Primeiro beijo.

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~Hiroshi

Ele diz se aproximando de mim. Agora estávamos na casa dele, e já que ele morava sozinho nada podia nós atrapalhar.

Ele coloca sua mão no meu rosto fazendo nossos rosto ficarem mais próximos. Nossos lábios estavam quase se encostando quando ele se afasta e vira pro lado.

~Miyazaki

Eu coloquei minha mão no seu rosto fazendo nossos rostos ficarem mais próximos. Nossos lábios estavam quase se encostando quando penso ele pode até gostar de você agora, mas e quando ele descobrir quem você realmente é? Ninguém séria louco de amar um psicopata, ou você séria Hiroshi?
Me afasto rapidamente e viro pro lado.

~Hiroshi

- O que foi? - Pergunto.
- Nada. - Ele diz.
Sinto um aperto no coração, aquela boca estava quase encostada na minha, olhei nós seus olhos e ele estava cheio de desejos e isso acontece do nada? Isso me deixa um pouco irritado, agora que eu tinha chance para beija-lo ele faz isso?
- Não finja que não aconteceu nada aqui Miyazaki! - Digo me levantando.
- Como assim? - Ele diz virando o rosto para mim.
- Íamos nos beijar! E eu queria isso porra! Porque se afastou!? Agora que temos alguma chance de fazer isso você simplesmente se afasta!? Eu te amo caralho! Para de brincar com os meus sentimentos. - Digo quase chorando. Minha raiva estava se transformando em tristeza.
- Hiroshi, não é isso, eu também te amo, mas... - Interrompo ele com um beijo. Finalmente senti aqueles lábios nos meus. Ele pede passagem pra língua e eu acabo cedendo. Me sento no colo dele e continuamos aquele beijo. Nossas línguas dançavam juntas em uma valsa perfeita, ele explorava cada canto da minha boca com sua língua, até que nós afastamos por causa da falta de ar. Olho pra ele e sinto meu rosto esquentar, não deveria ter feito isso. Me levanto rapidamente do seu colo.
- Desculpa! - Digo e sinto minhas lágrimas voltando. Pego minhas coisas e saio correndo do quarto. Escuto ele chamando pelo meu nome. Vou até a porta da sua casa e fico esperando ele vim atrás de mim, ele não veio. Ele não vai vim atrás de você, isso aqui é vida real e não um conto de fadas. Penso.
Então eu saio de lá e começo a chorar até chegar na minha casa.

~Miyazaki

- Desculpa! - Ele diz quase chorando. Ele pega suas coisas e sai correndo do quarto. Começo a gritar pelo seu nome. Pensei em ir atrás dele mas fico no meu quarto admirando um sentimento que nunca senti, tristeza. Algumas lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. Me levanto e me olho no espelho.
- Porque eu choro por você? - Pergunto pra mim mesmo limpando as lágrimas.
- Porque eu tenho sentimentos por você? Eu nunca tive por ninguém! Eu nunca tive sentimentos! Eu nem sei o que é amar, o que é ser feliz, o que é ser triste e o que é estar bravo. Você me fez sentir tudo isso, mas porque? O que você tem Hiroshi? - Digo pra mim mesmo ainda olhando minhas lágrimas no espelho. Me deito na cama e fico olhando pro teto deixando as lágrimas cairem sobre meu travesseiro.

~Hiroshi

Chego em casa e meus pais também já haviam chegado. Eles levam um susto ao me ver chorando.
- Filho, o que aconteceu? - Minha mãe diz se levantando do sofá e meu pai vai atrás dela.
- Nada. - Digo limpando as lágrimas.
- Nada? Você está chorando! - Meu pai diz um pouco irritado.
- Me deixem em paz! - Grito e subo rapidamente para o meu quarto. Tranco a porta e me joga na cama e começo a chorar. Você me deixa tão confuso, Miyazaki. Penso em meio as minhas lágrimas.

~Quebra de tempo~

- Vamos logo Hiroshi! Você vai se atrasar! - Minha mãe diz gritando.
- Eu não quero ir, já disse! - Digo me cumprindo com a coberta. Eu não queria ver o Miyazaki.
- E você tem que querer agora? Anda, levanta dessa cama agora! - Ela diz gritando mais alto. Ela não ia me deixar em paz então levantei logo. Ignorando ela gritando comigo e vou para o banheiro tomar um banho. Coloco um moletom preto, uma calça jeans branca rasgada, um All Star preto de cano alto e as lentes que o Miyazaki me deu. Desço pra baixo e pego minhas coisas. Estava quase saindo de casa quando minha mãe me chama.
- Não vai comer nada? - Minha mãe pergunta.
- Não tô com fome. - Digo e fecho a porta com tudo e vou para a escola, mesmo não querendo ir.
Chego na escola e nem um sinal do Miyazaki, provavelmente estava na sala. Vou para a sala e ele também não estava lá, me sento no mesmo lugar de sempre. Ouço passos e quando vejo era Miyazaki, ele se senta do meu lado como sempre.
- Oi. - Ele diz sorrindo como se nada tivesse acontecido ontem. Eu o ignoro e viro para o lado.
- Desculpa. - Ele diz.
Me viro e ele estava chorando, fico assustado ao ver ele chorar, ele não tinha nem um pouco de controle sobe as suas lágrimas, ele limpava elas mas elas insistiam em escorrer sobre sua pele pálida.
- P-Para de chorar. - É a única coisa que consigo dizer.
- Não consigo, não tenho controle dos meus sentimentos. - Ele diz limpando mais uma vez as lágrimas, até que elas finalmente param de escorrer. Ele iria dizer algo mas o sinal toca bem na hora, os alunos entram. Não me importei com as pessoas em nossa volta e segurei na mão dele, não podia mais ficar confuso.
- Para de torna as coisas tão complicadas! - Digo.
- Eu te amo. - Ele diz sorrindo.
- Para de brincar com os meus sentimentos Miyazaki! Eu também te amo caralho! - Digo com raiva e ao mesmo tempo triste.
O professor entra na sala e aula começa. Ignorei a presença de todos, pra mim ainda estava apenas eu e o Miyazaki. Tento falar com ele mas ele se afasta dizendo que a aula começou.

~Quebra de tempo~

O sinal bate e todos sobem pro refeitório. Menos eu e o Miyazaki. Ele fica sentando escrevendo algo naquele caderno.
Me sento na frente dele e fecho o caderno.
- Podemos conversar agora? - Digo.
Ele olha pra mim, olho profundo naqueles olhos negros, eles estavam tão confusos quanto eu.
- Aquele beijo nunca deveria ter acontecido, é isso! - Ele diz irritado.
Sinto algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
- Você disse que me amava! - Grito em meio as minhas lágrimas.
- Eu te amo mas não podemos ficar juntos. - Ele diz, frio.
- Porque!? - Grito novamente.
Ele não me responde e começo a chorar mais ainda.
- Porque porra!? - Grito mais uma vez.
- Porque eu sou a droga do... - Ele para de falar.
- Não posso dizer porque. - Ele diz se acalmando.
- Você é o que!? - Pergunto.
- Descubra! - Ele diz se levantando e sai da sala me deixando sozinho e confuso.

Eu amo um assassino (yaoi) Onde histórias criam vida. Descubra agora