Capítulo 13 DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZON

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            — Alô!

— Finalmente alguém atendeu essa porcaria de telefone! Como está a minha filha? Eu já estava a ponto de pegar o carro e ir atrás de vocês!

— Oi, Liana! — Paula respondeu tranquilamente do outro lado — Está tudo ótimo comigo, obrigada por perguntar. Os gêmeos estão bem! Estou terminando de colocar roupa no Ramiro enquanto o John está terminando o banho da Rafaela.

— Engraçadinha — Liana desdenhou. — Estou desde o início da tarde ligando para todo mundo e ninguém me atende! Vocês sumiram com a minha filha!

— É a Liana? — Ela escutou uma voz ao fundo, Beatriz.

— Ela mesma, em voz e ódio, como sempre. Vou colocar no viva-voz.

— Eu quero que as duas se explodam! Como está a minha filha!

— Detesto como ela é estressada assim. — Bia falou ao fundo. — Desde que nasceu dessa forma. Nem sei como não teve um ataque do coração. Ou vai ter um bem rápido.

— E não é? — Paula concordou e uma risada soou ao fundo. — Dinda Li é uma estressadinha, não é Ramiro?

Liana escutou algumas palavras estranhas que atrelou ao pequeno.

— Nunca vou me esquecer de uma vez que eu peguei uma boneca e ela veio querer me bater por causa disso e...

— Se as duas tagarelas calarem a boca, gostaria de saber como está a minha filha! — Liana a cortou já com o início de uma dor de cabeça.

Richard havia a levado no dia anterior. Liana detestava ficar longe da filha por mais do que algumas horas. Não que ela não confiasse em Richard, ele era o pai de Marina e tinha todo o direito de levá-la para onde quisesse, sabia o que fazer se acontecesse alguma coisa e tudo mais que a criança pudesse precisar. Mas leva-la, deixa-la com Paula quase o dia todo e ainda ficar sem notícias era demais. Richard iria escutar quando chegasse em casa.

E para não melhorar o seu humor, tinha que ficar no bar aquela noite. Aquilo não era um problema em sim, era o seu ambiente, seu bar, mas o fato de estar longe da filha era estressante demais para aguentar mais um turno no bar. Porém dos males o menor, lá ela poderia beber.

— A Docinho? — Paula comentou. — Está ótima, glicose completamente estável todas as vezes que eu e o John verificamos. Passamos a tarde na livraria, ela se encantou por um livro sobre pássaros.

Liana revirou os olhos. Crianças da idade de Marina gostavam de bonecas, brinquedos caríssimos, como aquele urso que falava sozinho, eletrônicos, desenhos de princesas e mais do que Marina gostava de unicórnios. Mas não, a filha de Liana tinha uma queda por tudo relativo a pássaros, começando por uma galinha depenada que estava olhando para Liana do sofá.

— E onde o embuste do Richard se encontra? Ele apareceu para olhar a filha ou simplesmente jogou ela aí?

— Ai credo, Li! — Bia respondeu. — Não fala assim do Richard. Estava aqui quando ele largou a Marina, todo sorridente em ter apresentado a nova namorada dele. Acho que agora ele desencana de vez. Já imaginou se ele vai de vez? Tu vai sentir falta dele batendo na tua janela todos os dias.

— Por mim ele pode ir a hora que quiser, já avisei, desde que não me deixe com toda a responsabilidade pela Marina. E onde ele está?

Linha Reta DEGUSTAÇÃO DISPONÍVEL NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora