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Miranda puxou o lençol tirando alguns travesseiros da cama, tirou o robe o colocando em cima da poltrona e voltou para a cama, sentou pegando o livro e o óculos e começou a ler, ficando entretida.

Após alguns minutos escutou batidas e a porta ser aberta, ela levantou o olhar.

— Posso entrar? — Miranda tirou os óculos.

— Pensei que tivesse saído com o cozinheiro.

— Quer que eu vá procura-lo? — Perguntou fechando a porta e apoiando-se nela.

— Não — Sussurrou.

— Eu também não.

— Precisa de algo? Está faltando algo em seu quarto?

— Não, ele está em perfeita ordem.

— Então não entendo essa... Como podemos dizer... Visita.

— Talvez eu queria conversar ou...

— Ou?

— Beijar você.

— Muito engraçado — Disse colocando o livro e o óculos encima da mesa de cabeceira.

— Aceita um vinho?

— Querendo me embebedar, Andrea?

— Talvez, acha que eu conseguiria? — Perguntou sorrindo, Miranda sorriu de canto.

.§.

Miranda levou a taça até a boca e encarou Andrea que estava sentada em sua frente, apoiou o braço do sofá e apoiou a cabeça na mão.

— Por que me encara tanto? — Andrea perguntou imitando seu ato.

— Acho que ainda tento acreditar que está aqui.

— E está feliz com meu retorno?

— Um pouco surpresa, principalmente com o ato de Richard.

— Meu pai é maravilhoso, acho que eu quem não sou suficiente para ser filha dele.

— Ele é uma pessoa maravilhosa sim e você também é, não se menospreze, ele não tem raiva, de nenhuma das duas, aconteceu, Andrea e eu não me arrependo.

— Eu também não.

— Mas se culpa, as coisas acontecem e nós temos que aprender com elas, não é apenas nos culpar, é viver — Andrea sorriu de canto e bebeu um pouco mais do conteúdo da taça.

— Do que ri?

— Oras Miranda, você é completamente complicada — Disse virando o resto do líquido na boca e colocando a taça na mesa de centro.

— Por que diz isso?

— Você é completamente diferente aqui dentro e lá fora.

— As pessoas não precisam saber que você é vulnerável a todo instante, Andrea, eles não precisam saber os meus pontos fracos — Andrea se aproximou lentamente tirando a taça das mãos dela.

— O que eu sou, senhora Priestly? — Perguntou em um sussurro, Miranda olhou para os lábios da morena.

— Não sei, mas podemos descobrir — Sussurrou.

Andrea sorriu e mordiscou o lábio da mais velha, ficando em seu colo, após colocar a taça na mesa de centro, Andrea a segurou no rosto e a beijou com fúria.

— Senti tanta saudade — Sussurrou passando os lábios para o pescoço da mais velha.

Sentiu a respiração de Miranda pesar e sorriu mordendo-a no pescoço, fazendo-a gemer, Andrea voltou a beija-la.

A Madrasta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora