MINHA INDOMÁVEL

Capítulo X - Como Eu Quero, Você

'' Mas não consigo ir embora

Mas a cada passo pra frente

É o mesmo que dar dois pra trás

Pra perto de você

Pra mais perto de você'' Marília Mendonça

LANA

Sorri o vendo levantar sozinho pela primeira vez, apesar da faixa que cobria seu peito, ele parecia sem por cento para ir, muito melhor. Descrever as últimas vinte e quatro horas, haviam sido difíceis, principalmente quando meu coração não me deixava falar, ele apenas palpitava descontrolado, enquanto eu permanecia junto de si.

-Devagar, você ouviu o que o médico disse, muita calma agora. Está indo para casa e isso significa repouso imediato, nada de estar fora da cama. -Falei segurando suas mãos, ele parecia encantado enquanto seu olhar permanecia naquele gesto, até mesmo eu me encontrava surpresa por tudo aquilo.

-Lana tem toda razão, pare de se exibir. -Rimos juntos a Leon pelo comentário, eu estava mais do que grata por não ter Irina ali.

-Não me desanime, estou com a saúde de ferro, acho até que já posso ir a academia levantar uns pesos.

-Como se eu fosse deixar. -Eu soltei sem filtrar minhas palavras, eu nem mesmo me toquei do que havia feito quando enfim o olhei sem graça. Aquilo tinha saído natural, como se fosse tudo normal entre nós dois.

-Me desculpe, eu... Não...

-Gaguejei tendo seu sorriso diante de mim, seu olhar encontrou com o de Leon o que só me encheu de mais vergonha.

-Não se desculpe, é minha esposa esqueceu? Não se preocupe, eu irei acatar direitinho suas ordens. -Eu sorri um tanto contente por sua resposta, Salvatore me mostrava aos poucos à face que lutei para não conhecer, eu sorri e me sentia bem, como se uma nova vida estivesse florescido para mim. Isso não se devia a Mario, e sim, a mim mesma.

-Deixe de piadas meu caro, vamos para casa.

-É o que mais desejo. -Ele respondeu apertando minha mão. Juntei-me a ele ficando o mais próxima, não havia explicação para aquilo, somente que de minha parte, eu não gostaria de me afastar mais.

* * * * * *

-Ande devagar, por favor. Não precisa ter pressa. -Falei o carregando ao lado de Leon. Ele poderia estar se fazendo de forte, mais no fundo eu sabia que seu desconforto não havia passado. Tínhamos chegado em casa, e eu não poderia estar mais feliz.

-Eu não quero ir para meu quarto, acabei de sair de um.

-Não tem conversa, ouviu o médico, pleno e completo repouso. - Repreendi simplesmente para o ver sorrir, ele não parava, em nenhum segundo. A porta do quarto estava aberta, e sem mais entramos, Leon me ajudava a o levar até a cama, o que seria bom.

-Senhora, posso falar com você? -Virei vendo Teodora na porta, tínhamos conversado pouco enquanto entravamos.

-Claro, me dê um segundo. Fique com ele Leon, vou ver o que Teodora quer.

-Não se preocupe. -Desviei de seu olhar, enquanto caminhava para onde ela estava, Teodora estava sendo um amor enquanto me ajudava com tudo.

-Sim aconteceu alguma coisa?