✔ Capítulo 31

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- Sook... meu deus o que te aconteceu? - A minha prima pergunta.

- Nada... eu quero esquecer, começar do 0.

- Tens a certeza que não queres resolver o problema?

- Não! Agora só quero começar do 0, assim como o meu appa! - sorri.

- Tudo bem... apoiamos-te! Não é Jaejoon?

- Claro! - respondo sorrindo para a mesma e pegando novamente sua mão.

- E o que fazem de mãos dadas? - pergunta curiosa.

- Nada de especial! - Sook responde.

- Ao menos sei que estão bem! Sempre vão comigo certo?

- Hum.... -respondemos.

- No final da aula nos encontramos em frente ao teu carro.

T E M P O • D E P O I S

Quando as aulas finalmente terminaram sai e Sook já estava no meu corredor então correu um pouco até chegar a mim, dei-lhe a mão e seguimos para o meu carro. As pessoas da escola nos olhavam mas a gente simplesmente ignorava. Uma coisa que aprendi desde cedo é que temos que manter tudo da nossa relação entre nós para que ninguém estrague...

Ao chegarmos ao carro ainda esperamos um pouco pela minha prima, entramos assim que ela estava próxima e conduzi até ao centro de saúde.

T E M P O • D E P O I S

Finalmente tínhamos chegado e a minha prima estava muito nervosa. Ela não queria saber o que se passava com ela, como queria ao mesmo tempo. Sei que isto pode vir a ser uma boa fase ou uma má.
Entramos e a minha prima fez o chequin.

- A recepcionista pediu que aguardassemos um tempo. - diz sentando-se numa das cadeiras do seu lado Sook senta-se tentando acalma-la.
Fiquei em pé a andar de um lado para o outro, até receber uma chamada e avisar que iria lá fora atender.
Ao chegar cá fora tive que ligar de volta ao meu appa pelo simples facto de não estar perto da porta.

- Sim appa! Não era logo que me ias ligar?

- Não posso ligar logo e estou preocupado.

-Digamos que já está tudo bem!

- Uau... eu realmente estou sempre atrasado! - Riu.

- Um pouco... - Digo. - quando voltam?

- Amanhã! Porquê?

- Nada!

- Pelo menos uns dois dias estamos aí depois partimos para outra cidade... não te preocupes a tua mãe volta logo.

- Sim... não tenho medo de ficar em casa sozinho! Já não sou um bebê!

- Ah... para a tua mãe serás sempre!

- Sim.... pois.... agora tenho que ir! Falamos então quando voltares! Beijos.

- Até amanhã filho! - diz desligando o telemóvel logo de seguida.

Entro então no centro de saúde e vou em direção de onde as meninas estavam sentadas minutos atrás. Ao me aproximar do local elas não estavam mais lá, sinal que já foram atendidas.

Sentei-me numa das cadeiras enquanto cruzei as mãos e esperei com toda a paciência por elas. Espero que esteja tudo bem.

T E M P O • D E P O I S

Quando as duas chegaram perto de mim pude ver que as suas caras não eram as melhores. Algo não estava bem como a minha prima tanto achava.

-Então? -Perguntei assim que a minha prima me abraçou e chorou. - Ei! Eu estou aqui! - Digo a abraçando com mais força.

- Eu não posso... o meu pai não pode sonhar!

- Primeiro vamos nos acalmar e vais me contar com calma o que se passa!

- Pode ser em casa? Ainda preciso de processar!

- Claro que sim. - respondo fazendo a mesma caminhar junto a mim.

Sook caminhava do meu lado esquerdo já que a minha prima estava do meu lado direito. Olhei para a mesma na esperança de que ela me dissesse algo, mas ela apenas forçou um sorriso e me olhou.

Queria saber o que se passava e sabia que a minha prima me ia contar, mas já entendi que algo de bom não é.

-Sook! Vais querer ir lá para casa também?

- Não... melhor não! Vocês precisam de conversar! A gente depois de fala! - diz passando à minha frente e ficando em frente com a minha prima. - Vais ver que vai ficar tudo bem! É um choque nos primeiros tempos depois vais ver que até vais gostar! O teu appa vai entender já que a culpa não foi tua....

- Espero que sim Sook! - diz tentando não voltar a chorar.

Sook a abraça, dá-me um beijo no rosto e sai pela rua indo para casa.
Coloquei a minha prima no carro e entrei logo de seguida.
Liguei o carro e dei partida com o mesmo. Todo o caminho percorrido foi feito entre o som do choro da minha prima. Realmente não a queria ver assim. Queria que ficasse tudo bem independentemente do que fosse.

Ao chegarmos a casa. Sai do carro, ajudei a minha prima a sair e depois de trancar o carro fomos para casa.
A senhora Wang estava sentada na poltrona da sala enquanto assistia TV, sinal que terminou o seu trabalho por hoje. Viu que a minha prima estava a chorar e desesperadamente levantou-se e veio até nós.

- O que aconteceu?

- Está tudo bem Senhora Wang! Ela só precisa descansar por agora! - respondo.

A mesma olhou para mim, e assentiu sem fazer qualquer tipo de som.
Subimos então para o piso de cima e fomos agarrados até ao seu quarto. Sentei-a na cama e depois de fechar a porta sento-me do seu lado.

Esperei que ela mesma se acalma-se para que eu pudesse perceber o que se passava.

- Jae! O que vou fazer da minha vida?

- Tudo se resolve...

- Como vou contar ao meu pai que tenho passado mal e que tudo isso é derivado a uma gravidez que não tive nada a ver?

- Gra...- as palavras desapareceram da minha mente.

Como que uma omma tem coragem de fazer uma coisa destas? Já não lhe chegava os problemas que tinha ainda tinha que aparecer mais....

- Tens que contar e explicar tudo certinho para que não fique nada por dizer.... tens que ser sincera. - digo.

- Sei que tenho mas eu tenho medo que o meu pai não me aceite mais! Eu não sou dessas raparigas Jae!

- Eu sei e ele também! Se lhe contares o que se passou vais ver que ele entende.

- Espero que sim... - diz baixando a cabeça. -O que vou fazer agora? Tirar esta criança ou cuidar dela até ao fim?

- Acho que primeiro tens que falar com o teu pai, contar-lhe e depois pensas sobre isso!

- Acho que sim... sabes quando eles voltam?

- O meu appa disse que amanhã eles estariam de volta durante uns dias depois partiriam de novo para outra cidade.

- Terei que pensar bastante até amanhã... Amanhã posso simplesmente ficar em casa?

- Se achares que precisas podes! Mas fazia-te bem seguir a tua vida!

- Logo verei.... agora posso ficar sozinha? - pergunta.

- Claro! Estou no meu quarto se precisares! - respondo me levantando dando-lhe um último sorriso e saindo do seu quarto fechando a porta.

Ela precisa estar sozinha agora. Nunca imaginei que fosse assim tão mau a situação. Claro que ter um filho não é algo mau, mas é um pouco quando se fala em gravidez na adolescência. Só espero que corra tudo bem para ela.

Desci as escadas onde voltei a encontrar a senhora Wang.

- A menina está mais calma?

- Sim... não precisa se preocupar. - digo sorrindo.

𝐹𝒾𝓁𝒽𝑜 𝒹𝑒 𝒫𝒶𝓇𝓀 𝒥𝒾𝓂𝒾𝓃 |PT| FDPJ[✔]Onde histórias criam vida. Descubra agora