FREDERICO

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LANA

Meses Depois...

-Nem pense nisso. -Revirei os olhos ouvindo o som de sua voz de longe. Ninguém poderia ter adivinhado que éramos agora boas amigas, por respeito ao homem que amávamos e principalmente a nós mesmos. Irina era parte de tudo agora, principalmente de nosso pequeno Frederico, ela era sua madrinha e no momento, minha guarda costas.

-Me deixe arrumar o quarto de meu filho, você não pode me obrigar a ficar aqui, muito menos me impedir de algo.

-Claro que posso, você está carregando meu afilhado e de nenhuma maneira eu irei contra as ordens de sua médica ou de Seu marido. Você arruma este quarto de dois em dois minutos, precisa descansar, você ouviu a médica, descanso! Salvatore precisou resolver coisas na empresa e me deixou aqui, de olho em você. -Ela sorriu mostrando todo seu poder ali. Está com nove meses completos eram bom e ao mesmo tempo ruim, eles não me deixavam fazer nada e eu me encontrava enlouquecendo.

-Está me matando não fazer nada, por favor, Irina. Por Frederico. -Implorei com os olhos a vendo ceder, eu entendia sua preocupação assim como agradecia a cada segundo. Há vi respirar fundo e se aproximar tocando minha barriga.

-Ele é tão importante para mim como é para vocês. Não fique brava por querer cuidar dele, eu já o amo.

-Eu sei disso, mais você e seu pai me deixam louca. -Rimos, era a pura verdade.

-É por uma excelente causa. -O bebê chutou forte quando gritei pela surpresa, ele sempre fazia isso, todos os dias.

-Posso saber o porquê dos risos? - Viramos vendo Uma das razoes da minha vida entrar em nosso campo de visão, eu não precisei de muito para aceitar seus braços a minha volta e me aconchegar no melhor calor do mundo.

-Que bom que chegou, eu pensei que estaria a pondo trancada novamente, agora é sua vez, não tenho mais fôlego para fazê-la descansar.

-Você anda dando trabalho na minha ausência?

-Não me culpe, este cuidado excessivo está me matando. -Ele me beijou relaxando meu corpo, eu queria continuar com um sorriso em meu rosto, porém a dor aguda teria me feito cair se seus braços não estivessem a minha volta. O olhar de alegria dos dois mudou, quando minha dor ficou visível.

-Meu Deus, Salvatore, estou sentido dor... -Gaguejei segurando a barriga quando fui alcançada em seus braços. Eu queria gritar pelo desconforto, era doloroso. Agarrei-me firme enquanto era posta em nossa cama.

-O bebê, ele está nascendo! Meu filho está nascendo. -Tentei segurar suas mãos quando o mesmo se desesperou, Salvatore estava perdido e tudo que eu gostaria era de acalmá-lo.

-Querido...

-Eu vou ligar para os hospital! Não... Eu vou te levar de carro, querida...

-Calma, você está a deixando maluca, eu ligo para o hospital, você pega ela e sua bolsa, precisamos estar o quanto antes lá. -Irina falou e foi quando o vi assentir, ele puxou minha bolsa que estava pronta há alguns dias em nosso quarto, só esperando por esse momento. Senti suas mãos segurarem meu rosto e seu amor transbordar em suas lágrimas.

-Ele estará em breve aqui, com você e eu... Desculpe-me por chorar meu amor, eu simplesmente estou nervoso e feliz. A ponto de ter um ataque do coração como também de pura felicidade. -Ele gaguejou me fazendo chorar, senti seus lábios sobre meu vestido que cobria nosso bebê, ele estava chegando.

-Está tudo bem amor, tudo bem... O importante é que estamos aqui.

-Eu sei, e é por isso que eu sei que valeu a pena todo meu esforço em te ter. Eu jamais vou me arrepender do que fiz, jamais porque eu te amo e você está me dando o que um dia meu coração e alma sonharam. Eu te amo. -Assenti sem conseguir falar quando agarrei seu rosto e o beijei. Ele não precisava dizer nada daquilo, eu sempre soube. Seguimos pra fora do quarto e em meio à dor eu pude sorrir, haveria algo melhor depois, um lindo ser, criado pelo nosso amor.

MINHA INDOMÁVELOnde histórias criam vida. Descubra agora