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Liana seguiu para o seu consultório ainda expelindo raiva pela sua respiração e o ato de Richard a seguir conversando como uma matraca não aliviou de nada a situação.
Ele tagarelava sobre a nova namorada dele, a enfermeira da UTI que ele havia conhecido há pouco tempo. Ou algo do tipo, Liana nem tinha certeza do que ele realmente falava.
— O que tu acha, Li? Poderia levar a Docinho junto?
— Leva onde tu quiser, tu é pai dela e sabe o que está fazendo. Mas já sabe, se acontecer alguma coisa, tu é o responsável.
— Eu sei, Liana. Não vou levar a Marina para nenhum lugar que ela não possa ir ou que vá fazer algum mal. Ela é minha filha também e eu sou médico. Se acontecer alguma coisa com ela eu vou saber o que fazer. Estou comentando da ideia de levar ela para conhecer a Denise.
Liana suspirou. E ainda era manhã cedo! Enfiou a chave na porta do consultório e seguiu para o seu consultório, com Richard igual a um cachorro a seguindo, com uma cara de filhote abandonado.
Ela já tinha dito, inúmeras vezes, que Richard tinha um péssimo gosto para namoradas. A única que se salvava era Liana e talvez fosse por isso que ambos eram ótimos amigos agora. Richard era carente demais, bonzinho demais e se rastejava atrás de qualquer pessoa que desse um segundo de atenção. Era claro que só atraia as loucas que estavam apenas atrás de duas coisas, o corpo e o dinheiro dele.
Richard era médico, um dos mais novos e dos melhores cirurgiões pediátricos daquela região. Atendia por amor à profissão, bem mais ao dinheiro que ele recebia. Ele ganhava em um mês quase o mesmo rendimento do mercado, o que Liana levaria um ano para ganhar no seu consultório. Mulheres se atiravam nele como Liana num dia de chuva e frio na sua cama. E nenhuma delas com as mesmas intenções de Richard.
O seu sonho sempre foi de formar uma família. Casamento, filhos e toda aquela felicidade que os contos de fada e filmes da sessão da tarde mostravam. Liana tinha ânsia de vômito cada vez que via qualquer um desses. Richard acreditava tanto nisso que chegou a pedir Liana em casamento inúmeras vezes e sentia toda a vez que ela recusava. Foi bem complicado ele desapegar dela sentimentalmente, ou não, já que ainda morava nas peças atrás da sua casa.
A questão era que Richard se apegava muito fácil. Saia dos primeiros encontros já pensando em casamento e em como conciliar a vida na pequena cidade se caso precisasse morar na capital novamente. Liana sempre revirava os olhos naquela parte. E quando tudo degringolava, lá ia Liana encontrar Richard na cozinha do mercado, chorando as pitangas para as funcionárias e com uma montanha de doces. Lá era o único lugar que os dois poderiam comer sem remorso e sem a presença de Marina na volta.
Liana já tinha perdido as contas de quantas vezes aquilo tinha acontecido nos últimos anos. E lá estava Richard novamente com o ar de apaixonado esperando alguma liberação de Liana.
Viu ela colocar os eu jaleco branco, ligar os aparelhos e se virar para ele, na expectativa.
— Adianta eu te falar alguma coisa? Mesmo depois de tu me dizer, quase jurar de pé junto que o caso de vocês era só curtição. Agora tu quer levar a Marina para conhecer ela? A guria vai saltar fora, Matz. Tu sabe disso...
Richard fez aquela cara que Liana já conhecia de anos. A mesma que ele fazia todas as vezes e que causava um certo tipo de pena em Liana.
— Ela pode ser diferente... Pode gostar do fato de eu estar apresentando para ela a minha filha e isso significar que a gente tem algum futuro juntos.
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Linha Reta DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZON
RomanceDEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZON PARA COMPRA E ALUGUEL "A menor distância entre dois pontos é em linha reta, mas nem sempre significa o caminho mais fácil..." NÃO É HOT! Po...