Gay Por Dinheiro ( Romance Gay )

60- Um Bom Samaritano Pecador - Parte I

Trevor havia fingido ser professor, o que eu não podia era seu talento como ativo, perto dele me sentia um garoto da quarta série diante de um homem com doutorado. (Existe diploma para sexo? Mas se existir é melhor trazerem um para Trevor, ele havia se formado com honra ao mérito depois daquela manhã).

Deitado ao meu lado ele me observa.

-No que essa cabecinha está pensando?- pergunta curioso, penso alguns segundos antes de me abrir.

-Eu, sei lá, essa história de ser ativo, não sei estou a sua altura, talvez fosse melhor esquecer isso.- digo, Trevor me encara.

-Bem, essa é uma decisão sua. Você me prometeu que a primeira vez era a pior e confesso que fiquei um pouco curioso. Mas se está duvidando das suas habilidades como ativo penso que deveria reconsiderar.

-Sério?- pergunto estranhando sua reação.

-Sim, no fim ninguém nasce sabendo, tenho uns bons anos de prática hoje em dia, já passei por muita coisa, tentativas incrivelmente fracassadas em testar novas posições e até mesmo vezes em que meu membro não funcionou, simplesmente não funcionou na hora H, sabe por que? Por que aprendemos com erros e acertos, somos humanos. É uma coisa bem vergonhosa, nunca contei pra ninguém mas, na minha primeira vez como ativo meu parceiro nem havia feito a chuca, estava tão despreparo e nervoso que quase vomitei com a situação.- diz ele abrindo um leve sorriso.

-Nossa, deve ter sido bem ruim.- reflito.

-Pois é, foi, mas hoje em dia é só mais uma memória, além de um aprendizado.

Ouvindo tudo aquilo me aproximo e lhe dou um beijo. Trevor estava se abrindo para mim de uma forma tão sincera e além do mais, ele que podia simplesmente me desmotivar e permanecer ativo na relação, mas estava sendo maduro e dando apoio para que tivesse novas experiências.

-Te amo.- digo.

-Eu também te amo.- por alguns minutos ficamos ali apenas trocando olhares apaixonados.- O que acha de almoçarmos e depois você ir pra faculdade?

-Preciso mesmo?- pergunto, queria tanto ficar ali com ele.

-Precisa, é pelo seu futuro.- diz com um tom severo e zeloso.

Nos levantamos e depois de vestidos seguimos para a sua sala. Sentado em sua mesa comemos uma refeição saudável, hambúrgueres e batatas fritas.

-Hum, esqueci de falar uma coisa.- digo depois de usar o guardanapo.- Minha mãe me pediu para ir a igreja hoje a noite mas não sei se consigo ir ou como acomodar o jantar com isso.

Ele fica em silêncio por alguns instantes, óbvio, ele estava mastigando, depois de engolir e pigarrear levemente abre um sorriso de lado.

-Você não sabe, mas essa é a oportunidade perfeita, nem precisa voltar para trabalhar hoje a noite, vá a igreja. Se der tudo certo nós comemoramos depois.

-De que tipo de comemoração você está falando?- pergunto me fazendo de inocente.

-Do tipo proibido para menores de dezoito anos.

-Ah, grande! Desse jeito vou pra igreja pedir perdão já pensando​ em pecar de novo.- digo balançando os braços.

-Tenho certeza de que não será o primeiro, - ele segura meu queixo me puxando para um beijo.- e nem o último.

Percebo uma certa ironia em sua voz.

-Por que está fazendo essa cara?- questiono.

-Que cara?- diz levantando as sobrancelhas e sorrindo.

-De menino que está pensando em aprontar.

-Por que é nisso que eu penso o tempo todo, bobinho.

-Não sou bobinho, você que é um espertalhão, mas não tem problema, eu gosto disso.

-Ótimo. Agora vá pra faculdade e relaxe, essa noite promete.