"Sequestro".

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~Miyazaki

- Me ajuda! - Ele grita desesperado, parecia que estava chorando.
- O que aconteceu!? - Pergunto preocupado. O que diabos aconteceu com ele?
- Só vem aqui na minha casa, faz tipo um sequestro. - Ele diz ainda chorando.
- Sequestro!? - Pergunto.
- Sim! Vem com sua máscara e tudo mais, só me tira daqui, por favor! Depois eu explico tudo. - Ele diz.
- Ok! Estou indo. - Digo e desligo o telefone na mesma hora.
O que será que aconteceu?
Pego minha máscara e a coloco no rosto, pego apenas uma arma pra levar comigo e vou para a casa do Hiroshi.
Chego lá e pra minha sorte a porta estava aberta, entro com cuidado, começo a ouvir algumas pessoas gritando, vou me aproximando dos gritos e encontro uma mulher e um homem, provavelmente eram os pais do Hiroshi, tento me esconder rapidamente mas eles percebem a minha presença.
- Quem está aí? - Ele pergunta gritando e furioso.
Eu teria que atravessar a sala pra conseguir chegar no quarto de Hiroshi que provavelmente ele estava lá.
Vou atirar neles e sai correndo até o quarto dele. Penso.

~Flashback on

- Promete que não vai matar ninguém da minha família? - Ele pergunta.
- Prometo. - Digo.

~Flashback off

Merda, eu não poderia mata-los, se eu tiver que atirar vou ter que atirar em um lugar onde não cause morte.
Saio do meu esconderijo e eles ficam surpresos e assustados ao me ver.
- Por favor não nós mate! - Ela diz desesperada e suas lágrimas começam a cair.
Tento não atirar neles, mas o pai do Hiroshi vem pra cima de mim, pego a arma rapidamente e atiro no ombro dele fazendo ele cair no chão. A mulher vai atrás dele no chão e eu aproveito pra ir atrás do Hiroshi.
- Por favor, não faça nada com o meu filho! - Ela grita pra mim.
Eu amo seu filho, não vou fazer nada com ele. Penso e volto a subir as escadas, ela começa a vim atrás de mim e atiro no ombro dela fazendo ela cair no chão também. 
Subo rapidamente pro quarto dele sem nada para me impedir, abro a porta do quarto e me deparo com ele chorando desesperadamente e seu nariz sangrado sem parar. Quem fez isso com ele!?

~Hiroshi

Começo a ouvir barulhos de tiros, Miyazaki provavelmente tinha chegado, será que ele matou alguém?
A porta se abre e ele estava lá, ele corre rapidamente até mim e tira a máscara.
- O que aconteceu!? - Ele diz preocupado.
- Não dá pra explicar agora, apenas me leve embora daqui. - Digo.
- Ok. - Ele diz baixinho.
Ele coloca a máscara novamente, ele me pega no colo e descemos, vejo os corpos dos meus pais no chão, eles estavam mortos?
Coloco minha cabeça no peito de Miyazaki, não queria ver aquilo.
- Eles não estão mortos. - Ele diz baixinho no meu ouvido.
- Não? - Pergunto surpreso.
- Eu prometi pra você que não mataria nenhum familiar seu. - Ele diz e eu me lembro dessa promessa.
- Vamos embora logo. - Digo.
Começamos a andar quando minha mãe começa a gritar pelo meu nome.
- Ignora ela e continua. - Digo bem baixinho. Ele assente com a cabeça e vamos finalmente embora.
Chegando lá ele me leva direto para o quarto.
- O que aconteceu? - Ele pergunta tirando a máscara.
- Eu admiti ser gay pros meus pais e meu pai me bateu. - Digo.
- Filho da puta! - Ele grita irritado.
Ele se levanta e pega o ponto socorro e faz um curativo no meu nariz.
- Pronto. - Ele diz limpando minhas lágrimas.
- Posso ficar aqui? Já que meus pais não me aceitam? - Pergunto.
- Claro! - Ele diz.
- Obrigado. - Digo sorrindo.
- Tudo por você meu bebê. - Ele diz beijando a palma da minha mão e me fazendo corar.
- Está com fome? - Ele pergunta e eu me lembro que não tinha terminado de comer e ainda estava com fome.
- Sim. - Digo.
- Vem. - Ele diz.
Saímos do quarto e vamos para a cozinha, ele me dá o almoço e eu como.
- Obrigado. - Digo.
- De nada. - Ele diz pegando o prato e colocando na pia.

~ Miyazaki

- De nada. - Digo pegando o prato e colocando na pia.
Quero pedir ele em namoro, mas como? Eu não sei nada sobre amor, como eu devo fazer isso? Penso.
- Vamos pro quarto? - Ele pergunta.
- Ah, sim. - Digo saindo dos meus pensamentos.
Vamos para o quarto e nós deitamos na cama. Ligo a TV e estava passando jornal, e a notícia parecia ser bem interessante.

