Capítulo quatro

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Não percebi quando chegamos ao Tongva Park, a oeste de Santa Mônica. Como previ Noah não saiu do colo de Luke, meu irmão não era de ir com estranhos o que estranhei.
Assim que chegamos ao parque, Noah fica encantado com tudo o que vê. Há crianças brincando em algumas estruturas sobre olhar atendo dos pais. Vejo casais de adolescentes aproveitando o sol da manhã de julho para namorarem, rodas de amigos tocando violão ou apenas fazendo um piquenique.


__Li quelo binca naquele! - Diz Noah apontando o escorregador.


Luke me olha pedindo permissão para descer o ruivo, assinto com a cabeça confirmando. Assim que seus pés tocam o chão ele sai correndo para o escorregador.
__Seu irmão se parece muito com você.
__Eu sei-Digo convencida. -Obrigada, por não se importar que o trouxe. Quando eu estava saindo ele pediu para brincar e não pude dizer não a ele.
__Foi nada, gosto de crianças. E com aqueles olhos, te entendo- Ri olhando na direção dele- até nisso vocês dois devem ser iguais.


Sinto meu rosto se avermelhar. Quando estava longe de tudo me permito ser apenas uma universitária de administração empresarial, filha do grande CEO Jonas Griffin e herdeira de um império multinacional de automobilismo com a marca Wolff por parte de minha mãe. Longe do píer de Santa Mônica, do complexo na zona central, sou apenas Alexis Griffin Wolff diferente de quem sou no submundo clandestino da máfia.


__Discutiu com Lívia? -Pergunta interrompendo meus pensamentos.
__Como você sabe?
__Conheço você, Wolff e levando em conta sua mare de sorte. - Dá um sorriso debochado.


Olho na direção do escorregador que Noah está antes de responder.
__Ela queria que eu fizesse um favor.
Sua expressão esta surpresa, Luke conhecia Lívia. Ela era considerada a melhor corredora e apostadora que possuíamos.
__Que favor sua irmã queria?
__Não precisa me lembrar sempre que ela é minha irmã. - Faço uma careta -Ela quer falar com Peter.
__Com Peter Blake?
__Não, com meu vizinho de certo, Parker. -Reviro os olhos- Devia imaginar que com a vinda inesperada dele, eu teria dor de cabeça.
__Odeio seu mal humor quando não dorme. -Resmunga ido até Noah.- Noah, quer sorvete?
Os olhos verdes do pequeno brilham com a menção de sorvete. Ele desce do escorregador pela última vez antes de se jogar nos braços de Luke.
__Muito linda sua família-Diz uma senhora.
Olho para os lados procurando a tal família a qual está senhora se refere e não vejo.
__Ah, não ele é o meu irmão mais novo e aquele é só meu amigo. -explico seguindo o olhar da senhora.

Noah está sobre os ombros de Luke ambos rindo. Acho que nunca tinha visto meu irmãozinho sorrir tanto. Desde a morte de Tyler poucas vezes vejo Luke assim, como se estivesse em paz só pelo simples fato de estar brincando com meu irmão.
A senhora se afasta quando um senhor a abraça, o casal sorri para mim. O grito de Noah faz com que eu pare de encarar o casal de idosos.
__Li! -grita Noah.


Não contenho o sorriso, Luke está fazendo cócegas no ruivo. Resolvo me juntar a eles na brincadeira. Após alguns minutos brincando, finalmente fomos comprar o sorvete que o Luke prometeu ao ruivo emburrado por termos que sair do parque.
__Tampinha não diga a Juno que te dei sorvete antes do almoço. -Aviso ele.


Noah balança a cabeça concordando. Ela já iria me matar por estarmos atrasados para o almoço, aquela senhora de setenta anos ainda tinha força o suficiente e ótima mira para me acertar com sua inseparável colher de pau.
__Você com medo de uma senhora amável, Alex?
__Luke, você não conhece aquela senhora mexicana como eu. Ela me criou praticamente a vida toda.
A sorveteria não estava tão lotada.
__Deixe-me adivinhar-Luke olha para Noah- Um mega sorvete de chocolate com calda de caramelo e ursos coloridos?
Meu irmão fica surpreso, é seu sorvete favorito por minha causa. Sou viciada em chocolate e outros doces e acabei passando esse vício ao ruivo. Luke não toca mais no assunto "Lívia" enquanto nos leva para minha casa. Noah está cochilando em meus braços.
__Entregues.
__Obrigada, mesmo horário de sempre?
__Sabe que sim. -Sorri antes de eu descer do carro.

Segredos Mortais-(Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora