senhor.- depois desliga e olha pra mim.-  Pode entrar.

Quando abro a porta encontro um Trevor estressado desligando o computador. Assim que me vê ele se levanta e abre um sorriso.
-Então, pronto pra se divertir?- pergunta já afrouxando a gravata e seguindo na direção da estante.

-Preciso me preparar, mas se perguntar se estou animado, então receberá um Sim.

-Ah, ótimo, acabei de ter uma reunião super estressante sabe, chega a dar raiva.

-Se fizer direito pode descontar essa raiva em mim.- digo travesso, ao ouvir isso ele se vira.

-Sabe de uma coisa , você fica me atiçando de propósito, só pra depois ficar fazendo drama. Pega a panela fervendo só pra reclamar que queimou as mãos.