Quando se Rompe a Represa

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Amy Morgam Winchester 

Eu roía minhas unhas e batia o pé no chão, enquanto esperava Dean e Sam chegar. Tio Bobby estava do mesmo jeito que eu, nervoso.

Escutamos o som do Impala estacionando e me levanto num pulo.  Bobby vai até a porta e abre.

- Eai Bobby- escuto Sam dizer.

- Entre rapazes!

Vou até eles e dou um sorrio de canto.

- Oi- falo tímidamente, da onde tinha surgido essa timidez?

- Oi Amy- Sam diz e Dean apenas sorri.

- Venham comigo- Bobby chama-os e começa a andar em direção ao quarto do pânico. Vou logo atrás deles.

- Então Bobby qual o grande demônio que você queria falar?- Sam pergunta entrando no quarto.

- Você- tio Bobby responde- isso é pro seu próprio bem.

Então eles trancam a porta.

- Pessoal- Sam fala- ei! perai. Isso não tem graça.

Ele estava desesperado e eu não conseguia olhar aquelas situação sem querer chorar. Subo correndo e vou até a cozinha beber água e respiro fundo.

- Ei, tudo bem?

- Tudo Bobby, eu só não quero ficar lá em baixo- respondo sem olha-lo.

- Não se preocupe, vai dar tudo certo.

Sorrio sem mostrar os dentes e me sento no sofá.

- DEAN! EU QUERO SAIR!- escuto Sam gritar e fecho os olhos travando a mandíbula.

Dean aparece e senta ao meu lado suspirando. Ele me olha e percebe minha preocupação.

- Vai ficar tudo bem- ele diz tentando sorrir convencido, mas falha.

Minutos depois, Sam começa a gritar aparentemente de dor. Bobby disse que ele estava alucinando. Ele e Dean bebiam whiskey e eu apenas fechava o olho e tampava os ouvidos a cada grito.

- Quanto tempo isso vai demorar?- meu irmão pergunta cansado.

- Deixe-me ver no manual de demodesintoxidação , ah espere, não tem nenhum- Bobby responde irônico.

Meu irmão bufa irritado.

- Não dá pra saber quanto tempo vai demorar, mas o Sam vai sobreviver- diz o velho tentando passar conforto, em vão.

Então o telefone começa a tocar e Bobby atende. Não aguentava mais ficar ali, então resolvo subir pro meu quarto, deito na cama e fico encarando o teto.

Os gritos de Sam me lembravam dos gritos de dor de Bruce, mas eu não podia lembrar disso agora, não podia!

Então outros gritos, na voz de Dean agora, me fazem levantar e olhar pela janela. Eles estava lá fora e gritava pro céu, será que tinha enlouquecido?

Desço as escadas e encontro Bobby.

- Por que Dean está gritando feito louco lá fora?- pergunto quando desço o último degrau.

- Ele está chamando Castiel, tentando pelo menos.

- Quem?- tento me recordar desse nome e lembro de Sam falando esse nome quando queimamos o corpo de Adam e Capitã.

- Um anjo, ele é meio que...um amigo do seu irmão. Dean acha que ele pode ajudar.

- Certo- sento em cima da mesa com as pernas cruzadas- Sam parou de gritar, será que ele tá bem?

-Ele vai ficar bem Amy- ele põe a mão em meu ombro me reconfortando e sorrio sem mostrar os dentes.

Dean também para de gritar, talvez seu anjo tenha aparecido. Alguns minutos depois ele volta meio perturbado.

Ele explica a Bobby sua conversa com o tal Castiel. Resumindo, Dean serviria ao céu e Sam não precisaria usar seu "demopoder" para matar Lilith pois seria a missão de Dean.

E quando estava amanhecendo Sam volta a gritar.

- ME AJUDEM, SOCORRO!

Minha vontade era de ir lá e abraça-lo, dizer que tava tudo bem, como Bruce fazia comigo depois que eu levava um castigo...para de lembrar disso, droga!

- Me corrija se eu estiver errado-Bobby cruza os braços e eu resolvo prestar atenção- mas... você concordou livremente ser escravo dos anjos?- Dean o olha de cara feia- me desculpe, devo dizer capacho? Depois de tudo que disse, agora confia neles?

- Ah qual é? eu mereço um pouco de crédito- ele se aproxima- eu nunca confiei neles, eles parecem políticos ruins do planeta Vulcano.

- Tá então por que você....- Dean o interrompe.

- E por acaso eu tenho outra opção?- ele altera a voz- é melhor eu confiar nos anjos do que o Sam confiar na demônia.

- Eu entendi- diz tio Bobby se dando por vencido.

Então um silencio reina. 

- Está quieto demais lá- falo me levantando e todos descemos apressados até o quarto do pânico, mesmo Bobby me proibindo de ter ido lá.

- Acha que é fingimento?- o loiro pergunta olhando através da mini portinha, eu não via nada por que eu era baixinha demais.

- Acha que ele está fingindo?- escuto um barulho alto- não é fingimento.

Eles abrem a porta e vejo Sam rolando pelas paredes, Dean e Bobby vão até ele e o imobilizam no chão.

- Vamos ter que amarra-lo para própria segurança dele- Bobby diz- Amy, traga as algemas!

Saio do meu choque e subo correndo, pego as algemas na gaveta da mesa do tio Bobby e volto correndo mais rápido do que subi.

Eles haviam posto Sam na cama que parecia mais calmo, prenderam seus pulsos e tornozelos.

-Vamos Amy- Bobby diz me puxando.

Olho para Dean mas ele mantinha os olhos em Sam. Subo com o Bobby e sento no sofá, estava meio atordoada.

- Toma- o velho me entrega um copo d'água e eu pego sem relutância.

- Eu não aguento mais isso, ver ele daquele jeito, foi horrível- desabafo.

- Desculpa fazer vocês passarem por isso- Dean fala entrando.

- Não é sua culpa, são as consequências da escolha dele que infelizmente nos afetaram- falo.

Dean vem até mim e me abraça de um jeito que nunca me abraçou antes, compartilhávamos da mesma dor. Senti que ele segurava as lágrimas por que eu também fazia isso. Seu abraço era quente e seguro, me reconfortava assim como os do garoto de cabelo ruivo, Bruce...

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Oi gente! Mais um cap pra vocês, espero que gostem.

O que estão achando da história? Comentem, preciso saber a opnião de vocês.

Bjs e até a próxima ♡♡

A pequena WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora