QUE AS MÚSICAS FALEM POR NÓS:
VETE:-Entra querida! – Leda deu espaço para a casa.
-Só você mesmo pra me aturar! – lucero a cumprimentou com um beijo no rosto.
-Imagina... – ela apontou para o sofá – senta vai.
-O João está? – Lucero olhou ao redor.
-Graças a Deus não, estou sem saco pra homem esses tempos. - a mulher cruzou as pernas encima do sofá.
-Então somos duas. – Lucero ressaltou.
-Mas como estão as coisas com Fernando? – perguntou – antes de papos, que tal um vinho? – Leda deu uma piscada.
-Trás lá. – Lucero sorriu.
-Volto já.
Lucero pegou o celular na bolsa vendo algumas mensagens sobre o trabalho, outras de Fernando perguntando onde ela estava, nessa ela apenas visualizou e não respondeu, vendo que a amiga já voltava com duas taças e uma garrafa de vinho, colocou o celular sob centro.
-Toma – Leda estendeu a taça que o vinho cobria até o meio.
-Gracias. – falou na sua língua natal.
-Vai me fala, como estão as coisas com o Fernando? – a amiga deu um pequeno gole na bebida.
-Como sempre, nunca me deixa em paz, acredita que agora está tomando café da manhã, almoçando e jantando lá em casa? – ela mostrou indignação, bebendo uma boa parte da bebida.
-Mas vai me dizer que você não gosta? – deu outro gole.
-Não, eu não gosto, eu só quero o Fernando bem longe sabe? – ela encheu a taça de vinho.
-Não mente pra mim, Lucero, você sente saudades dele? – ela perguntou.
-Não... – deu um gole – as vezes... ai não dá.
-Por que não, a vai, ele te ama, e vemos que ele está arrependindo.
-Dúvido.
-Ele está sim, Lucero! E você sabe que ele está!
-Mas eu não quero.
-Para de mentir pra você, esses olhinhos brilham quando falamos dele.
-No brilha coisa nenhuma, pode parar.
-Me diz que em doze anos vocês não tiveram nenhuma recaída...
-Várias... – ela virou todo o liquido na boca.
-Safados, e agora está tendo?
-Não e eu nem quero.
-Quer sim. Quando você era casada vivia dizendo o quanto ele era bom de cama.
-Para, leda! – Lucero deu um tapa no ombro da amiga.
-Tá vendo, você quer.
-No quiero no! Ah, tua afilhada está com raiva de mim.
-De novo? – leda encheu a sua taça e a da amiga.
-Me diz quando ela não está? – Lucero deu um gole.
-Mas ela tem que entender que você é mãe dela, e só faz por amor, ai Fernando também não ajuda nessas áreas.
-Ele não ajuda em área nenhuma, por isso não quero ele por perto, odeio falar no, e ele vir hablar sí.
-Sei como é! – bebeu o vinho.
-Você passou por isso com a Clara? – Lucer perguntou apreensiva, queria saber se era só com ela.