Melhores amigos

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Bobby Singer

- Amy, vamos conversar- peço enquanto ela subia as escadas.

- Olha Bobby- ela para de andar e me olha- eu não quero mais falar nisso okay? eu cansei desse drama familiar, vamos só esquecer que tudo isso aconteceu.

- Se é o que quer, mas se precisar conversar...

- Eu sei- ela sorri- obrigada tio Bobby.

Ela sobe e vai pro quarto, jogo minha mala em qualquer canto e me deito no sofá.

...

A semana passou rápida, Amy e eu voltamos a nossa rotina, e agora estávamos comendo pizza enquanto via televisão.

- Daniel me chamou pra ir na casa dele amanhã depois da escola pra jogar x-box- Amy comenta- posso ir?

- Pode, mas quero o endereço dele, irei te buscar.

- Sim senhor- ela faz uma saudação militar desleixada.

Terminamos de comer e a mandei dormir. Meu celular toca.

- Fala Bobby- cumprimenta do outro lado da linha.

- Oi Dean.

- Como ela está?- ele pergunta meio receoso.

- Como acha que ela está?

- Eu sei, sinto muito.

- Tudo bem, mas não é pra mim que tem que pedir desculpas.

- Sam e eu estamos em um caso em Ohio, quando acabarmos...nós vamos ai.

- Certo- desligo.

Esses Winchester adoram me deixar de cabelo em pé.

Amy Morgam Winchester

Não tinha conseguido dormir direito por que eu estava animada pra ir na casa de Daniel, nesse últimos dias nos aproximamos bastante e agora ele era meu melhor amigo. Mas eu temia pela sua vida, temia que o que houve com Bruce, acontecesse a ele.

- Ei loira, tudo bem?- me pergunta fazendo eu sair dos meus devaneios.

- Oi Dan- chamo pelo apelido- estou bem.

- E então, você vai poder ir lá em casa depois da escola?- ele pergunta se sentando ao meu lado.

- Sim, meu tio deixou- sorrio pra ele que retribui.

Chegamos na escola e tudo ocorre como sempre, chatice atrás de chatice. E quando chega a hora de ir embora, Dan e eu vamos pro ponto de ônibus e de lá seguimos para sua casa.

- Uau!- falo impressionada quando paramos em frente a sua casa- o seu pai trabalha com o que?

- Ele é médico- dá os ombros- vamos.

Entramos e de cara consigo ver a sala e a cozinha.

- Pai, chegamos- ele diz largando a mochila no canto, imito.

- Oi, você deve ser a Amy- o cara parecido com Dan, só que na idade de Dean aparentemente fala- eu sou o Marcus- ele me cumprimenta.

- É um prazer!

- Espero que estejam com fome, por que preparei um lanche especial- ele se vira e vai até a cozinha, o seguimos- sabe Amy, Daniel fala muito de você e agora entendo o por que.

- Pai- Dan repreende.

- O que? só estou dizendo que estou feliz por você te-la como amiga- ele se volta pra mim- Daniel me disse que você o defendeu no primeiro dia de aula dele, ele tem sorte de ter você- ele sorri estranho- você é uma garotinha bonita, parece ser bem esperta, é corajosa e forte, não há muitas pessoas assim nos dias de hoje- eu estava ficando um pouco incomodada.

- Nós vamos para sala- Dan percebe meu incômodo- quando terminar ai, pode nos chamar?

- Claro filhão- ele sorri.

Dan me puxa para sala e começa a mexer no seu vídeo game.

- Desculpa pelo meu pai- ele pede sem me olhar- ele é bem...estranho as vezes, mas é legal.

- Sem problemas- é o que consigo dizer, a verdade era que eu estava dando graças a Deus por ter trago meu canivete, mas rezava para não ter que usa-lo.

- Bom, prontinho- ele se levanta- já podemos jogar.

Ele se senta ao meu lado e me entrega um controle. Começamos a jogar um jogo sobre apocalipse zumbi e confesso que eu era boa.

- Aqui está- o pai dele coloca os sanduíches na mesa da sala- bom apetite.

Pego um sanduíche e mordo, ele tinha um gosto estranho.

- Que tempero que o senhor usar?- pergunto educadamente ingenua.

- Chama-se, sonífero- ele sorri e minha visão começa a embaçar.

Meu corpo amolece e a última coisa que vejo antes de desmaiar é Dan me olhando triste.

...

Abro meus olhos lentamente, eu estava em um lugar bem iluminado. Era tudo branco, como se eu estivesse em um quarto de hospital. Meus braços, pernas e cabeça estavam amarrados e eu estava deitada ao que parecia ser uma mesa de cirurgia. 

- Você acordou- Marcus se aproxima, ele tinha garras nas mãos- a garotinha Winchester.

- O que é você?- pergunto entre dentes.

- Nos chamam de Kitsune, traduzindo, significa raposa- ele da os ombros- não é bem o termo que eu gosto de usar mas é como uma gíria popular.

Eu me lembrava dos Kitsunes, Bobby havia me ensinado sobre eles. O único jeito de mata-los é com uma facada no coração, mas primeiro eu tinha que me libertar.

- Eu chamaria de zumbis, já que gostam de cérebros- tento ganhar tempo.

- É, tem razão- ele ri mas logo fica sério- eu vou adorar comer o seu, os espertinhos são os melhores- ele fala bem próximo do meu rosto- mas antes- ele se endireita- eu tenho que me divertir um pouco, não é todo dia que se come um Winchester, não é mesmo?

- Cadê o Dan?

- Meu filho é um fraco, ele quis mudar de ideia na segunda semana. Ele gosta mesmo de você.

- Então foi tudo armado? que ótimo.

- É assim que trabalhamos, Daniel vai escola, faz amigos, traz eles para jogarem o jogo idiota e nós os comemos. Simples.

- Por que crianças?

Ele se aproxima de novo e passa aquelas garras nojentas em meu rosto.

- Por que a inocência tem um gosto doce, e quando se experimenta uma vez, não consegue mais parar- ele desce as garras pro meu pescoço e sinto uma ardência e logo depois um líquido escorrendo.

Travo minha mandíbula e aperto os olhos segurando as lágrimas.

- Pai, para- Dan pede parado na porta- nós arranjamos outra pessoa, deixe ela ir.

Macus olha pra mim e depois pro filho.

- Qual o seu problema garoto?- ele anda em direção a Daniel- não quer machucar sua amiguinha? PREFERE MORRER DE FOME?- ele grita em seu ouvido.

Aproveita oportunidade, consigo tirar o canivete de meu bolso e começo a cortas as cordas que me amarravam. E ao soltar meu braço direito, Marcus me olha. Ele vem até mim mas é puxado para trás pelo seu próprio filho. Daniel estava ajudando...

A pequena WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora