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Liana estava desviando dos brinquedos espalhados de Marina quando escutou aquela voz esganiçada que lhe dava dor de cabeça todos os santos dias. Peteca, a maldita cacatua albina de Marina.
Maldito tinha sido o dia em que Sérgio apareceu com aquele projeto de pinto na sua casa. Marina havia visto uma no zoológico quando a família inteira foi em uma excursão, há uns dois anos atrás, e se apaixonado por completo pela ave branca e brincalhona. Pediu uma para Richard, assim como o cavalo e o um unicórnio, mas foi Sérgio quem comprou um filhote alguns dias depois e presenteou a menina.
Peteca era o nome, pois realmente parecia uma para Marina. Para Liana era um projeto de pinto mal agradecido, que gritava o tempo todo e ainda atirava coisas nela quando passava.
— Liana Megera! Liana Megera! Docinho! Docinho!
— Pepeca! — Marina gritou para a cacatua em cima da cortina da sala. Certamente pronta para pular em direção de Liana e chamando ela de megera a todos os pulmões.
— É Peteca, Marina, não grita isso para a quadra inteira ouvir, filha. Pega mal.
— Liana Megera! Liana Megera! Liana Preguiçosa!
Richard era um amor ensinando a cacatua a falar coisas como essas. Liana o adorava por isso.
— Ainda vou te cozinhar sua galinha depenada... — murmurou para si mesma em direção à cozinha. Precisava começar o seu dia de uma vez. Tinha muita coisa para arrumar e não podia perder tempo maldizendo uma cacatua enxerida.
Começou a preparar o café de Marina, mais as medicações e a insulina para colocar na bomba. As primeiras horas depois que Marina acordava eram sempre as mais delicadas e Liana precisava fazer tudo com muita atenção e rapidez.
Escutou a porta da sua casa abrindo e os gritos de Peteca e Marina, olhou no relógio e sabia quem poderia ser. Somente um membro da família Chiarelli entrava na sua casa àquela hora e sem se preocupar com portas trancadas. Sérgio detestava elas desde que teve que arrombar uma para salvar a vida de Ricardo.
— Bom dia, Li! — O irmão mais velho, praticamente um pai para Liana entrou com as mãos carregadas de sacolas do mercado da família.
Já era uma tradição Sérgio chegar sempre carregados de coisas para elas, principalmente para Marina e a sua dieta especial. Por causa dela, Sérgio deixou uma parte do mercado apenas com produtos para diabéticos, era tanta coisa que muitos mercados de redes nacionais não possuíam em seu estoque.
Sérgio era o legítimo patriarca ou lobo alfa, como Fernanda, sua esposa gostava de comentar, não que ela ficasse muito longe disso. Fernanda praticamente a mãe de Liana e Ricardo. Ambos queriam estar a par de qualquer coisa que acontecia ao seu redor e com seus familiares. Liana e Ricardo não podiam tomar uma decisão sem antes falar para Sérgio e Fernanda e escutar o conselho deles. E ficavam muito ofendido caso fizessem alguma coisa sem contar para eles antes.
Ricardo era o mais tranquilo de todos. Ele e Bia, sua esposa, adoravam escutar cada conselho e palavra que os dois falavam. Já Liana sempre foi a mais rebelde da família, gostava de ser independente a ponto de não precisar do aval do irmão e a cunhada para coisas simples, como trocar o seu carro.
Não foram os dois que a enxotaram da sua casa de infância logo depois de Sofia nasceu? Não foi Sérgio que a enfiou naquele apartamento sozinha há uns anos, dizendo que estava na hora dela começar a própria vida sem estar nas barras das suas calças e agarradas nas pernas de Fernanda? Pois então... Liana seguiu o conselho imposto pelo irmão e começou a tocar a sua vida sozinha. Literalmente sozinha, já que Richard na ocasião estava no exterior estudando.
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Linha Reta DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZON
RomanceDEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZON PARA COMPRA E ALUGUEL "A menor distância entre dois pontos é em linha reta, mas nem sempre significa o caminho mais fácil..." NÃO É HOT! Po...