A pequena Winchester

A Guerra

Dean Winchester

-" ...e uma grande estrela do céu, queimando feito tocha mergulhou no rio, o nome da estrela era Artemisia, e muitos morreram..."- Amy lê.

- Revelações, 8:10- o padre fala- esta dizendo que isso é o apocalipse?

- Pode ser. Esse presságios específicos anunciam o que?- pergunto.

- Os quatro cavaleiros- responde o padre.

- Ah que droga- Amy passa as mãos pelo rosto- quem monta o cavalo vermelho?

- Guerra.

- O mustang parado na rua.

- Sabia que tinha alguma coisa errada com aquele carro- Amy resmunga.

O padre começa a duvidar, logo ele que deveria ter a fé.

- É só pensar, tudo faz sentido- explico- se Guerra é um cara, ele está entre nós.

- Ele pode confundir nossas mentes, criando luta entre nós- Amy me acompanha.

- Jo me chamou de vadia dos olhos pretos, eles acham que somos demônios- Hellen ajuda.

- E nós achamos que eles são- concluo- e se não há demônio algum e estamos só nós matando?

- Droga!- a vez de Hellen falar.

Explicamos a todos o que de fato está acontecendo mas muitos não queriam acreditar.

- ABRAM!POR FAVOR!- alguém bate na porta. O cara que entendia de armas vai até lá e abre.

Um cara de óculos com a testa sangrando entra ofegante.

- Eu vi os demônios- ele começa- eles sabem que queremos fugir, eles vão nos matar. Um por um.

- Perai, como é?- questiono- a onde você foi?

- Fui ver o que estava acontecendo! eles vão nos matar, se não os matarmos antes!

- Você disse que não tinha demônios!- o cara das armas fala.

- E não tem!

- Tá legal, chega. Quem tiver condições de caçar, vamos caçar- ele fala de novo.

Olho pro cara de óculos, ele dá um sorrisinho de lado, da uma piscadela e gira seu anel.

- Vejam os olhos deles- ele diz apontando pra mim e pra Hellen- são demônios.

Amy olha pra mim, eu sabia que ela esperta o suficiente pra não acreditar naquilo. Todos pegam uma arma, porém Amy é mais rápida e aponta sua arma para eles.

- Nem pensem nisso!- ela esbraveja, depois olha pra mim, eu e Hellen saímos correndo. Ela vem logo atrás. Saímos da igreja e seguimos Hellen.

- Jo e Rufus, eles estão naquela casa- ela aponta pra casa logo a nossa frente.

- Tem uma coisa estranha na janela- Amy fala olhando.

- É uma bomba- respondo- eu tive uma ideia.

Amy Morgam Winchester

Dean explode a bomba da janela. Um cara aparece e Dean o puxa. Lá dentro, Hellen lutava com uma garota loira, deveria ser a Jo. Entro pela janela e começo a procurar Sam. Acho ele em um quarto subindo as escadas.

- Fala aí irmãozinho!

- Amy, não são demônios, é Guerra!

- É eu sei, só não sei com ele tá fazendo isso- falo cortando as cordas com meu canivete suíço, eu disse que seria útil.

- É o anel dele.

-Okay, isso faz sentido- ajudo a levantar- vamos.

Descemos as escadas, todos estavam abaixados.

- Dean, é o anel dele- grito por conta dos barulhos de tiro- o anel dele faz isso.

- O anel! claro- ele fala como se fosse óbvio.

Era tiro pra tudo quanto é lado.

- Cessar fogo- o cara com quem Dean lutava a puco grita- parem de atirar.

Dean, Sam e eu vamos atrás de Guerra enquanto os outros tentam controlar a situação. O avistamos indo em direção ao seu carro, Dean o pega pelas costas e o imobiliza. Tiro a faca da Ruby, que agora era minha, do meu bolso.

- Tudo bem, é uma bela faca. Mas fala sério, você não podem matar a guerra- ele fala.

- A gente sabe- Dean sussurra.

Sam coloca sua mão em cima do carro e eu decepo seu dedo com a faca, confesso que pedi pra fazer isso. Ele grita de dor e sangue espirra em mim e Sam. Seu dedo cai no chão junto com o anel, e ele some num passe de mágica junto com seu carro. Ficamos sem entender, mas tínhamos o anel.

...

- É, acabamos com senhor do anéis- Dean fala.

Sam sorri mas logo muda sua expressão para sério. Percebi que ele queria conversar, e esse era o momento ideal para deixar os dois sozinhos.

- Eu vou comprar mais um desse- falo apontando para meu guardanapo sujo de molho de cachorro-quente.

 Estendo minha mão a Dean, ele fecha a cara mas abre sua carteira e me dá o dinheiro, sorrio em agradecimento e dou um cutucão para ele ter paciência.

Compro meu cachorro-quente e fico numa distância razoável, para poder assim ouvir a conversa sem que eles percebam. Ser enxerida é uma das minhas fraquezas.

- Isso quer dizer o que?- pergunta Dean sério.

- Que eu não estou bem pra caçar. Eu preciso ficar de fora por que eu sou perigoso. Eu acho que seja melhor... a gente se separar.

O QUE? ELE TÁ BRINCANDO COMIGO? NÃO, NÃO MESMO.

- Você não pode fazer isso!- falo me aproximando.

- Você tava ouvindo?- Sam pergunta.

- Não importa, a questão aqui é que você não pode fugir assim. Entendemos que você tem problemas, que tem seus demônios, mas nós também temos!- eu tava exaltada- mas que droga Sam!

- Ele tem razão- Dean fala.

- Como é?- essa pegou até Sam de surpresa.

- A verdade, é que eu passo muito mais tempo preocupado com vocês, do que com a briga. Eu não posso agir assim entende? não agora!- ele desvia o olhar- é por isso, que acho melhor você ir também Amy.

- Você não pode fazer isso, não pode nos afastar- eu segurava as lágrimas- agora que estávamos reunidos. Droga Dean! eu pedi, pedi pra você dar outra chance. E você Sam, eu disse pra não se sentir culpado. DROGA VOCÊS DOIS!- jogo me cachorro-quente no chão tentando me acalmar, em vão. As lágrimas já caiam, e meu coração batia forte-será que não entendem? eu estou aqui também! sou da família, mas não se importam por que se vocês se importassem parariam de serem tão egoístas!

Dou as costas pras eles, vou até o Impala, pego minhas coisas e começo a andar de volta pra cidade, para pegar um ônibus.

- AMÉLIA!- Dean grita me fazendo parar, me viro pra ele. Sam estava logo atrás com sua mochila nas costas- eu sei que Sam te deu, mas eu preciso...preciso da faca.

- É sério?- pergunto debochada com mais lágrimas caindo.

Pego a faca e jogo no chão, volto pro meu caminho.

- Me deixa te levar de volta- ele pede.

- VAI PRO INFERNO, DEAN WINCHESTER!- ando mais apressada ainda, lhe mandando o dedo do meio.