Capítulo 18 DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZON

672 227 38
                                    

Dando continuidade à tradição: cada título do Grêmio, um capítulo extra. Taça da Recopa Gaúcha, com direito à goleada de 6x0, levantada com sucesso. 

*.*

            A briga havia começado na noite anterior. Liana e Richard bateram boca até Marina revirar os olhos e pegar Peteca e ir para o seu quarto. A questão era simples, quem acompanharia Fernanda e Sérgio na consulta no outro dia.

Richard dizia que tinha o melhor argumento: ele era médico. Se acontecesse alguma coisa, ele estaria pronto para agir e ajudar Fernanda. Liana riu e mandou ele crescer. Ela era irmã e cunhada, nenhum médico do mundo substituiria isso.

— Sem contar que eu dirijo. — Liana sorriu e Richard praguejou. — Quando tu for grandinho para perder o medo de dirigir eu deixo tu ir com eles.

— Megera! — Richard apontou o dedo para ela. — Malévola, mesquinha e insensível. Jogar os meus medos assim na minha cara é coisa de gente sem coração.

— Descobriu agora, meu amor? — Liana sorriu sarcasticamente.

Richard virou as costas e saiu em direção às suas peças nos fundos da casa de Liana. Ela nem adorou aquela pequena vitória.

Colocou Marina para dormir, enquanto lia um livro que ela ganhou dos dindo John e Paula, limpou a gaiola de Peteca, que estava empoleirada ao lado da cama de Mariana e foi para o seu quarto.

Deitou na sua cama gigante e suspirou pesadamente. Que final de semana! Parecia que na última piscada ainda estava na sexta à noite, rindo e bebendo com Maurício. Depois o trazendo para sua casa e, especialmente, para aquela mesma cama que ela estava. E para terminar tudo com uma chave de ouro, a misteriosa doença de Fernanda.

O sangramento havia passado, mas ela ainda inspirava cuidados exagerados de Sérgio e Richard na sua volta. Fernanda mesmo confidenciou para Liana que não queria ver os dois em cima dela por um bom tempo. Liana teve que inventar alguma coisa para eles fazerem urgentemente para deixá-la respirar um pouco sozinha.

Sairiam amanhã cedo, não no padrão Sérgio de horário, mas de pessoas normais. Iriam de porte com todos os exames que Fernanda havia feito a pedido de Richard direto para o consultório do médico dela. E de lá, Liana esperava que fosse para algum almoço rápido com Bia, Kado, Jonathan e Paula, já que ela tinha plena certeza de que não era nada de mais. Apenas um dos inúmeros sintomas de menopausa.

Pensou em tudo e em tanta coisa que acabou a voltar em pensar em Maurício. Inconscientemente chegou até a dar uma olhada a mais em direção ao lugar onde ele morava e ver todas as luzes apagadas. Quando será que ele voltava? Só na segunda pela manhã? Ela cruzaria na estrada por ele?

Eram pensamentos que surgiam na sua mente como uma incomodação irritante. Não deveriam estar habitando a sua cabeça enquanto Liana tinha problemas bem maiores do que aquele pequeno e desastroso encontro regado à bebidas do seu bar. Um problema em si até mesmo envolvia Maurício e sua escola, a mesma que Richard tocou no assunto de novo com a ideia de enclausurar Marina ali.

Era irritante quando Richard colocava uma coisa na sua cabecinha pensante. De um modo bem sutil, diferente dela que era igual a um caminhão desgovernado. Ela já tinha sacado a vitória dela contra Richard para acompanhar os dois até a capital. Provavelmente ele aprontará alguma coisa com Marina, alguma coisa que deixaria Letícia rica se ela puxasse a mesma condição genética do irmão em ter cabelos brancos.

Liana dormiu antes mesmo de concluir aquele pensamento. Acordou com Sérgio ligando a luz do quarto, já pronto para encarar a estrada. Liana precisou de dois cafés, uma parada para outro, em uma famosa casa de cucas na beira da estrada e encher duas térmicas de água quente para o chimarrão que ela servia para os três.

Linha Reta DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora