Capítulo 22

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Narradora pov

Os raios de sol que batiam no rosto de Laura a fez resmungar consigo mesma por não ter tido fechado a janela noite passada, ela deu algumas palminhas ao seu lado para verificar se Ian estava ali, mas não o encontrou, abriu os olhos e se espreguiçou enquanto bocejava um pouco alto. Ela calçou suas pantufas e foi direto para o banheiro, verificou a  aparência  no espelho, lavou o rosto e pegou a escova de dentes, logo começou a escová-los.
Quando terminou de se cuidar, ela trocou o pijama pela sua roupa social, andou pelo corredor sentindo um ótimo cheiro de comida pela casa, surpreendeu-se ao ver Ian preparando o café da manhã.

- Bom dia!-disse ela ao se aproximar do namorado.

- Bom dia, amor! Dormiu bem?

- Sim!-ela o abraçou por trás.- O que temos hoje para o café da manhã?

- Ovos mexidos, panquecas e suco de laranja.

- Parece ótimo!

Ian finalizou tudo quando colocou a última panqueca no prato, Laura o ajudou a levar até a mesa e os dois sentaram-se nas cadeiras e logo começaram a comer.

- Onde está Alfred e as cozinheiras?- perguntou a mulher, curiosa.

- Eu resolvi dar um dia de folga pra eles, tínhamos que ter pelo menos uma vez sozinhos nessa casa.

Laura concordou alegre, seu humor ficava melhor quando estava com Ian, fazia tempo que ela não dormia tão bem, mas com Ian ao seu lado ela já não tinha mais as insônias de antes.
Os dois terminaram de comer, Laura colocou os pratos na pia enquanto Ian procurava pelas chaves de casa e do carro. Saíram pela porta central, Ian trancou a casa e foi até a garagem tirar o carro, Laura o esperou e quando o mesmo já estava na rua ela adentrou e assim ambos partiram para o trabalho.

[...]

- Vamos lá!- disse Laura, a paciência estava pouca com aquela impressora.

Ela precisava fazer cópias para entregar ao Ian, mas a lerdeza da máquina não estava ajudando. Bateu várias vezes para ver se dava algum resultado, porém a única coisa que saiu fora um papel branco.

- Você e essa máquina não dão certo.

Virou-se para ver a dona da voz e quis sumir de uma vez ao ver quem era, não se tratava nada mais e nada menos do que sua ex-amiga, Marcela.

- Deixa que eu faço isso!- a mulher se aproximou e apertou alguns botões fazendo a impressora pegar normalmente, ela deu um leve sorriso para a Laura que não retribuiu.

- Obrigada pela ajuda!- disse ela, mesmo não gostando da Marcela ela tinha que ser educada.

Um silêncio minunsioso se fez presente, mas logo foi quebrado pelo suspiro insatisfeito da mulher ao seu lado, ela não média esforços para ser irritante.

- Eu não queria que nossa amizade tivesse acabado assim!- começou, Laura sabia que havia se metido em outra encrenca.- Uma pena que você não soube ser estraga prazeres.

- Não foi uma escolha minha me apaixonar pelo nosso chefe!- defendeu-se, dessa vez não ficaria ouvindo bobeiras calada.

- É claro que não, assim como também não quis virar secretária dele pra se aproximar.

- Você realmente acha que foi escolha minha? Ao contrário de você, eu não faço planos pra tirar vantagens das pessoas.

- Agora está se fazendo de vítima, que ótimo!

A impressora parou de fazer as cópias e apitou indicando ter acabado, Laura pegou todas as folhas com seu sangue fervendo, ela não deixaria que seu dia virasse uma catástrofe por causa dessa mulher. Quando recoleu tudo, virou-se para sair de lá, teria dado certo se o pé de Marcela não estivesse em seu caminho, fazendo-a cair e derrubar todas as folhas no chão, ao ouvir a risada da mesma, não tardou em levantar e dar um tapa nela. A mulher não deixaria barato e logo devolveu na mesma intensidade, assim, ambas começaram uma briga entre tapas e puxões d e cabelo.
Laura e Marcela já estavam no chão, se batendo como podiam, em uma hora dessas ninguém passava por aquele corredor. Marcela já estava pronta para dar um soco em Laura que já não tinha mais força além de puxar o cabelo da loira, quanto uma mão a impediu, ela virou o rosto e foi empurrada fazendo com que saisse de cima de Laura.

- Mas que patifaria é essa aqui?-perguntou Anthony, atônito.

Marcela se levantou sendo acompanhada de Laura, as duas tinham marcas vermelhas pelo rosto e braços, Anthony ainda estava tentando processar o que ocorrerá naquele local.

- Essa mulher é uma louca, começou a me bater do nada!

- Tem certeza disso? Se você não tivesse abrigo a boca não teria apanhado.

- Querida, você nem sabe o que é briga de verdade.

- Parem!-gritou Anthony, elas olharam-no surpresas, mantendo silêncio.- Eu não quero saber quem fez o que, só sei que as duas tinham que estar trabalhando agora.

Mesmo não querendo admitir Anthony estava coberto de razão, Marcela bufou irritada e saiu de lá, a expressão séria do mesmo mudou para algo mais feliz quando estava sozinho com a amiga.

- Você tirou sangue dela? Fez chave de braço?- perguntava curioso.

- Não foi nada disso!- ela riu.- Nós só ficamos nos tapas, ela já estava tirando a minha paciência, então eu fui pra cima.

Os dois conversavam enquanto andavam até seus devidos escritórios, Laura se despediu de Anthony e fez seu caminho até a sala do chefe, ela bateu na porta e ouviu o mesmo pedindo que entrasse, entrou e deixou as cópias em cima da mesa do namorado, ele a agradeceu.

- Fiquei sabendo de uma suposta briga.

- As notícias correm rápido por aqui, hein!- disse irritada.

- Ainda mais quando o assunto envolve a Marcela. Por quê fez isso?

- Nós podemos conversar sobre isso em casa? Eu estou com uma terrível dor de cabeça.

Ele assentiu compreendendo, Laura voltou para o seu lugar e continuou a fazer o trabalho que tinha que ser terminado, ela não queria ser o motivo da raiva do chefe por não ter terminado seu próprio serviço.

[...]

- Você realmente fez isso?- perguntou Ian rindo.

O que a namorada fez o impressionou completamente, não é muito o estilo de Laura perder o controle com as pessoas, mas Marcela merecia um pouco daquilo.

- Sim! Por quê, não acredita?

- É claro que eu acredito, mas você me surpreendeu.

Ela se mexeu um pouco pra cima para ficar da altura do rosto de Ian, ela amava ficar deitada na cama com ele, de uma maneira boa ele a fazia sentir-se segura. O trabalho tinha sugado todas as forças de ambos e nada que uma noite tranquila não ajudasse a se recuperar.

- Eu fiquei sabendo que o Sr. Arnold está chamando funcionários para fazer um trabalho fora do país.

- Sim, mas vai ser bastante tempo forá... Eu espero que ele não me peça pra ir.

- Eu também espero... Não aguentaria ficar longe de você.

Ele a olhou e juntou seus lábios num beijo calmo, mas com sentimentos mistos, separaram-se e mantiveram os olhares que falavam mais que palavras. O amor entre os dois era algo doce de se observar e intenso de se sentir.

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Notas finais:

Oie leitores, comentem e votem caso tenham gostado, bjs Isa❤

Hot-Girl05

Como eu era antes de você.Onde histórias criam vida. Descubra agora