O Registro de Ivan Whitaker. N:20

Capítulo 9: Ducado de arrependimento.

 Eu acho que foi pior do que imaginei, aparentemente o pedregulho era pontiagudo, e o duque foi parcialmente perfurado, ele esta cuspindo sangue e  sua respiração esta esvaindo. E por incrível que parece ele teve forças para se arrastar do pedregulho para a encosta de uma arvore, ele não é mais uma ameaça.

Eu guardo a espada e coloco as mãos nos bolsos me aproximando lentamente. Ele esta me olhando serenamente, e começa a falar:

- E-eu, estou honrado.... nunca imaginei que você existisse realmente, pensava que era só uma historia que a rainha e o valete contavam para nos assustar!- ele diz entre suspiros.

- Do que você esta falando?

- Não se faça.... de idiota! Você matou quase todos os meus.... homens, destruiu 2 carroças, foi arrastado por quase 20 minutos e sobreviveu, tudo....isso sem armadura e com um pedaço de vidro e uma espada que.... Pegou na hora. Sinceramente..... O titulo de diabo faz pouco de você!

- Não sabia que era tão famoso a ponto do próprio duque do sabre me conhecer, imagino que apenas o conselho saiba de mim.

- Assustador, porém correto,..... Apenas os mais influentes tem conhecimento de você, apesar de ser muito pouco.

Penso por um instante e pergunto:

 - ei, eu soube que a rainha tinha te matado, como você esta aqui?

- Seria um pecado do próprio deus deixar algo com uma beleza como a minha morrer, por isso eu voltei dos mortos! – ele diz com um sorriso sarcástico no rosto.

- Victor, por favor, me fale de uma vez o que ocorreu.

Ele reage um pouco assustado e confuso, mas logo diz como se estivesse aceitando algo:- Se eu tivesse alguma duvida de que você era o diabo, agora eu teria certeza! Enfim, vou explicar: Depois que o Valete foi morto as coisas dentro da lista negra começaram a desmoronar, os lideres menores começaram a disputar o território do valete e diversas intrigas ocorreram, mas o problema mesmo foi quando chegou ao nosso conselho a informação de um traidor entre nós, alguém que denunciava a corte onde os eram os esconderijos e quando aconteceriam assaltos importantes. A principio duvidamos do conde do pântano, mas não teria motivos para ele agir contra a lista, sendo que ele era o mais exposto por sabermos exatamente onde ficava o seu território. Acusações vão e vem, e acabamos chegando num resultado, a rainha seria a traidora, por que ela não tinha territórios e etc.. então decidimos confronta-la e tirar ela do poder, todos do conselho aceitaram, enfrentaríamos ela na hora que ela chegasse para a reunião. - ele pausa por um minuto, e continua: - mas eles mentiram, meus amigos me traíram, eles me abandonaram!- Ele diz quase chorando, deve ter sido difícil pra ele - Apenas eu me levantei contra ela no fatídico dia! E foi um massacre, ela tem afinidade com a magia elétrica, e... eu acho que não preciso dizer o que ela fez com a gente. Depois de tudo, eu sobrevivi, ela me levou até uma cabana em ruinas, e me deixou lá, para morrer. Depois disso, eu me lembro de estar sendo carregado por pessoas com o selo real nas costas, e depois disso eu acordei com os hereges, eles queriam que eu liderasse uma expedição para o centro do reino, e ao que sei....- ele parou hesitantemente por um momento, e disse – alguém da corte real esta financiando os hereges com dinheiro e suprimentos.

Essa... é realmente uma coisa inesperada, mas ele continua falando:

- Eu só aceitei esse trabalho, para ir atrás da rainha, eu sentia que conseguiria se planejasse antes o ataque. Eu só precisava chegar à fronteira, e eles me dariam o apoio que eu quisesse, mas infelizmente, ela teve a sorte dela.....

- Não existe sorte- Eu o interrompo, e continuo: - só o que existe é o azar. Você só não vai conseguir chegar à fronteira, porque teve o azar de encontrar comigo, você só não vai atrás da rainha, porque eu vou te matar!