"Os vizinhos disseram que escutaram gritos e barulhos de tiros, eles foram até lá e encontram os dois no chão cheio de sangues, eles ainda estão vivos pois a arma não atingiu um lugar grave. A Senhora Patrícia disse que foi o 'homem mascarado' ou 'assassino do halloween' que atirou neles, e disse também que ele sequestrou o seu filho. Hiroshi de 17 anos está sendo procurado mais uma vez".

Hiroshi pega o controle da minha mão e desliga a TV.
- Não quero saber sobre isso, apenas vamos fingir que nada aconteceu e que sempre moramos juntos. - Ele diz.
- Ok. - Digo.
Ele chega perto de mim e se encolhem fazendo sinal para eu abraça-ló, eu o abraço e ficamos assim.
- Hiroshi, como eu devo pedir alguém em namoro? - Pergunto e ele fica corado na mesma hora.
- Porque tá me perguntando sobre isso? - Ele pergunta.
- E que eu quero pedir alguém importante em namoro. - Digo e ele começa a rir.
- Miyazaki, porque perguntou isso pra mim? Agora tá na cara que você quer me pedir em namoro mas não sabe como. - Ele diz ainda rindo.
- Não ri! Eu sou novo nesse negócio de amor. - Digo cruzando os braços.
- Tudo bem, tudo bem. Olha, você pode me levar pra um jantar/almoço romântico e me pedir em namoro. Ou pode fazer um piquenique. Ou também pode me dar um presente com uma cartinha de amor. - Ele diz.
- Ata. - Digo pensando um pouco.
- Agora não diz mais nada sobre isso, deixa como surpresa. - Ele diz rindo e voltando aos meus braços.
O abraço e começo a pensar já sei! Eu vou juntar tudo isso, eu posso fazer um piquenique romântico e depois dar algum presente para ele com uma carta romântica e logo depois pedir ele em namoro. Mas qual o presente?
- Sei que não é mais pra eu perguntar sobre isso mas... - Sou interrompido.
- Pode ser um girassol. - Ele diz como se estivesse lendo os meus pensamentos.
- Eu vou dar uma passada rápida no mercado, você fica aqui? - Pergunto.
- Sim. - Ele diz sorrindo.
Me afasto e coloco um All Star preto de cano alto.
- Já volto. - Digo dando um beijo na testa dele e saio do quarto o deixando sozinho.
Então eu vou para o mercado e no meio do caminho eu vou pensando o que as pessoas costumam comer em um piquenique.

~Quebra de tempo~

Volto do mercado e pra minha sorte ele não estava na cozinha, então pego todas as coisas que eu comprei, preparo alguns lanches e guardo tudo dentro de uma cesta de piquenique que a minha mãe usava, coloco o pano por cima e guardo em um lugar onde ele não possa ver. Até que lembro que teria que sair de novo, pois não comprei as flores, não fiz o cartão, e também não comprei os anéis. Então saio mais uma vez. Passo na floricultura e compro alguns girassóis. Passo em uma loja onde compro 2 anéis de pares iguais e finalmente volto para a casa. Abro a porta e infelizmente não dei sorte dessa vez, ele estava lá.
- Oi!! Finalmente voltou do mercado, o que comprou de bom pra comer? Estou com fome. - Ele diz tentando olhar na sacola mas a afasto dele.
- Já vou fazer a janta, espera lá no quarto ok? - Digo já me direcionando pra cozinha.
- Ah, ok. - Ele diz e sobe pro quarto.
Vou para a cozinha, pego uma folha e escrevo um poema sobre todos os meus sentimentos com ele. Termino e coloco a carta escondida nós meios dos girassóis, guardo junto com a cesta do piquenique e escondo os anéis. Começo a fazer a janta que logo fica pronto.
- Hiroshi! Pode vim! - Grito enquanto coloco a comida na mesa.
Ele vem correndo e se senta rapidamente, ele pega a comida e começa a comer.
- Ei, vai com calma, tava com tanta fome assim? - Pergunto.
- Sim. - Ele diz de boca cheia.
- Ou! Sua mãe não te deu educação não? - Digo e ele começa a rir.
- Desculpa. - Ele diz já com a boca vazia.
Terminamos de comer e vamos para o quarto.
- Vou tomar banho, depois você vai. Ok? - Digo tirando a camisa.
- Ok. - Ele diz.
Vou para o banheiro e me jogo de baixo do chuveiro deixando a água cair sobre meu corpo.
Fiquei pensando durante o banho sobre o pedido de namoro, espero que de tudo certo.
Desligo o chuveiro e saio do banho, me seco e vou para o quarto.
- Pode ir. - Digo abrindo a porta.
Ele não diz nada e apenas vai para o banheiro.
Coloco meu pijama e me deito na cama, estava cansado, hoje foi um dia e tanto.
Se passa alguns minutos e ele sai do banho, ele coloca o moletom amarelo de sempre e se deita ao meu lado. Ele se agarra em mim fazendo nossos corpos ficarem colados, quando percebo ele já estava dormindo.
- Boa noite. - Digo bem baixinho dando um beijo na testa dele e logo acabo dormindo também.

Eu amo um assassino (yaoi) Onde histórias criam vida. Descubra agora