QUE AS MÚSICAS FALEM POR NÓS:21

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QUE AS MÚSICAS FALEM POR NÓS: 21

FERNANDO:
"Depois da ligação da minha filha a Lucero disse que teria quer ir embora, não entendi o porquê"

-O que aconteceu - perguntei.

-Ah ela disse que a dona Fátima tem que sair urgente.

-Estranho! - respondi pensativo.

-Sí, me voy! - ela disse pegando a bolsa, eu esperei que ela fosse me dá um beijo, mas não, até parece que eu não a conheço!

...

Acordo e lembro imediatamente da noite passada, sorrio levemente, mas me deparo com a hora.

-Caramba, atrasado outra vez, Fernando!

Levando correndo e me banho para ir correndo também para a empresa.
Estou eu passando por uma rua que é rota de todos os dias e velho uma senhora vendendo rosas em uma cesta, sorri!

-Não custa atrasar mais dez minutos... estacionei o carro e desço - bom dia, senhora!

-Oi bom dia - sorrio simpática! Achei uma gracinha, afinal quem não gosta de idosos simpáticos?!

-Estou vendo aqui, mas parece que a senhora não tem buquês...

-Não, eu não tenho!

-Vamos fazer assim, quero todas essas flores!

...

Chego no escritório como de costume pego meu café, observo em volta e vejo que a Lucero não chegou, vou até o carro e pego todas aquelas rosas.

-Porra! - digo quando algumas caem, por ser diversas vou chutando até minha sala as que caíram - Ninguém vai ver mesmo e não muda o meu amor!

Por fim chego em minha sala as colocando tudo sob a mesa, tranco a porta e volto até elas, começo a desembrulhar cada uma, depois de todas libertas de saquinho juntos todas umas as outras, a Lucero já tinha chegado pois escutei o barulho do salto dela, impressionante, mas eu nunca erro o barulho e o andado dela.

Depois de enrolar uma fita nas flores trabalho um pouco.
Vou até a sala dela e entro sem bater e a Lucero está mais radiante que antes, vestida em algo que nem eu sei explicar, ela leva um leve susto, mas já volta a sua postura!

-Ao sol que aquece todos os meus dias eu dedico essas flores! -Falei estendendo as flores para ela.

-Fernando, a mamãe aqui tem que ensinar a bater na porta?! - ela disse irritada, amo aquele humor dela.

-Esse teu humor matinal... Eu amo! - claro que eu tinha que avisar a ela mais uma coisa que eu amo nela.

- Sem gracinha, habla logo que eu estou cheia de coisas para fazer! - ela diz bruta indo pegar a pasta na mesa.

-Vem cá, minha rosa! - digo pegando o braço dela e a levantando, fazendo ela dá a volta sobre a mesa - o que você fez ontem? - sussurrei em seu ouvido e no final dei uma leve mordida.

-Ah ayer... Ontem. Ontem eu sair com um rapaz...

-Era bonito? - a cortei olhando em seus olhos e apertei com força sua cintura.

-Ah... - ela disse fazendo o gesto com a mão de mais ou menos, sabia que ela continuaria com a minha jogada.

-E mais o que?! - perguntei, queria saber até onde ela iria.

-Jantei, acredita que ele me levou em um lugar muito especial?! - ela estendeu a sobrancelha e eu fiz cara de surpreso.

-Foi mesmo? - abri a boca.

-Sí! - respondeu com um curto sorriso.

-Mas e aí, foi do seu gosto?! - sorri e desci minhas mãos até suas nádegas dando uma leve apertada.

-Fernando! - levei uns tapas em meu peito, mas confesso que amo quando ela faz isso.

-Não resisto, é durinha, redondinha, toda gostosa! - Falei encostando em seus lábios, sempre digo coisas safadas para ela e sempre com a cara de descarado que eu sei que ela não resiste.

Ela ficou alguns segundos me olhando bem antes de dizer!

-Fernando, eu preciso trabalhar agora! - bateu de leve em meus braços o que deu pra entender que era para eu soltá-la.

-Tá bom, sabe aquele casa que você está defendendo a mulher e eu o homem?! - Falei passando a mão em minha barba.

-Sí! - ela disse jogando os cabelos para trás, aqueles longos cabelos que me deixa louco.

-Eles entraram com outra ação e agora porque querem ficar juntos! - falei rindo.

-Ay no! Só porque eu queria vencer este caso! - ela disse convencida e afirmativa como sempre. Sempre me atraiu por isso!

-Nunca! - outra vez ri.

-Fernando, vete nombre, some, vai para sua sala! - ela disse abaixando a cabeça e se afastando de mim.

Eu não ia ficar forçando a barra, eu tinha decidido ir com calma, a noite passada foi um bom começo então sai da sala, me encostei na porta e suspirei fundo.

-Ai Lucero, você ainda me mata, se não é de loucura é de amor!

QUE AS MÚSICAS FALEM POR NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora