Capítulo 16 - Amor Sombrio

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Amor? Amor...
O que é amor?
O que é amor...

- Meu filho, o amor é algo maior que nós mesmo, é impossível de controlar e cresce a cada dia mais, não importa o quanto tentemos evitar. Você daria a vida por amor, você tiraria uma vida por amor... Você sofreria por amor. - Ela diz com lágrimas nos olhos e passando suas mãos ensanguentadas em meu rosto.

- Então... Então eu te amo, mamãe.

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Eu encaro Michel incrédulo por ele me desafiar da forma que fez e ainda machucar a única pessoa com quem me importo, nessa merda de mundo fodido.

- Por favor, não me mate. - Ele resmunga se engasgando com o sangue.

- Você estragou meus planos e por isso tive que destruir minha casa onde eu planejava deixá-la cativa, a minha mercer. - Digo me referindo a Lissara.

- Eu perdi o controle aquela mulher é muito abusada, mas eu juro pela vida de Val que isso não irá acontecer.

- Ahh mas eu sei que não vai. - Digo sorrindo perversamente e com uma pontada de raiva pela ofensa a Lissara, ela é abusada mesmo mas só eu posso falar isso. - Caso tente, estará morto antes mesmo de concluir a ação.

Aperto mais o gancho em sua boca fazendo escorrer mais sangue. Deveria parar antes que morra sem sangue.

Ele geme de horror, já que não aguenta mais gritar.

- Você ainda me serve então por isso continuará vivo, precisa me ajudar com parte do plano.

- O que mais você quer de mim? - Ele choraminga.

- Eu preciso entrar para a polícia, só assim conseguirei manter os assassinatos e continuar na cidade sem levantar suspeitas.

- V-você... V-vai.... Ficar na cidade?

- Oh, sim. Agora que não tenho mais casa terei que arrumar outra forma de estar com a Lissara. Não que morar nessa merda de lugar me agrade, mas não é como se eu tivesse escolha.

Eu não poderia deixar a casa intacta, com o sumiço dele e o de Lissara, fora os outros que matei. Minha casa seria suspeita e a vasculhariam, eu seria o principal suspeito com todos aqueles instrumentos de tortura sinistros que eu amo tanto e apelido carinhosamente de "meus brinquedinhos". Não posso permitir que encontrem meu porão de tortura, foi bem difícil juntar todas as armas de tortura que tenho aqui, algumas são tão raras que vieram de outro país.

O vejo estremecer como se lesse meus pensamentos.

- De toda forma, planejo levar Lissara para a minha antiga casa... A casa onde eu cresci. Mas isso será depois que ela for minha de todas as formas ou... Caso ela não queria ser minha de qualquer forma a levarei do mesmo jeito, depois que eu estiver na polícia será mais fácil de despistar.

Rio malignamente pois a ideia de forçá-la me é excitante.

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Após combinar tudo com o Michel o apago e o jogo na mata perto da casa de Lissara.
Só preciso fazer ela encontrar o corpo mas isso vejo mais tarde.
Passei uma semana inteira torturando o Michel e pensando em como entrar para a polícia. Achei um cara que poderia falsificar alguns certificados e documentos para mim. Eu não posso usar meu sobrenome real, todos iriam saber quem eu sou de verdade e isso estragaria os planos por causa da maldita herança que a família Bonn deixou. Preciso de um carro, talvez eu passe no banco para sacar um dinheiro para comprar um carro legal, mais uma herança da família Bonn.

Já fazem anos que me sustento apenas com o dinheiro que deixaram e parece que nunca acaba. Acho que deve ter alguns trilhões ainda. E minhas armas foram caras...

Decido usar o nome Nicolas Green. Vai ser uma homenagem à minha patinha.

Sorrio do apelido besta que ela me deu apenas por uma alusão a sua cor favorita.

Eu a amo...

O que é o amor?

Amor...

Eu a quero pra mim e se eu não puder te-lá...

Não... Eu a amo tanto que não existe essa opção. Ela será minha de um jeito ou de outro, querendo ou não, me amando ou não, viva ou não...

Ela é minha.

Essa é minha forma de amar.

Obrigado por me ensinar o que é o amor, mamãe...

Amor SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora